No jornal Destak de hoje lê-se o seguinte:
SAÚDE Depois de o ministro da Saúde não ter comentado a crise no hospital de Faro, Pedro Nunes, da Ordem dos Médicos, disse ao Destak que as condições nas urgências daquele hospital são «terceiro-mundistas ».
Sendo o Algarve a maior fonte de receitas provenientes do turismo, seria lógico que as condições de apoio de saúde, em vez de «terceiro-mundistas» apresentassem um grau de qualidade ao nível dos países europeus.
Tem de haver coerência, ou se quer turismo ou não; mas, se o queremos, temos de agir em conformidade. E para que os turistas não se apercebam de que vivemos de política de fachada, convém que todo o País dê ao exterior uma imagem real de uniformidade em todo o território, com eficientes apoios dos serviços essenciais.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Como é encarado o Turismo?
Posted by A. João Soares at 18:57
Labels: incoerência, saúde, turismo
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6 comentários:
Na verdade, seria uma grande chatisse para um turista estrangeiro que visita o sul de Portugal, não ter alguma crítica a fazer, por exemplo, ao estado da saúde. Tal seria como regressar de Marrocos e dizer que aquelas gentes, afinal, não são tão regateiros como se dizia ou regressar de Inglaterra e dizer que afinal os ingleses até se esforçam por falar português ou regressar de Espanha e dizer que "nuestros hermanos" afinal não fazem a sesta após o almoço.
O grande problema está, tão só, no facto de o Algarve não ser uma excepção mas sim a regra.
Bem-haja
Caro Recepcionista,
Realmente a regra devia diferenciar-nos do terceiro-mundo e tornar-nos mais parecidos com os parceiros europeus. A opinião dos turistas é importante mas não deve ser o essencial. Mas o que está em destaque é a contradição dos governantes que, por um lado, realçam a importância do Allgarve e, por outro, desmazelam-se com o hospital distrital de Faro. É semelhante à atenção com o Interior do País: o PM anunciou que vai dar facilidades para a instalação de empresas e, por outro lado fecham centros de saúde, escolas, tribunais, notários, de modo a só viverem em muitas aldeias uns velhos teimosos que querem morrer onde sempre viveram, mas sem qualquer apoio de qualquer género.
Contradições não faltam!
Abraço
Governo quer autorizar escutas do SIS sem fiscalização do MP
Está instalada a polémica na maioria socialista sobre a possibilidade de os serviços secretos passarem a fazer escutas telefónicas legalmente autorizadas. O Governo, ao mais alto nível, admite essa hipótese. Mas o número dois do partido, António Costa, está contra. Entre as posições das (…)
DN
Se o PM, o Min da Justiça e o do Mai querem, conseguem, porque a maioria do partido não ousa contrariar os seus donos! Haja esperança que António Costa tenha seguidores. Por mim, nada tenho a ocultar, mas não me parece moralmente aceitável que se exagere nessa intromissão na vida privada das pessoas. Ninguém garante que um funcionário das escutas não as utilize para fins ilícitos em seu favor, de amigos ou de malfeitores que lhe paguem para isso.
Então não é uniformidade o hospital de Faro ter os mesmos problemas que os outros hospitais?
Não é assim tão mau que os outros países estejam ao corrente das misérias nacionais.Afinal cria-se um mau nome justificado, pelo qual os malditos que o provocaram mais cedo ou mais tarde acabarão por pagar. Por enquanto continua-se a inchar o orgulho e as pessoas continuam cegas por ele, mas acabarão por ser obrigadas a verem a esterqueira para onde a corrupção os atirou. Enquanto isso não suceder nada mudará. Porque haveriam os corruptos de mudar, se continuam a ser apoiados pelos carneiros. Se a vista do exterior ajudar, tanto melhor, a miséria durará menos tempo.
Também tem razão! Talvez este pântano se torne tão escandaloso que se torne indispensável a intervenção da ONU ou de outra organização internacional e que mande para cá um representante capaz de organizar este «sítio». No início do séc XIX estiveram cá os ingleses. Parece que foi pena terem ido embora.
A Federação Portuguesa de Futebol, neste aspecto, dá lições: opta por um treinador estrangeiro com nome feito na praça. Será essa a solução a utilizar na governação?
Um abraço
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