Nós, portugueses, em vez de nos debruçarmos na análise dos problemas mais graves para o futuro do País e da qualidade de vida das gerações vindouras, somos aliciados para as fofocas da Ota e dos eventuais interesses particulares envolvidos, das ligações da Independente a vários políticos, da regularidade dos diplomas académicos que tem passado, da idoneidade dos seus dirigentes, de um curriculum académico que, como tal, não contém referência a um cargo altamente remunerado durante mais de duas décadas, mas que, estranhamente, fala de prática de ioga e horticultura, e do facto de um senhor ser ou não licenciado.
É de lamentar que se despendam tantas energias com tantas suspeições de importância mínima. É de lamentar que se coloque em dúvida a idoneidade, a honradez, a sinceridade de pessoas que deviam estar acima de qualquer suspeita. Mas, caindo na realidade vigente, há uma explicação muito simples para que isso aconteça: o povo foi-se habituando a não acreditar nos políticos porque estes têm dado motivos para tal, com a sua falta de transparência, arrogância, demonstrações de incompetência que os leva a terem de fazer sucessivos recuos, não cumprimento do prometido, faltas à verdade, etc.
A única forma de evitar dúvidas e suspeitas, parece não consistir na mordaça do povo, mas sim na transparência, na clareza das decisões, na explicação honesta, séria, verdadeira, em palavras simples para que o povo saiba o que se passa e não seja tentado a desconfiar.
A solução está, pois, na mão dos políticos, tornando evidente, com verdade, que são honestos e dedicados ao serviço público a bem da qualidade de vida de todos os portugueses e a preparar um futuro melhor para os vindouros.
A Decisão do TEDH (398)
Há 4 horas
10 comentários:
Olá Amigo A. João Soares.
Pois viveria-mos num país mais limpo e era-mos bem felizes se este seu último parágrafo correspondesse à realidade.
"A solução está, pois, na mão dos políticos, tornando evidente, com verdade, que são honestos e dedicados ao serviço público a bem da qualidade de vida de todos os portugueses e a preparar um futuro melhor para os vindouros."
Eu que aprendi a acreditar nos "chefes"...
Sem mais, com um abraço amigo João Soares
Mário Relvas
Caro João Soares,
aqui temos um texto inteligente...desculpe colocar aqui...neste seu espaço, mas serve de reflexão ao egoísmo!!
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"Eu como comabtente do Ultramar que estive numa guerra obrigado durante 26 meses, repudio como português e como combatente,todas as honras hoje prestadas a militares que mais não fazem do que ser voluntários com vencimentos chorudos, mais telemóveis,enfim,mais e mais.
Os combatentes do ultramar não venderam a sua vida,foram obrigados;e ficaram lá milhares de jovens,deixando cá mães sem o seu filho, ou esposas viúvas.
E as honras para estes e para os que ainda vivem?
Tem sido ao longo dos anos, desde a democracia,só despreso e ignorância,tanto dos políticos (alguns também lá estiveram) como de altas patentes das forças armadas,ressalvando um por outro:
Têm alguns destes veteranos de guerra, uma esmola uma vez por ano:a alguns.
Enoja-me, hoje, a hipocrizia das condecorações e dos desfiles em parada -é para o mundo ver?
Porque os veradeiros veteranos de guerra, pobres, estes estão desprezados.
Ai,Portugal, tão pequeno e tanta hipocrizia e opurtunismo à custa da miséria do povo."
"António Rodrigues" - Porto
in Secção do Leitor JN
08ABR07
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O homem enquanto democracia tem liberdade e o direito de evocar o que quizer... mas o jornal tinha recebido um texto meu, para desejar uma boa Páscoa aos militares e aos elemntos das forças de Segurança que estão espalhados pelo mundo, enquanto ordens do governo da Nação.
Como resposta "disparou" este texto, que deve ter aos milhares!
Aqui fica o reparo!!
A indignação que me fez escrever este texto por chamar "mercenários" ao povo, que serve nas mais diversas fileiras, como se escolhessem estar longe das famílias correndo riscos a seu belo praser!!!!!!
Se falasse sómente do esquecimento dos ex-combatentes, talvez o aceitasse, mas atacando os camaradas de hoje, Portugueses que envergam um uniforme da Pátria,não o posso aceitar, sem dizer esta verdade, a que penso dos cobardes, dos invejosos.Ele não reclama contra estes homens, mas sim contra não ter sido ele um mercenário... não será?
Abraços a todos
Mário Relvas
Caro amigo João Soares, é bem verdade que não nos peocuparíamos, com pormenores de pouca importância, se houvesse honestidade. Aos políticos cabe a responsabilidade de limparem e arrumarem os oportunistas, falsos e enganadores e provarem ao povo, que estão no governo a bem da Nação e de todos nós, com honradez.
Palavras muito lúcidas e elucidativas, obrigado amigo João Soares, sempre com as ideias arrumadas, próprias de quem muito conhece da vida!
Um grande abraço
Em relação ao comentário do amigo Mrelvas, também concordo e acho que os ex-combatentes têm muita razão, mas não concordo com as insinuações do sr. António Rodrigues, em relação aos actuais militares. Os actuais militares,defendem tão bem ou melhor ( estão mais bem equipados), os interesses de Portugal.
Um abraço
Amigos Zé Faria, Mário Relvas e Víctor Simões,
Agradeço as vossas palavras que evidenciam que o texto do post contém preocupações e sugestões que correspondem ao pensamento de portugueses de bem.
Infelizmente a realidade está muito longe do ideal. Costumo citar as palavras de Jorge Sampaio no Sátão contra a campanha anti-política. Só que a luta contra a falta de consideração pelos políticos não pode ser levada a cabo pelos cidadãos, mas sim pelos visados, purificando os seus comportamentos e tornando-se exemplo a seguir e a admirar. Um sonho! São homens como os outros e, como têm mais ambições, sucumbem com facilidade às tentações do Poder, do dinheiro e daquilo que há de pior nas sociedades.
Nem as toneladas de assessores ajudam a melhorar o desempenho, apenas contribuindo para o aumento das despesas e do défice, que nos obriga a um exagerado e prolongado aperto do cinto.
Agradeço a todos os visitantes deste blog a gentileza de passarem por aqui: nas últimas 24 horas foram 71 desde 16 de Janeiro já foram quase 3.600. Muito obrigado pelo estímulo que representam.
Abraços de amizade
A. João Soares
Verdade
A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.
(Miguel de Cervantes)
Agrada-nos a franqueza dos que nos apreciam. À franqueza dos outros chamamos insolência.
(André Mourois)
A repetição não transforma uma mentira numa verdade.
(Roosevelt)
A solução está, pois, na mão dos políticos, ou seja, não vamos a lado nenhum!
Há um ou outro que escapa, mas em prol da sua sobrevivência, mantem a mão fechada e não liberta a solução.
Caros Amigos,
Parece que nem tudo está tão mal como pensamos!!! Senão, vejamos
Sobre este tema recebi de uma e-amiga a seguinte crítica a um e-mail irónico sobre 0 «Engenheiro»:
Se os portugueses em vez de só se pavonearem investindo em carros, roupa de marca na lapela (para se ver como são importantes), comes e bebes, e ... discussões sobre assuntos pouco interessantes e nada produtivos, como esse;
Se os portugueses fizessem que nem o Sócrates que investiu na sua formação, na aquisição de novos conhecimentos;
Se os portugueses em vez de ficarem com a bunda sentados na cadeira vendo os outros fazer desporto – futebol, claro, e fizessem algum desporto que nem o Sócrates;
Se os portugueses fossem determinados e fossem à procura daquilo que querem que nem o Sócrates faz;
Com certeza que o país não estaria do jeito que está!
ps1. Eu não tenho procuração para defender o Sócrates, mas acho pena que a cabeça dos portugueses e a media nacional em geral continue apenas se interessando por assuntos que nada ... dignificam o país!!!
ps2. Nos USA, por exemplo, e em muitos outros países, pouco interessa os cursos que um indivíduo tem; o que interessa é o que sabe fazer; mas na terrinha o mais importante é o canudo, claro!!!
A minha resposta
Tem imensa razão.
Mas repare que o e-mail tinha uma finalidade irónica. Se bem que a ironia poderia ter tido outro tema, é certo.
Digam o que disserem, este Governo tomou iniciativas corajosas que estavam a tornar-se urgentes. Ninguém deve tirar-lhe este mérito.
É certo que nem tudo está a correr bem, mas errar é humano e a perfeição é inatingível.
São de lamentar as acções de alguns ministros que estragam o ramalhete do Governo e ensombram a sua imagem colectiva: Saúde, Educação, Justiça, Economia, Obras Públicas e Comunicações, Presidência.
Caros amigos, é preciso «uma espécie de paciência» para dialogar com todos os naipes!!!
Abraços
Um ditado supostamente do tempo dos Romanos diz que «à mulher de César não basta ser séria; é preciso parecê-lo». Fica assim enfatizada a importância das aparências, mas isto não significa a importância exclusiva destas.
Hoje, este adágio, para aplicação aos políticos, devia ser ligeiramente modificado, ficando: «a um político não basta parecer sério, é preciso sê-lo». Porque, se o não for, a realidade poderá vir a ser conhecida quando menos lhe convier.
A ostentação, quer na marca e modelo o carro quer na marca do vestuário, quer nas habilitações académicas declaradas, se não corresponderem a valores reais, verdadeiros, de competência e qualidae do desempenho, poderá produzir efeitos contraproducentes.
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