domingo, 24 de dezembro de 2006

VENDA DA «PENITENCIÁRIA» DE LISBOA

Ministro: Ainda «não está nada previsto» para substituir EPL
O ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou esta sexta-feira, em Lisboa, que «não está nada previsto para o edifício do Estabelecimento Prisional de Lisboa» (EPL), vendido pelo Estado à Sagestamo por 60 milhões de euros. «A única coisa que está prevista é a substituição do actual EPL por dois estabelecimentos prisionais», afirmou o ministro.
A Sagestamo é uma sociedade anónima de capitais públicos pertencente ao universo da Parpública, a holding estatal que gere as receitas das privatizações.
Segundo declarações do secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, Conde Rodrigues, dadas ao Diário de Notícias, a venda do EPL insere-se num plano de modernização do sistema prisional que passará pela desactivação de todos os estabelecimentos prisionais localizados nos centros das cidades.
O EPL está localizado numa das zonas mais caras da cidade e o licenciamento dos seus futuros usos passa inevitavelmente pela Câmara de Lisboa.
Diário Digital / Lusa
22-12-2006 18:36:17


Carmona Rodrigues desconhece futuro do EPL
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirmou hoje, em Lisboa, que desconhece o futuro do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), vendido pelo Estado à «Sagestamo» por 60 milhões de euros.
«É uma notícia de que ainda não conheço os pormenores, portanto não me posso pronunciar», afirmou Carmona Rodrigues, acrescentando que falará «assim que tiver a informação necessária».
A «Sagestamo» é uma sociedade anónima de capitais públicos pertencente ao universo da Parpública, a «holding» estatal que gere as receitas das privatizações.
Segundo declarações do secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, Conde Rodrigues, dadas ao Diário de Notícias, a venda do EPL insere-se num plano de modernização do sistema prisional que passará pela desactivação de todos os estabelecimentos prisionais localizados nos centros da cidade.
O EPL está localizado numa das zonas mais caras da cidade e o licenciamento dos seus futuros usos passa inevitavelmente pela Câmara de Lisboa.
Diário Digital / Lusa
22-12-2006 12:40:00

Venda do Estado a uma empresa estatal, porquê? Para quê? Com as vendas sucessivas, o que ganha o Estado? Quem ganha?
Quem serão os construtores favorecidos? A quem serão encomendados os muitos estudos «necessários» até à concretização do negócio?
Quem puder estar atento aos pormenores irá ter muito que meditar sobre o estado em que está a administração dos interesses nacionais, do Estado!

3 comentários:

Anónimo disse...

Vendido a uma empresa estatal...depois será revendido e quem ganhará com isto tudo serão os construtores.Estes homens do betão são os que subsidiam os partidos...seja lá qual ele for!

Amigo A. João Soares,desejo-lhe uma boa consoada.

Mário Relvas

José Maria Martins disse...

Caro A. João Soares

Excelente post.

Há falta de transparência nestes negócios. A grande fonte de alimentação da clientela política , passa pelos pareceres e estudos, encomendados a empresas de amigos do peito.

São milhões de contos em estudos. Económicos, de impacto, jurídicos, urbanisticos, e outros.

Se o EPL é para desaparecer, então a transparência da actuação dos poderes públicos e a prossecução do interesse público passava pela venda dos terrenos de forma transparente e cristalina.

Feliz Natal.

José Maria Martins.

A. João Soares disse...

Aos amigos Mário Relvas e José Maria Martins agradeço a visita e a amabilidade dos comentários.
Os contribuintes menos protegidos têm de apertar os cintos, insistentemente, para os detentores do Poder poderem beneficiar os seus «amigos do peito» com estudos, pareceres e outros negócios sinuosos que dêm dinheiro fácl.
Votos de um Bom 2007
Abraços
A. João Soares