Alterações climáticas e Ambiente
DIABO nº 2231 de 04-10-2019, pág 16 por António João Soares
Ultimamente, têm sido ditas muitas coisas como sendo úteis para evitar alterações climáticas mas, segundo opiniões de pessoas com formação sobre o tema, essas opiniões pretensiosas de nada valem para alterar aquilo que a Natureza já está a fazer. Porém, na generalidade, as iniciativas aconselhadas são benéficas para melhorar a qualidade do ambiente, beneficiando as nossas vidas com melhor saúde, comodidade e agrado.
Será bom que as pessoas com responsabilidades no País e no exterior sejam mais prudentes e deixem de citar as alterações climáticas quando se devem limitar a referir os cuidados para a defesa do ambiente. Quanto ao clima, nada de muito significativo se pode fazer a não ser as medidas referidas mais abaixo, saídas de mentes bem formadas e intencionadas.
E não se deve esquecer que, para resolver problemas essenciais, não bastam palavras mesmo que sejam bem intencionadas, como aconteceu no caso da “criação de uma estratégia nacional integrada de redução de plásticos” que, devido a falta de informação, foi impedida de início, sem modos de reduzir a vulnerabilidade do país à tal poluição. Na ausência de informações sobre os impactos ecológicos, sociais, económicos e para a saúde da poluição por plástico, não só se impede uma estratégia de redução como a determinação de um investimento de gestão dos resíduos. Aos agentes económicos, às autoridades em geral e ao povo consumidor deve ser oferecido conhecimento e sensibilidade para contribuírem para a resolução do problema com eficácia. É pena os nossos governantes não terem a noção de que a legislação não vale apenas por estar no papel, pois precisa de ser compreendida e assumida por aqueles a quem se destina.
Porém, a temida alteração climática já está em curso com vários aspectos visíveis que aconselham adaptações adequadas nos nossos comportamentos pessoais e de algumas actividades económicas, por forma a que as nossas vidas e a ligação com a fauna e a flora não sejam demasiado lesadas pelas alterações que nos são impostas. Neste aspecto, já há trabalhos de técnicos agrários e agrónomos, muito conscientes e atentos ao problema, que se afastam das palavras falaciosas de “jovens sábios” desprovidos de sentido prático e de conhecimentos científicos, e estão a experimentar soluções para fazer face às novas alterações climáticas em zonas mais sensíveis e onde já se sente o aumento da temperatura e os sinais de escassez de água.
A posição positiva e bem fundamentada de técnicos agrários vem, concretamente, contrariar certas intenções infantis de querer contrariar a força da Natureza que pode ser semelhante a muitas outras ocorridas na longa vida do nosso Planeta. A Natureza não se subordina aos habitantes, como aconteceu quando criou o Oceano Atlântico, cortando o continente africano, ou quando prepara novo corte, também em sentido próximo dos meridianos, na parte Leste do mesmo continente. O homem não tem poder para evitar as alterações climáticas, por mais teatro que faça, com a Greta ou com outras enviadas pelo grande capital. Medida inteligente é a alteração dos nossos hábitos para sobrevivermos a carências que surjam, como é tomado bem evidente pela notícia “O montado ibérico desafia as alterações climáticas”, com empresários agrícolas ibéricos a tomar medidas para o melhor aproveitamento dos terrenos, em benefício das pessoas, da fauna e da flora, por forma a evitar graves consequências das secas que se anunciam. Um novo sistema de exploração do montado, tornando as explorações mais produtivas e rentáveis e, ao mesmo tempo, fixando população no meio rural, em grande parte despovoado, é uma solução inteligente e bom caminho a seguir.
Como a intenção da redução de plásticos, também as conclusões dos trabalhos de investigação para se obter a melhor adaptação às alterações climáticas necessitam de boa e adequada divulgação a toda a população, principalmente a ligada ao meio rural, para se obterem os melhores resultados e se evitarem ao máximo os incómodos da mudança. ■
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E AMBIENTE
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