quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Ministros Omniscientes e Omnipotentes



Apesar dos meus cabelos brancos, vou utilizando o computador, embora para «trabalhos» rudimentares, sem requinte nem floreados, e a experiência do autodidatismo cedo me ensinou que não posso nem devo hostilizar a máquina, não posso lutar e irritar-me, pois a melhor solução é procurar utilizar as potencialidades das normas e procedimentos do seu funcionamento, num diálogo sensato e numa espécie de negociação permanente, para atingir os meus fins.

Caso parecido se passa com o treinador de futebol. Não pode impor aos jogadores o resultado a obter, nem dizer quem marca ene golos. Como chefe da equipa, aproveita as características dos seus jogadores, as suas motivações, reacção aos estímulos, limitações por razões profissionais, familiares ou de saúde, etc. para que todos em conjunto traduzam o esforço individual e colectivo na desejada vitória.

O leitor estará a pensar que estou «passado» e que penso estar a ensinar crianças da creche. Não estou orate. É que há ministros que, apesar da sua provável boa vontade, não conseguem compreender estas verdades básicas. Basta olhar para a Justiça, em que são hostilizados os juízes por pormenores pouco relevantes para o bom funcionamento dos tribunais; para a Educação em que os professores são ofendidos, desprestigiados; para a Saúde em que os médicos são desmentidos, não são ouvidos, nem considerados pessoas sérias; para a Defesa em que os militares são tratados como vulgares funcionários públicos mal pagos, sem direito de abrir a boca em defesa dos atropelos caprichosos de que são vítimas; para a Economia em que os agentes económicos são tratados com mentiras, falsidades, opacidade, como se viu, por exemplo, há meses, no anúncio de que a crise já tinha acabado, sabendo todos nós que os cintos têm continuado a apertar furos e os estômagos estão a ficar mais mirrados.

Temos, pois, uma série de ministros que se consideram detentores únicos de toda a verdade, omniscientes e omnipotentes, que nada sabem de liderança de equipas, não sabem chefiar pessoas, não são comandantes mas apenas mandantes. Parecem convencidos de ter sido gerados por poder divino, para dominarem os cidadãos segundo os seus próprio caprichos, custe o que custar em sacrifícios do povo.

Querer fazer reformas contra os agentes dependentes da tutela, em vez de ser com eles, em diálogo aberto e franco, é pura estultícia, é perder tempo e dinheiro ao país, porque este vai assistir à ineficácia das decisões e à continuação da bagunça cada vez mais degradada.

4 comentários:

Anónimo disse...

Concordo absolutamente, e sabendo nós que quando já não se acredita em nada, e sabemos que o fim está próximo, é mais fácil destruir do que criar, está montado o cenário para o triste fim que nos espera a todos!

Boa continuação!

Anónimo disse...

Há tempos quando falava com uma secretária do secretário de estado da administração interna e lhe dizia que temos que ir para a frente e que estou cá para ajudar com as minhas humildes capacidades...ela disse,mas isto está tudo tão mau...

Como quem diz,ajudar?Isto é para deitar abaixo e para lá caminha!

Abraços
MR

A. João Soares disse...

Meus amigos,
Proponho que, a partir de agora, sejamos mais optimstas. Não quero dizer que se fechem o olhos à miséria em que vivemos, mas que se deixe sempre uma palavra de esperança, uma pista para a saída do labirinto, uma réstea de luz.
Um abraço
A. João Soares

Anónimo disse...

Pois amigo João Soares~

efectivamente era essa a minha intenção.Faz um ano agora em Fevereiro que o ministro me respondeu que encaminhou para o secretário de estado...

UM ano,para quem quer ajudar...bolas,amigo João Soares eles não querem ajuda.Nós ajudamos denunciando as asneiras constantes por eles cometidas com os nossos dinheiros e velores.PORTUGAL está roto!Por culpa dos iluminados que nada sabem,mas tudo julgam saber porque na política eles andam à muito tempo...à nossa custa.

A comunicação social está feita e carcomida!

Cumprimentos
MR