segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PS E AS TOMADAS DE DECISÃO


Das negociações conduzidas pelo PS para formar Governo ressaltou o factor muito significativo da abertura da discussão dos problemas, analisados por pessoas diversas em saber e opinião, por forma a não ser negligenciada nenhuma das suas facetas. Foi uma óptima aplicação da metodologia referida em «PENSAR ANTES DE DECIDIR» que era baseada no conceituado e muito melhorado ao longo dos tempos método militar do «estudo de situação». Nenhuma decisão deve ser tomada sem uma tal preparação e, mesmo assim, quando entra em concretização, podem surgir imprevistos que exigem correcções rápidas usando o mesmo método para conseguir o objectivo pretendido.

Agora, se tal governo vier a ser realidade, PORTUGAL deixa de ficar dependente de decisões «irrevogáveis» ou feitas por inspiração arrogante do estilo «eu quero, posso e mando» e por teimosia «custe o que custar».

Em tal governo, cada decisão precisando da aprovação dos parceiros, terá, portanto na base um conhecimento de vários pontos de vista e análise de vantagens e inconvenientes em comparação com qualquer outra solução alternativa. Haverá assim, ao contrário de palpites arrogantes, uma racionalidade de concentração de esforços e de reunião de recursos de saber e experiência, como ficou bem visível aqui.  

Oxalá os protocolos dos acordos assinados pelos parceiros resultem em pleno para bem de PORTUGAL, a fim de não haver zig-zag, nem erros de legislação de que resultará custos em tempo e dinheiro, perda de confiança e pressões estranhas que prejudiquem os portugueses. Uma sugestão que ressalta é que, tendo este início de discussão aberta e plural dos problemas nacionais, nunca deixem de procurar um permanente consenso para que os portugueses possamos ver o nosso País crescer, aumentar a credibilidade perante o estrangeiro e melhorar a própria qualidade de vida, com mais solidariedade, mais justiça social, menos desemprego, menos necessidade de emigrar, menos burocracia, menos gorduras na máquina do Estado, sem corrupção e sem despesas exageradas com mordomias, luxos, ostentação, etc.

2 comentários:

Zélia Chamusca disse...

Parabéns A.João Soares pelo oportuno e inteligente artigo sobre o "modus faciendi" no processo de tomada de decisão da coligação da esquerda que nos trás a esperança duma verdadeira e sustentável democracia.
ZCH

A. João Soares disse...

Agradeço a sua visita e as palavras, amiga Zelia Chamusca.As realidades da vida ensinam que devemos procurar sempre as soluções mais fáceis, dentro daquilo que é lógico e útil para atingir os objectivos. Mas as pessoas, movidas e pressionadas por interesses diferentes daqueles que devem defender, perdem tempo e energias em sentidos errados. Repare na troca de insultos na AR em defesa de ambições pelo poder, em que uns não o querem perder e outros o querem obter. Nada se ouve acerca daquilo que devia ser o OBJECTIVO da AR e do Governo que é a defesa da qualidade de vida dos cidadãos e do crescimento de PORTUGAL. Não se assumem como escolhidos para tais propósitos e só pensam na luta pelo poleiro, pelos tachos, pelas mordomias. Afinal, por este processo, como nos convencem das VANTAGENS DA DEMOCRACIA???? Todos se batem pela ditadura de 4 anos ou mesmo que seja de menor duração. Detesto este género de política que estes parasitas do dinheiro público estão a fazer. Beijos.