quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Os políticos querem ser respeitados, mas…

Todo o ser merece respeito, mas numa instituição ou grupo social, os chefes têm o privilégio de verem acatadas as suas decisões, tomadas segundo as normas em vigor e explicadas aos que as devem executar, depois de terem beneficiado de melhoramentos provenientes da participação dos colaboradores. Nestas condições, situam-se os detentores de cargos públicos e políticos, pelas consequências das suas determinações num vasto número de cidadãos.

Mas, para serem respeitados, têm que «dar-se ao respeito», evitando resguardar-se com o ditado «ouçam o que eu digo mas não olhem para o que faço».

É notório o espírito que preside aos discursos dos políticos e que traduz uma convicção arrogante de que só eles são inteligentes e todos os cidadãos são carentes de cérebro. Pura ilusão porque, para se candidatarem a eleições ou a nomeações, não são obrigados a apresentar prova de alto grau de quociente de inteligência

Mas o mais chocante é a falta de respeito entre os seus pares, também merecedores de respeito institucional. São exemplos desses despautérios os casos referidos em duas notícias de hoje. Alberto João Jardim é de opinião de que o Tribunal Constitucional deve ser extinto, porque rejeitou o pedido de fiscalização sucessiva da inconstitucionalidade do Orçamento do Estado 2007, suscitada pela Assembleia Legislativa Madeirense. O chefe do Governo regional considera que a Madeira está a ser objecto de "terrorismo de Estado em matéria de aplicação constitucional".

Outro exemplo vem do ministro da Saúde, Correia de Campos, que ontem no Parlamento contestou as conclusões do relatório do Tribunal de Contas (TC) sobre a contabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), afirmando que aquela instituição "não está abrangida pelo dogma da infalibilidade" e que o documento parte de pressupostos "que não têm adesão à realidade". Será o Sr. ministro é infalível? E será que as decisões tomadas pelo Sr. ministro têm esse realismo? Antes ou de depois dos vários recuos que se viu obrigado a fazer perante a discordância das autarquias e dos populares acerca das medidas que tomou, quanto a maternidades , urgências, centros de saúde, etc?

5 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares

O que o ministro disse é típico deste Governo. Sermpre que um tribunal aponta erros, é o tribunal que está errado.
Mas tal procedimento pode ser bom para os criminosos.
Assim, tendo em conta a jurisprudência, quando alguém for condenado, só tem que lembrar este verdadeiro ovo de Colombo.

A. João Soares disse...

E se todos aproveitarem o ovo de Colombo, o País ficará mesmo em ponto rebuçado! Já não falta muito, com esta regularidade com que os ministros aparecem no pequeno ecrã a dizer bacoradas que só desacreditam quem deveria merecer respeito, isto em breve dará um grande estoiro. O povo não vai continuar adormecido até à eternidade. As camadas mais jovens começam a rteagir, como se vê em França e se tem visto em outros lugares.
Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Relvas,
A minha limitada inteligência não me permite interpretar esta sua mensagem.
De qualquer forma, este blog continuará sempre aberto aos comentários de quem me der o prazer de o visitar e de nele deixar palavras que ajudem a melhor compreender os temas abordados. Não faço excepções e procurarei dar resposta a tudo o que se refira ao tema do post comentado.
Desejo um Feliz Natal a si, a todos os seus e a todos os visitantes deste blog.

Anónimo disse...

Caro João Soares, tinha pensado em afastar-me da net. Mas continuo...

Obrigado pelas palavras que me dirigiu.Mais para a frente falaremos do natal...

Por vezes a solidão de uma luta pela diferença envolvida no autismo, mas onde existe interesses esquisitos, ligados a autarquias, leva-me a esmorecer. Mas é nas contrariedades que nasce a FORÇA!

Procuro blogues que tenham o aromas linkado.

Agradeço que me informem dos que por lá ainda não estão, pois criei uma secção na barra lateral para todos, os que me linkaram, sem diferenças, ou exclusões!

Abraço

Anónimo disse...

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