quarta-feira, 23 de maio de 2007

Assessores em excesso?

Extraído do «Democracia em Portugal»

C. M. LISBOA – Sá Fernandes - O PALADINO DA VERDADE TAMBÉM TINHA 11 ASSESSORES
por Manuel Abrantes

Cuspiu para o ar e o cuspo caiu-lhe em cima.
Quem não viu e não ouviu o vereador do Bloco do Esquerda na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, gesticular e berrar contra o compadrio provocado pelo pelotão de assessores nomeados pelo, agora, ex-presidente Carmona Rodrigues?
Pois é…
Segundo o jornal “Correio da Manhã” o gabinete de José Sá Fernandes custava ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20.880 euros por mês. Com 11 pessoas, das quais nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, auferindo salários mensais entre 1530 euros e 2500 euros.
Segundo o matutino, o bloquista Carlos Marques e deputado municipal, confirma os onze nomes referidos na lista de assessores do vereador do BE, a que o CM teve acesso, e frisa que, desse total de pessoas, “nove são assessores contratados, três a tempo inteiro e seis a tempo parcial”, entre os quais ele próprio. Como “as propostas que são discutidas na Câmara são as mesmas para todos os partidos”, este responsável do BE considera que “está certo que tem que haver assessores, o que não está certo é que isto seja um regabofe”.
Claro “ o regabofe” é só para os outros. Os compadres bloquistas – esses – são necessários.
Desculpem lá! Mas 11 assessores para um único vereador. Mas para fazerem o quê?
Que trabalho tem um vereador para possuir 11 assessores por ele nomeados ? Isto para além dos funcionários camarários já indigitados para apoio.
Afinal o arauto “das verdades” também fazia o mesmo. Falou, falou mas também tinha 11 assessores.
Deixem-se de fitas “ Este senhor, que se não me engano exercia a sua profissão como advogado, também tinha 11 assessores no seu escritório de advocacia ?
Ou será como o seu amigo comunista e camarada vereador, Ruben de Carvalho do PCP que, segundo se consta, tinham a seu cargo três tradutores de russo?
E, já agora, também gostava de saber quantos assessores tinha para além dos tradutores…
Bem, isto não foi uma gestão autárquica. Foi uma agência de empregos para os confrades do partido. E não foi só o Carmona Rodrigues. Foram todos!!!
Estão todos entalados até aos ossos.
E como dizia o cartaz na campanha bloquista: Lisboa é gente.
Pois! Só que há uns mais “gente” do que outros…
Manuel Abrantes
Postado por Tiago Carneiro

5 comentários:

A. João Soares disse...

Cara Brit,
Sinto-me muito honrado com a gentileza de me reconhecerem muito macho!!!
Vou procurar manter-me merecedor da distinção. Irei perscrutar a lista para seleccionar os mais tomatáveis!
Cumprimentos

Anónimo disse...

Muito macho...c(tomates, o que mais quer meu amigo?

Sobre o Sá Fernandes, tinha 11 acessores para quê?Que fazia ele na CML??

Abraço
MR

A. João Soares disse...

Oh Caro Relvas, ele fazia a sua obrigação de lutar contra o desemprego dos «boys» que aplaudem nos comícios do BE. É o que todos os vereadores, ministros, secretários de Estado, deputados, fazem ao albergarem debaixo da sua asa aqueles que sem a política não conseguiriam sobreviver, na competição privada.
Depois, os ministros têm de engolir os erros que assinam e recuar nas decisões tomadas como tem acontecido com o ministro da Saúde. E, piores do que este são aqueles que teimam no erro e não recuam.
Um abraço
AJS

CORCUNDA disse...

A seita é toda igual. O que isto está a precisar há já muito tempo é de uma enorme varredela, para não dizer outra coisa.
É por isto que cada vez que há eleições os "iluminados" ficam surpresos com a taxa de abstenção.
A única coisa que temos que se possa parecer com uma Democracia é uma contrafacção do mais barato.
Abraço.

A. João Soares disse...

Acerca da varredela, recebi acerca de um e-mail que enviei, esta pergunta da parte de um fundador do PS, pelo que não deve ser tão ingénua como parece.
«Achas que a ditadura está para chegar?»

Respondi:
Não creio que ela se instale, porque o ambiente circundante - União Europeia e NATO - não propiciam. Mas há indícios de que o País não se equilibra nas suas estruturas fundamentais, de liberdade, respeito pelos outros, responsabilidade, seriedade, ensino, justiça, desenvolvimento económico, etc, etc, sem um regime com mais autoridade e capacidade de organizar e moralizar as estruturas do Estado desde as autarquias até ao topo. A sensação com que se fica ao pensar nas muitas notícias que vão chegando, um pouco toldadas, com receios de represálias (a Comunicação Social age com muitas cautelas), é de que isto está num caos, de salve-se quem puder. É um pouco isso que ressalta do Poder.»
Abraço
A J S