quarta-feira, 23 de maio de 2007

Forças de Segurança e seus sindicalistas

EXCESSOS...

O conhecido sindicalista da GNR, José Manageiro, ao ser reeleito no cargo, disse pugnar pelo fim do comando-geral da guarda, em favor de uma direcção nacional chefiada por um magistrado.
Mas pergunto, o que faz correr estes sindicalistas, sem olharem os verdadeiros problemas das polícias?
Sou dos que acham que, os magistrados prestariam excelso serviço a Portugal se, cumprissem com eficácia com a sua nobre missão na justiça, também esta muito carenciada.
Será que a alteração da denominação de comando-geral na PSP, para direcção nacional melhorou algo?Ou resolveu os problemas da polícia?
Certo que algo poderá melhorar sempre, mas porque embirram com os militares? Porque não caem nos contos de fada, zelando pela coerência de uma instituição com os nobres pergaminhos como é a GNR?
Seria bom que se revisse a lei dos sindicalistas que enxameiam as corporações, onde usam de direitos sindicais para gozarem folgas, prolongando os fins de semana. Ora metem o dia para "actividades sindicais", à sexta-feira, ora à segunda-feira, não apresentando qualquer justificativo de qualquer actividade sindical. A lei diz que para exercerem a sua actividade sindical têm direito a um dia por semana, sem perda de regalias, no entanto, qual a actividade sindical por eles desenvolvida? É isto justo? Apenas devem gozar esse direito quando efectivamente desenvolverem trabalho sindical, devidamente comprovado.
Por isso a criação de muitos, demasiados sindicatos nas policias, nomeadamente na PSP, pelo menos "uma dúzia". Se cada sindicato tiver delegados espalhados pelo país,que os tem, vejam quantos metem folga para prolongamento do fim de semana, em detrimento dos colegas que dizem defender, em detrimento da segurança dos portugueses.
Assim se entende o sindicalismo em Portugal nas forças de segurança, por isso tanta moralidade para fazerem afirmações como a extinção do comando-geral da guarda!
Estas instituições associativas devem estar acima de ambições pessoais e distanciadas de partidos, ou simpatias políticas, o que parece ser utópico nas actuais entidades sindicais.
Este texto foi por mim escrito, no dia 17MAI07, por lapso não estava visível, motivo porque o republico.
MR

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares,

deixo-lhe aqui alguns comentários colocados no blog Securitas do Zé Guita, que ajudam ao tema:

"Os generalistas são a grande base, mesmo estes necessitam de uma formação forte, credível e em cosntante actualização.

A especialização é fundamental, em determinadas áreas, que são diversas.

Considero que o pessoal interno, devia ter formação inicial base policial de curta duração, repartindo o curso com especialidade de secretaria, já específica na matéria escolhida e mediante vagas.

Considero ainda que deverão fazer o Compromisso de Honra tal como os outros agentes e subir na hierarquia mediante capacidade e evolução de desempenho.

Com o saír dos civis que nãos e pudessem reconverter a este sistema, as polícias daqui a uns anos só teriam elementos operacionais e de serviço interno, com categorais diferentes, ou vencimentos de acordo com as funções desempenhadas!

Sobretudo não teriam funcionários públicos que já estiveram numa escola, na PJ e agora estão na PSP, que não souberam nem sabem o que ali andam a fazer e só dão mau estar interno."

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Caro Zé Guita, um polícia exerce algo mais que uma simples profissão, é uma vocação.
Quem apenas vai para a polícia, para a GNR, PSP, Judiciária, ou para AS FA, por falta de saída profissional, poderá encontrar gosto e caminho, mas considero que é mais uma vocação,uma concretização de de olhos postos no bem comum, servindo, sem se servir!
Vem de dentro, vem do querer, da isenção, do estudo, da constante actualização, do humanismo!

Mas muitas vezes é encarada como função pública...
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Abraços amigo João Soares

Mário Relvas

A. João Soares disse...

Obrigado por estas achegas.
Como em todos os casos, pode haver várias soluções, mas tem que haver gosto pela excelência do desempenho e capacidade a todos os níveis, o que equivale a bom estudo e planeamento, boa execução e bom controlo e avaliação dos resultados. Se houver dedicação, competência e sensatez, a missão pode ser cumprida sem escravizar os agentes e com bons resultados no cumprimento da missão, para melhorar a segurança dos cidadãos.
Estou certo que vai haver grandes alterações nos próximos tempos e espero que no futuro, as coisas ficarão mais eficientes. Confio na inteligência e sensatez dos responsáveis, mas têm de evitar actividades que desmoralizem quem quer trabalhar a sério. Os inúmeros sindicatos, por serem muitos e descoordenados e por quererem visibilidade pessoal, não estão a contribuir para a eficácia das FS.
Abraços
AJS