quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

IF de RUDYARD KIPLING

Se és capaz de manter a calma quando
Toda a gente ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De acreditares em ti quando todos duvidam
E para esses no entanto encontrares uma desculpa;

Se és capaz de esperares sem desesperares,
Ou enganado, não mentires ao mentiroso,
Ou sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não pareceres bom demais ou pretensioso;

Se és capaz de pensares, sem que a isso só te atires;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratares da mesma forma esses dois impostores;
Se és capaz de sofre a dor de veres mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas por que deste a vida estraçalhadas,
E refazê-las com o bem ainda pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única jogada,
Tudo quanto ganhaste na tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, voltares ao ponto de partida;
De forçares o coração, nervos, músculo, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: ”Persiste”,

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perderes a naturalidade,
E, de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao mínimo fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo que existe no mundo
E o que mais – tu serás um homem, ó meu filho!

10 comentários:

Anónimo disse...

O poema "If" , no meu tempo de juventude, era considerado o ideal dos ideias para o comportamento humano. Mantem-se ainda em toda a sua abragência. Gostei de o recordar

Anónimo disse...

Caro A. João Soares, foi este o post que deu aso á polémica e surgiu o post do Salazar por cima...

Um abraço
MR

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DEMOCRACIA DO PREC




Depois de alguns artigos meus, de opinião, publicados na imprensa escrita, surgiu-me um convite via e-mail para participar num blog colectivo de crítica social.
Estranhei, mas lá fui. Passados uns dias verifiquei que o mesmo batia em tudo e todos, menos em alguns sectores da esquerda não democrática.
Continuei e começaram a atacar a Igreja, os partidos (menos os de esquerda radical) e o engraçado é que diziam sempre ser tudo culpa do PS, do PSD e do CDS!
E do PCP?Perguntei eu?
É claro, comecei a ser apelidado de fascista.
Intensificou-se o facciosismo quando defendi o Não, perante o Sim generalizado.
Passei a ser salazarista!
Pensei que o ser-se democrático implicava pelo menos ouvir, ou ler as opiniões dos outros e fazer comentários no local anexo e próprio, tentando para além do simples bota abaixo, dar soluções ou fundamentar as críticas.
Mas isso foi uma ilusão minha.
Confirmou-se a minha suspeita, quem fala tanto em democracia tem que se lhe diga...
Só existe a democracia deles, a tal antifascista. Pois quem não segue os seus critérios políticos é fascista!
Pensei que o fascismo se conjugava no passado, mas não, hoje os problemas de Portugal são culpa do fascismo e de Salazar que morreu à 40 anos...
Afinal há muitos fascistas em Portugal, não sendo a grande maioria da estimada extrema esquerda, seremos todos fascistas?
Se assim for, mesmo sendo independente, é claro que sou fascista...

Anónimo disse...

O Post do "IF",foi o "Se..." que fez trazer o Salazar...na sequência dos muitos ataques que me fizeram sempre e ao amigo João Soares também, tendo optado por não o comentarem mais ignorando-o!

Este que lhe coloquei agora é uma reflexão no meu blog, para que não fiquem dúvidas!

Um abraço

Mário Relvas

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas

Tem muita razão, quanto ao emprego da palavra democracia.
Já reparou quais são os países que se denominam Repúblicas Democráticas?
Então pense.
Um abraço
A. João Soares

victor simoes disse...

Bem antigo este texto excelente, é a afirmação do homem, na sua plenitude, na maturidade e sapiência. Traduz e exorta o olhar a vida e o saber próprio dos sábios!

Um abraço

victor simoes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
victor simoes disse...

João Soares, peço desculpa mas gostava de deixar aqui um pequeno esclarecimento, no excero do comentário do amigo MRelvas.

Amigo MRelvas, depois de ler este post, quero só esclarecer uma coisa. O amigo foi convidado a participar no "A Voz do Povo", exactamente da mesma forma que todos o foram e por mim, por mais ninguém!
Sendo que o primeiro e mais antigo participante, é mesmo o João Soares!
O blogue foi criado com a melhor das intenções e não com fundamentos ou posições políticas facciosas ou tendenciosas.
Tentou-se recriar o convívio e estimular a participação de toda a gente, idependentemente, do credo, côr, raça e ou opinião política.
Para participar num projecto destes, é evidente que temos que assumir uma postura crítica ou não, quando pretendemos comentar.
O que extravazou, tudo o que os ensinamentos do "IF" nos sugerem, foi precisamente o não estarmos no ponto "IF" - peço desculpa por usar este eufemismo , mas vem a propósito!
Se observar bem, contam-se pelos dedos os Blogues abertos a todo o público em geral( se é que há mais algum, não tenho a certeza, mas suponho que não ), os comentários, continuam abertos a todos, apesar de sabermos o risco que se corre.
Na verdade, nem sempre o "Povo" reaje bem a tanta liberdade.
Foi o que vimos, é que a nossa Liberdade termina onde começa a do outro!
Mas de uma coisa tenho a certeza, não será por isso que a "Voz do Povo", sairá mal vista enquanto espaço aberto.
O que falhou aqui, foram os excessos e a elouquência colocada, nas trocas de opiniões, que os protagonistas, não souberam ultrapassar dentro dos parâmetros da ética Blogger ( digamos da ética em geral).
Não será de todo verdade, o que aqui afirma no primeiro parágrafo do seu comentário. O restante, quem acompanha o blogue, está por dentro do assunto.
O blogue a Voz do Povo, visa estimular a troca de opiniões, e o exercício da Cidadania, e sobretudo permitir a toda a gente uma forma de comunicar globalmente e é um blogue de intervenção social e não de crítica social.

Sempre a considerar
O abraço de sempre

Anónimo disse...

Olá amigo João Soares, já que o Victor utilizou este seu espaço permita que lhe responda aqui também.

De facto o que o Victor diz sobre o convite é um facto, fui de facto convidado quaze em simultãneo pelo amigo Victor e pelo amigo João Soares.

Quanto ao que descreve em relação à criação do blog, foi com esse argumento que entrei.

Devo informar aqui, já agora que por diversas vezes fui severamente criticado, quando muitas vezes ignorado (o mal menor), mas nalguns desses casos "participados" ao amigo Victor, não recebi qualquer resposta, a não ser uma vez perante tanta insistência em que me dizia que nos teriamos de entender, visto ser um espaço livre.
Chegou mesmo a dizer que havia emigrantes com baixo nível culural, mas não tomou actitude alguma.
Acontece que a liberdade é responsabilidade.
Quem ataca outros, provoca, não tem capacidade de encaixe, depois?

Quando uma vez um cidadão anónimo criticou, sem excesso, na minha opinião o MM, o amigo Victor Simões bloqueou os comentários logo de imediato.
Pense como entender.

Eu não pretendo mal algum ao blog.Retirei-me; sigam em frente.
Agora vem o belisário colocar a sua indisponibilidade para colaborar...foi por causa do comentário que o amigo João Soares fez no post anti Bush, ou pela confrontação directa com o ludo e eu?

Enfim, sigam caminho, não se desculpem mais com os outros e incentivo aqui o amigo João Soares a tomar a iniciativa (se o entender) em promover o diálogo, se o ouvirem!

Abraços aos dois

Mário Relvas

victor simoes disse...

MRelvas, peço desculpa de um pormenor... não aludi à falta de cultura de ninguém, quem sou eu para me pronunciar sobre tal... veja bem, concerteza há aí uma pequena confusão. Num Sociólogo é imperdoável semelhante alusão, ou classificação.
Não se coloca em causa a cultura de seja quem for, quem nos disse que nós é que estamos bem?
Tenho a certeza, que há uma pequena confusão. Mas, dadas as circunstâncias da última semana é natural e compreensível, só pretendo esclarecer.
Em relação, ao restante faço a minha " meia culpa", na verdade a asistência ao Blogue, não terá sido a melhor, mas terá de reconhecer que não somos profissionais!
A primeira situação de não liberalizar os comentários, teve a ver com uma experiência totalmente nova, o seguimento de não limitação ou exclusão, tem a ver com uma decisão de todos os participantes e sobretudo com o seu apoio... recorda-se?

MRelvas, tem MSN? Se quizer assim como qualquer leitor me poderá adicionar e conversar em directo:

victorvalesimoes@sapo.pt

Um grande abraço

Anónimo disse...

Gostei dessa do sociólogo...

caro Victor, como sabe os e-mails não são sociólogos, ralatam o que lá está escrito.

Ponto terminado!

Abraços João Soares e Victor

MR