(Public em DIABO nº 2344 de 03-12-2021, pág 16, Por António João Soares)
Governar um Estado ou gerir uma instituição ou uma empresa exige sentido de responsabilidade e permanente preocupação com as horas, os dias e os anos seguintes, isto é, com o futuro. Para isso, tem que haver o mais perfeito conhecimento da realidade actual, a análise das condições vigentes, o estudo dos condicionamentos existentes e o planeamento e preparação da evolução. Para tal evoluir da melhor forma, é indispensável que cada responsável tenha capacidade, personalidade, moralidade, coragem, para melhor decidir a evolução mais adequada com vista aos objectivos pretendidos e adequados e não se limitar a deixar «andar e virar as costas à realidade».
E para se retribuir a boa colaboração e a dedicação das pessoas, deve haver por elas muito respeito, em todos os aspectos. Por exemplo, a justiça social deve funcionar reduzindo adequadamente as situações de carência, de pobreza e dando o apoio necessário em condições oportunas. O Estado deve estar atento às necessidades de melhoramentos na estrutura dos impostos, na contenção das despesas públicas que devem ser contidas dentro das possibilidades dos contribuintes e orientadas para o interesse nacional de crescimento e desenvolvimento da economia, o funcionamento da Justiça, da Saúde, da Defesa Nacional, da Segurança Interna, etc. Isto sem desprezar a eliminação da corrupção e outras manigâncias que, directa ou indirectamente, lesam os interesses dos contribuintes e o desenvolvimento financeiro do país.
Hoje, que tanto se fala na defesa do ambiente, com o título de «alterações climáticas», é imperativo que se convidem cientistas para sugerirem medidas que protejam a atmosfera dos diferentes tipos de poluição, não apenas dos gases tóxicos dos combustíveis, mas também dos inconvenientes das radiações electromagnéticas que, nos anos mais recentes, têm aumentado exageradamente em inúmeras inovações de aparelhos usados muitas vezes para fins dispensáveis, e que quando esses aumentos são mais rápidos, ocasionam perturbações na área sensível da «Cintura de Van Allen» que, pela sua função natural, causam perturbações climáticas.
Para que a vida no Planeta tenha um futuro previsível, são exigidos cuidados especiais na preparação deste, nos mais diversos aspectos, porque a Natureza não gosta de sobressaltos. Como todas as pessoas influenciam esse futuro, deve ser difundida a todas, a necessária informação das medidas aconselhadas pelos cientistas credenciados. Mas não basta dispor da informação correcta, é preciso cuidar da motivação no cuidado permanente de respeitar a adopção regular e adequada das medidasaconselhadas. Qualquer comunicação sobre os cuidados a cumprir tem que ser clara e virada para a acção conveniente. Na sua difusão deve ser evitado o facilitismo e a fantasia, e usado o maior rigor e total clareza.
Por exemplo, para fazer face à actual
quinta vaga da pandemia, estão a ser aconselhados cinco conselhos fundamentais:
vacinação, promoção da qualidade do ar interior do espaço de vida e de
trabalho, respeitar as distâncias entre pessoas, usar a máscara facial e
praticar a testagem frequente.
Para se preparar o futuro de um país, é vantajoso um regime democrático com liberdade de opinião, mas em que tal liberdade não seja levada à crítica destrutiva de tudo com que se discorda, mas pelo contrário, se use uma crítica construtiva e devidamente argumentada que resulte em sugestões e propostas merecedoras de análise e possível aproveitamento com vantagem para o desenvolvimento do país e da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Ir para a rua aos gritos a denegrir tudo e todos e insultar aqueles que têm ideias mesmo sem demonstrarem que são inconvenientes, não é sinal de educação, de civilidade e em nada contribui para um futuro mais desejável.
Quem tem soluções mais adequadas e mais construtivas de um melhor futuro nacional, deve alinhar um texto bem argumentado por forma a ser devidamente lido e apreciado pelas pessoas que têm poder de decisão sobre o assunto. Pode vir a ser aprovado.
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