Corrupção: acusações no PS
2007/01/19 20:55
Cravinho diz que Alberto Martins transmitiu publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do partido
João Cravinho acusou hoje o líder da bancada socialista de ter transmitido publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do PS em matéria de corrupção - acusação que motivou uma resposta de Alberto Martins.
O «protesto» do deputado do PS, que deixará em breve o Parlamento, consta de uma carta dirigida a Alberto Martins a que a agência Lusa teve acesso, onde nega ter havido propostas suas rejeitadas pelos deputados socialistas.
No entanto, na carta de resposta, Alberto Martins insiste que houve propostas de Cravinho que não obtiveram «o acolhimento» dos deputados socialistas.
Na missiva dirigida ao líder da bancada socialista, Cravinho refere-se à reunião do Grupo Parlamentar do PS da passada quinta-feira para dizer que foram consensualizadas dez propostas, sete das quais da sua iniciativa.
«Quanto às minhas restantes propostas, exprimiram-se diversas opiniões, não tendo havido mais qualquer outro consenso. Também não houve qualquer voto ou decisão, fosse porque via fosse, da sua aceitação ou rejeição, tendo sido deliberado prosseguir a discussão no futuro», refere o ex-ministro de António Guterres.
De acordo com Cravinho, nessa reunião, «vários deputados manifestaram muito claramente a impossibilidade de definirem a sua vontade perante matérias tão complexas, devido ao facto de os deputados apenas poderem ter tido conhecimento das propostas concretas na própria hora do início da reunião».
«Portanto, o Grupo Parlamentar do PS não aceitou como também não rejeitou as propostas não consensualizadas à entrada da reunião, tendo decidido tão-somente continuar a sua apreciação, sem prejuízo das opiniões até então manifestadas», aponta.
No entanto, segundo Cravinho, com base nas declarações de Alberto Martins «hoje, órgãos de comunicação de referência noticiam com relevo de pagina inteira (DN) ou chamadas à primeira pagina (Público) que o PS, no caso o Grupo Parlamentar, chumbou ou rejeitou» as suas propostas, «designadamente por inconsistência».
Ainda de acordo com Cravinho, Alberto Martins transmitiu publicamente que as suas propostas «eram julgadas inadequadas e inconsistentes».
«O cidadão Alberto Martins tem todo o direito de dizer o que lhe aprouver. O presidente da bancada do PS, exprimindo-se inequivocamente nessa condição, não tem o direito de fazer incorrer a comunicação social em entendimento falso do que foi efectivamente concluído, resolvido, ou rejeitado», diz.
Na resposta a Cravinho, Alberto Martins sublinha que a bancada «assumiu como suas, para agendamento, o elenco das dez propostas constantes das conclusões apuradas pelo grupo de trabalho que sobre esta matéria reflectiu nos últimos meses».
«As restantes propostas de tua autoria não mereceram acolhimento e consenso do grupo parlamentar para serem objecto de agendamento pelas razões publicamente enunciadas», contrapôs o presidente do grupo parlamentar do PS.
2007/01/19 20:55
Cravinho diz que Alberto Martins transmitiu publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do partido
João Cravinho acusou hoje o líder da bancada socialista de ter transmitido publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do PS em matéria de corrupção - acusação que motivou uma resposta de Alberto Martins.
O «protesto» do deputado do PS, que deixará em breve o Parlamento, consta de uma carta dirigida a Alberto Martins a que a agência Lusa teve acesso, onde nega ter havido propostas suas rejeitadas pelos deputados socialistas.
No entanto, na carta de resposta, Alberto Martins insiste que houve propostas de Cravinho que não obtiveram «o acolhimento» dos deputados socialistas.
Na missiva dirigida ao líder da bancada socialista, Cravinho refere-se à reunião do Grupo Parlamentar do PS da passada quinta-feira para dizer que foram consensualizadas dez propostas, sete das quais da sua iniciativa.
«Quanto às minhas restantes propostas, exprimiram-se diversas opiniões, não tendo havido mais qualquer outro consenso. Também não houve qualquer voto ou decisão, fosse porque via fosse, da sua aceitação ou rejeição, tendo sido deliberado prosseguir a discussão no futuro», refere o ex-ministro de António Guterres.
De acordo com Cravinho, nessa reunião, «vários deputados manifestaram muito claramente a impossibilidade de definirem a sua vontade perante matérias tão complexas, devido ao facto de os deputados apenas poderem ter tido conhecimento das propostas concretas na própria hora do início da reunião».
«Portanto, o Grupo Parlamentar do PS não aceitou como também não rejeitou as propostas não consensualizadas à entrada da reunião, tendo decidido tão-somente continuar a sua apreciação, sem prejuízo das opiniões até então manifestadas», aponta.
No entanto, segundo Cravinho, com base nas declarações de Alberto Martins «hoje, órgãos de comunicação de referência noticiam com relevo de pagina inteira (DN) ou chamadas à primeira pagina (Público) que o PS, no caso o Grupo Parlamentar, chumbou ou rejeitou» as suas propostas, «designadamente por inconsistência».
Ainda de acordo com Cravinho, Alberto Martins transmitiu publicamente que as suas propostas «eram julgadas inadequadas e inconsistentes».
«O cidadão Alberto Martins tem todo o direito de dizer o que lhe aprouver. O presidente da bancada do PS, exprimindo-se inequivocamente nessa condição, não tem o direito de fazer incorrer a comunicação social em entendimento falso do que foi efectivamente concluído, resolvido, ou rejeitado», diz.
Na resposta a Cravinho, Alberto Martins sublinha que a bancada «assumiu como suas, para agendamento, o elenco das dez propostas constantes das conclusões apuradas pelo grupo de trabalho que sobre esta matéria reflectiu nos últimos meses».
«As restantes propostas de tua autoria não mereceram acolhimento e consenso do grupo parlamentar para serem objecto de agendamento pelas razões publicamente enunciadas», contrapôs o presidente do grupo parlamentar do PS.
Do Portugal Diário.
NOTA: Os políticos, logicamente, serão os últimos interessados no combate à corrupção. Este texto mostra que assim é. E João Cravinho tinha que sair do palco. recebeu um ponta-pé pela escada acima e foi para um alto cargo.
5 comentários:
Oh amigo João Soares, verdade verdadinha, é uma pescadinha de rabo na boca, ah pois é!
Esta classe, apodrece-nos o país.
Bem haja, abraços do beezz
Tenho pena que João Cravinho tenha deixado de liderar a "pasta" da corrupção. Porque ele era o homen mais indicado. A avaliar pelo que disse há uns anos o Gen. Garcia dos Santos quando saíu da JAE, o homem sabe-a toda.
Esse, como outros políticos, podem não ser inteligentes, e nada prova que o sejam, ma não há dúvidas que são espertos!.
Ainda bem que as pessoas têm memória e não esquecem casos antigos como esse com o General Garcia dos Santos, que tinha sido colega do Cravinho no Instituto Superior Técnico e que foi considerado um homem impoluto e cpaz de combater a corrupção que grassava na Junta Autónoma das Estradas, pelo que foi convidado pelo politico, então ministro das Obras Públicas e Comunicações.
Mas, logo que mexeu nos «meninos» mais corruptos e que tinham grande apoio politico, foi atirado para a rua, e os corruptos ficaram e viram as suas «virtudes» impunes e premiadas, com o aumento dos tachos - em vez de uma instituição, foram criadas três, triplicando o número de «jobs for the boys» e as hipótes de corrupção!!! Onde está a coragem de Cravinho e a sua persistência para levar até ao fim as suas «boas intenções».
Pinheiro de Azevedo, no Terreiro do Paço disse «É só fumaça!». As circunstâncias são diferentes, mas a frase continua a aplicar-se.
Um abraço
A. João Soares
Acho que aqui também h+á fumaça...amigo João Soares- O Cravinho não apoiou o general Garcia dos Santos na altura...ali houve rasteira.
Mais ando desconfiado...uma pessoa que quer levar a sua avante não aceita cargos que podem implicar desconfianças...acho isto tudo muita parra e pouca uva, tal como a Ana Gomes,mas espero que seja verdade.Nós é que já não acreditamos neles, pelo menos EU!Será que não estão a fazer contra-informação ao serviço do governo e do PS?
Abraços
MR
Amigo Relvas,
Mas qual é o espanto? Tudo nos meios politicos nacionais é fumaça e só fumaça, e os dinheiros públicos desaparecem.
Já viu algum benefício para os Portuguses do já longo sacrifício do aperto dos cintos? Já alguém veio mostrar os resultados dos sacrifícios que têm estado a ser exigidos ao Povo? Claro que vemos os políticos cada vez em melhores condições com empregos de luxo para todos os familiares e amigos, com os altos cargos das empresas de capital público «devidamente» remunerados, etc
Felizmente, o Dr. Oliveira Martins não parece conluiado com estes desvarios e está a tentar orientar o Tribunal de Contas no rumo certo. Oxalá não o mandem para um tacho no estrangeiro!!!!
Um abraço
A. João Soares
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