sexta-feira, 6 de março de 2020

UM NOVO NAPOLEÃO!!!

Um novo Napoleão!!!

A CEE - Comunidade Económica Europeia - foi uma organização internacional criada por um dos dois Tratados de Roma de 1958 com a finalidade de estabelecer um mercado comum europeu para manter bom entendimento entre os maiores estados europeus cuja luta de interesses, principalmente entre a França e a Alemanha, tinha conduzido a guerras devastadoras como foram as de 1914-18 e da 1939-45. Depois, a CEE deu lugar à UE que prometia conduzir a algo como uma confederação de Estados que faria frente ao binómio EUA e Rússia e contribuiria para evitar novas guerras mundiais de efeitos tão destrutivos como as mais recentes.

Mas agora a França, dirigida por um jovem com mais ambição do que prudência, sensatez e experiência, quis imitar a grande figura histórica de Napoleão e está a defrontar o seu velho rival, Estado alemão, querendo impor a sua ideia de reformas na Europa e do ritmo da sua activação e manifesta a sua impaciência por a entidade correspondente da Alemanha não o acompanhar nesta iniciativa. Ora a União Europeia não foi criada para que o continente obedeça rápida e cegamente a caprichos de um país, mesmo que seja um dos cinco ditadores do Conselho de Segurança da ONU com assento permanente, direito de veto e detentor de arma nuclear.

A UE, mais do que um simples Estado soberano, deve tomar atitudes e decisões de forma muito cuidadosa, depois de estudar os temas e de os discutir com consultores idóneos e independentes, a fim de conseguir o objectivo de desenvolver a economia, o património e o prestígio do continente em todos os setores e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para tal finalidade, interessa que todos os países membros estejam em concordância, sem imposições forçadas por qualquer deles.

Para isso, a imposição de estilos dominadores de tipo napoleónico, é desaconselhável. E devem ser bem controlados os perigos de atritos com a Alemanha, pois foi esse o motivo que levou à criação da União. A chanceler alemã tem divergências de Macron sobre o rumo da União Europeia e sobre as reformas políticas, económicas, sociais e militares de que a Europa precisa. E parece sensata ao discordar da sugestão do seu vizinho, nomeadamente quando ele refere interesse na parceria quanto a poder nuclear. Este poder, altamente perigoso, está a ser evitado para países que ainda o não possuem e os cinco poderosos da ONU deviam, com urgência, planear o seu desmantelamento sob a observação de uma equipa independente votada em Assembleia Geral da ONU e, depois, criar forma de controlo e de sanção para evitar a montagem de tais armas exageradamente destrutivas, em qualquer ponto do planeta.

A estratégia nuclear diz que o primeiro ataque é dirigido a locais de armazenamento de tais armas do inimigo e este responderá, com as que não forem destruídas, contra as principais cidades do adversário. Se uma arma actual já tem efeitos incalculáveis na humanidade, como ficará esta depois de um tal diálogo atómico?. Não se esqueçam os danos da explosão de uma pequena central eléctrica nuclear em Chernobil. E não se tratou de potente arma atómica.

E assim ficamos cientes de que Emmanuel Macron, ao querer transformar a Europa numa potência militar semelhante à dos EUA, está a destruir qualquer esperança de evitar no mundo uma guerra destruidora em vez de procurar que os Estados se mentalizem a resolver pacificamente as suas dificuldades, pelo diálogo e a negociação. Pois, se ele nem sequer é capaz de dialogar eficientemente com a sua vizinha Alemã!

Perante estas dificuldades de a UE chegar a um bom entendimento da gestão dos assuntos actuais e da preparação de um futuro bem estruturado, todos os europeus têm motivo para viver preocupados, impacientes e frustrados quanto ao futuro do Continente e da sua colaboração para um Mundo melhor. Com estas perspectivas, não admirará que mais Países comecem a seguir o exemplo da Inglaterra, com o seu Brexit. Calma Macron!

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