terça-feira, 19 de junho de 2007

Anti-racismo

Caso Real A situação que se segue aconteceu num voo da British Airways entre Joanesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher (branca), de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar em classe económica E viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
- "Algum problema, minha senhora?" - perguntou a comissária.
- "Não vê?" - respondeu a senhora - "vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Tem de me arranjar outro lugar."
- "Por favor, acalme-se!" - disse a hospedeira -"Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível".
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
- "Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre em classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar nem mesmo em classe económica. Temos apenas um lugar em primeira classe".
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
- "Veja, é incomum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica se sente na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável".
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
- "Portanto, senhor, caso queira, por favor pegue na sua bagagem de mão, pois reservamos para si um lugar em primeira classe..."
TODOS os passageiros que, estupefactos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons..."
Martin Luther King*

Recebido por e-mail, com pedido de divulgação, o que estou a fazer com gosto.

6 comentários:

Amaral disse...

João Soares
já conhecia esta história, mas ainda bem que a publica. Reporta-me à memória a coragem de Rosa Parks.
O ser humano, esse execrável palerma, sempre a viver de aparências.
Abraço

A. João Soares disse...

Deve ter dado muito gozo a cara com que ficou a senhora branca. Mas é pena que poucos tenham a lucidez de dar a primazia ao mais desprotegido.
Abraço

Ana M. disse...

Estou cem por cento de acordo com a decisão.
Fico apenas a pensar como seria a situação inversa, num avião das linhas aéreas do Zimbabwe...

A. João Soares disse...

Cara Sininho,
Mas no Zimbabwe do sr Robert Mugab ainda há brancos? E podem viajar de avião? !!!!!!!
Quando será que as pessoas se aceitam pelo se valor in
Abraçotrínseco sem olharem ao tamanho, à cor, etc?

Meg disse...

Meu caro João, o mais triste é que isto ainda existe, nós é que tendemos a pensar que é só uma anedota...
Ao nosso lado, aqui, num país pretensamente não racista.
Um abraço

A. João Soares disse...

Cara Meg,
Esta história é contada como um caso real. Mas, mesmo que seja anedota, merece ser meditada. Há muitos casos de intolerância, pelos mais diversos pretextos. Quanto ao pretexto de cor, ainda ontem, antes de o comboio suburbano partir, ouvia-se uma senhora de cor escura a dizer palavras muito duras e em voz muito alta a um idoso branco que, pelo que se podia deduzir, lhe deve ter dito que ela devia ir para a terra dela, talvez por ela, sendo bastante volumosa lhe estar a ocupar parte do lugar.
Por vezes, os pretextos até são insignificantes, mas caem num ambiente de crispação em que a mínima centelha provoca uma explosão.
Abraço