sábado, 4 de julho de 2015

CAÇA À MULTA

A CAÇA À MULTA é uma realidade em muitas autarquias. Vejamos alguns exemplos.


Há dias, para almoçar com uns amigos, um deles estacionou o carro num «passeio» que além do espaço necessário para passeio, tinha uma largura tal que podia arrumar três contentores do Ecoponto e, na sequência destes, foi colocado o carro que não prejudicava nada nem ninguém. Ao lado do Ecoponto e do carro fica espaço para passar qualquer deficiente em cadeira de rodas ou mãe com carrinho de bebé. Por gentileza de terceiro foi avisado que o carro já estava bloqueado e o reboque pronto para o levar para um espaço muito distante dali. Dispôs-se a pagar a multa exigida e, ao fim de algum tempo, pôde utilizar o carro. Um abuso porque um reboque só se justifica quando o carro não pode continuar no local por criar dificuldades insuperáveis e inadiáveis, o que não era o caso.


Nesta foto vê-se um caso semelhante em que o espaço permite estacionar carros sem prejudicar nada nem ninguém mas que têm sido multados e rebocados.

Quererão justificar tal rigor alegando defesa do interesse dos utilizadores do passeio? Isso não pode convencer nenhum ser pensante, primeiro porque ninguém é lesado por estes actos em qualquer dos dois locais, Segundo, porque os exemplos a seguir demonstram bem que as autarquias se estão marimbando para os interesses dos utilizadores dos passeios, quando daí não lhes venha benefício em multas ou outras formas de extorsão. Há na realidade um TOTAL DESPREZO PELOS DIREITOS DOS PEÕES.


Nesta foto vê-se um contentor que ocupa o passeio em toda a sua largura, tendo sido destinado aos portageiros de um fantasioso parque de estacionamento que, por não ter clientes, acabou por ser encerrado mas o contentor ficou, com o incómodo resultante para os peões. E está lá desde há muito mais de cinco anos.


Nesta foto o passeio está totalmente obstruído por um arbusto que, há muito tempo, devia ter sido aparado mas que, tal como o contentor, não tem merecido a atenção dos serviços autárquicos.


Nesta foto, nem há comentários possíveis. Como é que uma autarquia concede licença para ser construído um edifício que inutiliza completamente o passeio? Será que pensaram nos invisuais?

Em conclusão os passeios são olhados como fonte de receita, através da caça à multa, mas sem ser dada prioridade aos interesses dos cidadãos. Os espaços públicos precisam ser encarados com mais sensatez e respeito pelas pessoas, e as regras da sua utilização devidamente formatadas por forma a terem a maior utilidade para as pessoas com a finalidade de beneficiar a sua qualidade de vida e não para lhes servir de armadilha e origem de multas.

O caso do contentor que serviu de abrigo aos portageiros do «parque» foi levado ao conhecimento da Câmara por e-mail com transcrição do post colocado em blog como pode ser visto em

http://joaobarbeita.blogspot.pt/2012/02/cascais-nao-respeita-poes.html http://joaobarbeita.blogspot.pt/2010/03/peoes-devem-ser-respeitados.html

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