PENSAR É MUITO INCÓMODO. Quando se tem curiosidade em compreender o que se passa e os motivos porque acontece assim, e procuramos vencer o incómodo de pensar, conseguimos, frequentemente, obter respostas para as nossas dúvidas.
Por exemplo, porque temos vindo a ser tão mal governados? Já se sabia que os políticos nascem como cogumelos de terrenos pouco higiénicos; as jotas são abastecidas de jovens de pouca qualidade, muitas vezes com dificuldades nos estudos a meio da adolescência e, de entre eles, os escolhidos para altos cargos são seleccionados, não por capacidade intelectual e cultural, mas por compadrio de forma que faz descer a qualidade a cada passo. Ninguém escolhe para seu colaborador um génio que o possa criticar e derrubar.
Por outro lado, eles decidem ir para a política, como tábua de salvação, tendo como objectivo, o enriquecimento rápido, com bom volume e por qualquer forma. Para isso, como dispõem de bom salário, luxuosas mordomias, carros, viagens, oportunidades de estar em frente de um microfone e dizer coisas banais, desligadas da realidade nacional e, por isso, inconsequentes, apoiados e aplaudidos por colaboradores subservientes e «yesmen», pensar é incómodo e não é prioritário. E têm que agradecer ao povo obscurecido que os elege, porque se libertam do sacrifício de puxar pelos neurónios porque «pensar não é uma prioridade», como diz Júlio Machado Vaz.
Realmente, pensar é muito incómodo.
Imagem de arquivo
Momento cultural
Há 4 horas
2 comentários:
Caro João Soares
Creio que não houve nem haverá um bom político que queira ter a seu lado um bom pensante. Por razões óbvias...
Caro Fernando Vouga,
O ser humano é fraco e com muitos defeitos. Uma dona de casa não contrata uma empregada mais bonita do que ela, porque a comparação quer em casa quer nas saídas à rua não lhe seria favorável. Um general tem a preocupação de arranjar um ajudante de campo mais baixo para não ser mais visto do que ele.E,pela mesma ordem de ideias,um PM ou um ministro procura colaboradores mais obtusos para não o incomodarem com reparos, com sugestões, com críticas, para não lhe criarem o receio da competição e da rivalidade. Preferem um «yesman».
Isto verifica-se nas capelinhas que se formam, logo de início, nas jotas. O grande mal é que o PM seguinte sai de tal grupo de gente menos capaz e, com o andar dos tempos, seremos governados por gente de qualidade cada vez pior,mais marginal.
Repare que mesmo os que chegam à área do Poder com fama de intelectuais, passam depressa a ser papagaios sintonizados com o chefe a usarem palavreado vazio de conteúdo, sem a menor capacidade para uma afirmação concreta, realista, que crie esperança e confiança nas pessoas mais atentas. Ficam-se por banalidades sem significado concreto.
Abraço
João Soares
Enviar um comentário