quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Ainda existe «O CRIME?» - transcrição

Extraído do Blogue ARIMAS DE POORTUGAL, com a devida vénia

Ainda existe "O Crime"?

Ainda existe "O CRIME"? Hoje dia 20DEZ06, quando passava junto a uma banca de jornais vi, com espanto, um título na primeira página, que me chamou a atenção: ENVOLVIDO NO TRÁFICO DE DIAMANTESEX-COMANDO ESPIAVA MAGISTRADOS DO "APITO DOURADO"
Lemos no corpo da notícia, "um serviço de informações" disse que um ex-oficial comando do TO de Angola, durante a guerra do Ultramar, envolvido em tráfico de diamantes, em crimes de burla, extorsão, espiava o magistrado do Ministério Público de Gondomar, encarregue do caso "apito Dourado" (telenovela da justiça portuguesa que todos somos "obrigados" a seguir nos "media"). Mais, afirma que esse "possível suspeito", é "perigoso" e que "tem contactos suficientes que lhe permitem pagar encomendas de morte para executar pessoas"! Depois afirmam-no como um "pseudo-detective privado"... proscrito pelos seus pares "detectives"...
Eu, como Comando, sinto-me indignado por o título deste semanário (ainda existe...) reflectir o seu título da notícia na frase -"Ex-Comando espiava..." sem dizer o seu nome. Oficiais com muita dignidade serviram Potugal e os Comandos em Angola, não se dizendo quem é, afecta o bom nome de todos (centenas).
Em segundo lugar, cabe ao PGR (Procurador Geral da República) ou seu representante, pode ser a recém empossada Drª Maria José Morgado, mandar investigar desde já quem é o famígerado ex-comando. Se se provar tal, será tal como o "Código Comando" diz-" inexoravelmente privado do seu título". Cabe também ao PGR, ou seu representante, investigar quem foi "o serviço de informações" que ofereceu a dita "informação" a tal semanário (pensava que já não existia...).
Fico ainda perplexo por um indivíduo "que tem contactos mortíferos por encomenda paga" e não esteja preso, pois tal afirmação implica que já tenha usado esses contactos para tal fim! De resto, peço ao Sr Ministro da Administração Interna se digne mandar fiscalizar todos os serviços de "informações particulares", nomeadamente os "pseudo-detectives privados", pois em Portugal não há legislação que autorize esta "profissão". Se o enteado de Carlos Cruz foi detido em flagrante "sessão" fotográfica dos senhores advogados de alguns intervenientes do julgamento Casa Pia, por ser ilegal fotografar sem o conhecimento dos visados e sua autorização, como podem andar estes senhores (detectives privados) a fotografar, escutar, ou anunciar telemóveis espiões (ilegais) naquele semanário (pensava que já não existia), para os mais diversos fins, principalmente a devassa privada para fins de divórcios? Investiguem, mas façam-no depressa!
posted by MRelvas at
12:20 AM

1 Comments:
A. João Soares said...
Há petiscos saborossos para a Comunicação Social, principalmente, a moralmente menos qualificada. Se um militar, um padre, cometer um pequeno deslize é logo identificado por forma a prejudicar a dignidade da instituição a que pertence, só pertence a uma instituição com princípios éticos que só pode ser abalada por formas traiçoeiras. Mas se um engenheiro, um advogado, um médico, um arquitecto, provoca um acidente rodoviário mortal ou uma vigarice ou outro delito grave, ninguém diz a sua profissão.
Coisa semelhante se passa com o ódio aos avós dos jornalistas ou a pessoas de idade semelhante, são logo identificados como «um idoso», «sexagenário», ou coisa semelhante. Dá a impressão que os autores desta aversão aos iodosos não têm avós por serem bastardos.
É como a referência ao Valentim, quando se trata de uma das suas acções menos dignas, tratam-no por major.
É aquilo que temos neste País que somos! Haverá um longo caminho a percorrer pelas pessoas bem pensantes e bem intencionadas, como o Amigo Relvas, até que as mentalidades comecem a corrígir o rumo dos seus comportamentos.
Há muito trabalho pela frente, pelo que não se pode perder o ânimo e a esperança no êxito.
Continue sem desfalecimento.
Um Abraço
A. João Soares

4 comentários:

Anónimo disse...

Voltamos à vaca fria. Numa sociedade de consumo e em especial na nossa que não tem rei nem roque, a comunicação social usa as notícias como mero meio de transporte para a publicidade. Porque é esta quem paga os custos. O resto é paisagem.
Uma facada dada por um pelintra qualquer não tem o mesmo impacto da que for desferida por um sacerdote.
Mas Portugal não é o único país a sofrer deste mal. Apenas nos Estados em que a comunicação social é sensurada é que tal não acontece. Ou melhor, acontece mnas como arma do poder.

Lâmina d'Água & Silêncio disse...

Amigo João!!!

Vim te desejar muitas coisas boas para teu próximo ano. Que todos os teus sonhos escondidos e esquecidos, possasm se concretizarem... Que todas as tuas vontades se realizem... Que todos os teus mais íntimos sonhos tornem-se realidade!!!
São meus votos sinceros para o ano de 2007 e para todos os teus muitos anos que virão!!!

Sucesso, felicidades, alegrias, sorte, saúde e todas as coisas boas da vida para ti e para os teus!!!

Com beijos,
Cris

A. João Soares disse...

Conceição e Cris,
Muito obrigado pelas vossas palavras tão simpáticas. Retribuo os vossos votos a dobrar, isto é, que tenham um Natal duplamente Feliz e que o Novo Ano vos traga tudo o que de melhor possam desejar e surjam mais oportunidades de realização pessoal.
Ao Amigo de profundis, agradeço as suas visitas sempre muito elucidativas. Concordo que na nossa sociedade sem rei nem roque, a comunicação social, a soldo da publicidade, procura efeitos muito sonoros dos seus títulos, convindo-lhe atacar onde o ruído for maior, onde o pecado causar mais sensação e, por isso, perde o pudor quando procura ferir pessoas impolutas como padres, militares e pouco mais.

Anónimo disse...

Caro amigo A. João Soares,

o blog chama-se Arômas de Portugal,sei que lhe falhou a "tecla",não faz mal!

Obrigado por ter transcrito!

Abraço

Mário Relvas
http://aromasdeportugal.blogspot.com