domingo, 10 de dezembro de 2006

Cada Mosqueteiro em seu galho

Acordo cedo e funciono com um grafismo do tipo urofluxograma, dando a maior eficiência na início do dia. E o dia de hoje, 10 de Dezembro começou logo de manhã com três curiosos temas pra reflexão: Palavras de Alberto João Jardim e de Francisco Loução e referências a uma entrevista de Nuno Morais Sarmento.

Quanto ao primeiro, considerei-o mais ou menos igual a si mesmo, com uma frontalidade meritória na defesa da região pela qual é responsável, embora usando o habitual tom de que poucos gostam. É pena que poucos líderes usem de tal energia em defesa daqueles que de si dependem, como os governantes e como os chefes militares (como ficou evidente na abordagem do tema no programa prós e contras).

Quanto ao segundo, apesar da forma sensacionalista e, por vezes, exagerada com que apresenta factos a merecerem ser resolvidos, foi muito convincente ao defender um sério ataque à corrupção, seguindo o percurso do dinheiro, principalmente daquele que viaja pelos paraísos fiscais. Recordei-me de uma notícia recente que dizia que «Stands vendem quase 80 carros de luxo por dia» e que «nos 11 primeiros meses de 2006 foram vendidos no País em que o poder de compra dos mais desprotegidos diminui, os seguintes carros» e referia mais de 26.000 carros, por marcas, de elevado preço próximo da centena de salários mínimos. È realmente urgente que se combata a corrupção que está a colocar o Poder real nas mãos de pessoas que não são eleitas e nunca o seriam, se o voto seguisse critérios morais.

Quanto ao terceiro, trouxe-me à memória o livro de Daniel Estulin «Clube Bilderberg, os Senhores do Mundo», edição do Círculo de Leitores. Nuno M S foi convidado pelo Clube para uma recente reunião anual, o que significa que está fadado para altos cargos no País e no Mundo, à semelhança de Guterres e de Durão Barroso que também tinham sido convidados. Curiosamente, Cavaco Silva foi eleito Presidente sem ter sido apadrinhado pelo Clube, mas houve da parte deste o cuidado de cedo lhe entregar o catecismo, que veio pela mão de Henri Kissinger, um dos colaboradores mais preferidos de David Rockefeller. Nuno soube estar numa actividade discreta durante largos meses, mas agora vai sendo oportuno evidenciar-se para preparar a conquista do seu partido, com vista ao futuro que pretende.
Enfim uma manhã bem iniciada!!!

3 comentários:

A. João Soares disse...

Estava sintonizado para os mosqueteiros, ou para os que se dependuram nos galhos e sai-me uma Mosqueteira! Muito obrigado pela sua visita a este imberbe blogue e pelos seus votos que retribuo com muita fé de que o Natal e o Novo Ano lhe tragam tudo o que de melhor desejar
Beijinhhos
João

Anónimo disse...

Uma boa manhâ amigo A. João Soares.Já levou as cadelinhas a passear?
Tudo é um ritmo de habituação que se percorre no dia a dia.Os animais são uma companhia.

É grato ver o amor que dedica à que é diabética...em particular!

Um abraço
Mário Relvas

Anónimo disse...

Penso que no caso do líder madeirense não há propriamente frontalidade. Porque esta implica boa fé e seriedade.
Eu chamar-lhe-ia desafio. Para não dizer pior...