Durante o ano passado foram dadas como desaparecidas 180 pessoas com mais de 65 anos, das quais oito ainda não foram localizadas. As causas mais prováveis estão relacionadas com a perda de memória, a falta de orientação e a solidão. Muitas vezes o desaparecimento é devido à mudança do local onde sempre viveram para irem para um lar ou para casa de um familiar, onde se sentem totalmente desenraizados, sem os habituais pontos de referência.
Como ficam afastados do seu ambiente normal, entram em pânico e criam uma situação patológica de angústia que faz com que comecem a caminhar sem destino e a falta de memória impossibilita encontrar o caminho de regresso. Há muito casos de desorientação provocados por doenças como Alzheimer ou outras formas de demência que afectam a memória.
Uma previsão do Governo, considerada ousada e irreal, diz que em 20010, a esperança de vida atingirá 81 anos, o que equivaleria a um aumento de 2,82 anos em relação a 2005, data em que era de 78,18. Mesmo que a subida não seja tão elevada, temos de tomar em consideração que se trata de uma média e que é previsível que haja mais pessoas a atingir idades mais avançadas, com o agravamento das doenças próprias dos gerontes e dos casos de desaparecimento.
A procura destas pessoas passa por determinar a rotina habitual do desaparecido, em termos das deslocações habituais, para "estabelecer um perímetro onde possa estar". Quando o idoso muda de local de residência, os familiares devem ter uma atenção redobrada nas fases de transição, por exemplo, quando o idoso é transferido para um lar, ou para casa de um familiar.
Muitos idosos vêm para a rua sem o bilhete de identidade, sem qualquer papel com o número de telefone e a morada. As famílias devem fazer com que a pessoa tenha sempre consigo a sua identificação, podendo constar de uma pequena placa dependurada ao pescoço com um fio. É uma medida de precaução básica que pode fazer com que a pessoa seja mais fácil e rapidamente encontrada". O carinho que devemos dedicar aos nossos idosos passa por estas pequenas medidas preventivas.
Boas-Festas
Há 2 horas
4 comentários:
Vá lá que os números nem são muito altos!
o problema com os idosos de hoje está na falta de um enquadramento a nível das Juntas de freguesia a das paróquias locais.
O dinheiro distribuído por essas entidades tem que contemplar, por decreto, uma percentagem para a construção e manutenção, de centros de acolhimento de idosos, uns sendo residentes diurnos e outros residentes internos.
Acabava-se com a enorme especulação de "negociantes da recolha de idosos", driminosamente apelidados de lares, casas de repouso e quejandos, que por aí não faltam.
Mas para isso é necessário que exista vontade política, acima de tudo.
E com esses idosos normalmente nem vão votar...
Um abraço.
Estamos numa sociedade corrupta: Tudo é feito por interesse, ou o dinheiro para os «empresários» dos lares, ou os votos para os políticos. No blog «Aromas de Portugal» está um post sobre o fecho para férias das casas de apoio a deficientes o que coloca os pais numa situação terrível. Falta sensibilidade e bom senso na resolução dos problemas das pessoas com dificuldades, ou por deficiência, ou pela idade ou por falta de recursos.
Quando passaremos a ser um país desenvolvido?
Um abraço
Caro joão Soares,
os idosos, os doentes crónicos e os deficientes não descontam para a segurança social.Como tal devem ser abatidos ao efectivo o mais depressa possível!!
Que tal um referendo?...
Abraço
A sociedade tem um dever de gratidão e de respeito para com os idosos, pelo que fizeram e pelo acervo de saber que encerram nos seus cérebros. E sejamos práticos e um pouco egoístas: investir nos idosos é preparar o nosso futuro, se não organizarmos agora uma vida feliz para os idosos, daqui a anos, teremos uma vida de solidão e tristeza num sótão de velharias.
Abraço
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