Na Colômbia, desde 1978, já lá vão 30 anos, as Forças Armadas governamentais têm combatido as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), sem sucesso, como se vê pelas notícias mais recentes.
No Sri Lanka, que já teve os nomes de Taprobana, Serendib e Ceilão, a família Bandaranaike, sucessivamente no Governo, tem enfrentado o conflito com a população tamil, alimentado por razões étnicas e religiosas. Os Tigres Libertadores do Eeelam Tamil (LTTE) controlam totalmente a província de Jaffna, no norte e reivindicam a fusão das províncias do Norte e do Leste para constituírem um Estado a que chamam de Eeelam Tamil.
Os curdos querem criar um Estado que se estende por parte da Turquia, do Iraque e do Irão, mas têm sido contrariados com as consequentes perdas de vidas.
Além destes, há muitos outros casos, mais ou menos conhecidos, de dissidências ou de oposições menos respeitadas e mais oprimidas, que, devido à arrogância do Poder instituído, muitas vezes de forma fraudulenta, ocasionam violência excessiva e inútil de que resultam perdas de vária ordem e a criação de um clima de insegurança e de medo que nada contribui para a paz de espírito e a felicidade dos povos. E, com isso, endurecem os ódios que tornam menos viável uma resolução pacífica da situação.
Pode afirmar-se, de uma forma geral, que, em cada caso, se as partes em confronto se interessassem verdadeiramente pela felicidade dos habitantes e o desenvolvimento sócio –cultural do País, tudo se poderia resolver pacificamente pelas negociações, a bem das pessoas.
Agora na América Latina desenhou-se uma perspectiva de guerra entre a Venezuela e a Colômbia, com o perigo de atrair terceiros em apoio de um e de outro, podendo atingir dimensões de tragédia continental. Mas, entretanto, surgiram mediadores que procuraram amaciar as relações entre as partes. Oxalá seja obtido o melhor resultado e que, entretanto, a Colômbia se entenda da melhor forma com as FARC, em benefício do País em que todos devem viver em harmonia.
Sobre os perigos das guerras e as vantagens das resoluções pacíficas de conflitos já aqui foram colocados os seguintes textos, entre outros:
Negociar, coligar em vez de utilizar as armas
A Paz pelas conversações
Guerra a pior forma de resolver conflitos
Paz pela negociação.
A Paz como valor supremo
DELITO há dez anos
Há 1 hora
6 comentários:
O maior mérito do ser humano é promover a paz.
No entanto a politica e os interesses instalados prevalecem.
No possível conflito entre Venezuela e Colômbia, para além das perdas humanas, os efeitos colaterais podem ser vários, desde a subida do petróleo, instabilidade na América do Sul, apoio dos EUA à Colômbia, e tentativa de tirar Chavez do poder.
Abraço,
Magno.
Magno,
Esperemos que não chegue a ocorrer conflito armado. Além dos inconvenientes para toda a América Latina, seria imprevisível o alastramento pelo mundo, embora, nos tempos que correm, os Estados não estejam muito propensos a arriscar os seus interesses imediatos.
Abraço
A. João Soares,eu próprio
P.S: Escrevi «eu próprio», porque anda por aí um energúmeno maníaco sem carácter a publicar comentários em meu nome.
O comentário que fiz de manhã era mais extenso. Aqui vai um resumo:
Meu caro João
A sua descrição do clima de conflitos que se vive em todo o mundo é deveras preocupante.
Por detrás de tudo isto há grandes interesses. A fabricação de armas envolve muitos milhares de milhões...e isso é muito mais importante, para esses senhores, do que o respeito pelas vidas e direitos humanos.
Seria muito bom que os governantes de todo o mundo se sentassem a uma mesa de comversações e tentassem pôr fim a este estado de coisas. Mas, infelizmente, este desejo não passa de utopia.
Acerca dos actos terroristas - aterradores! - das FARC, recebi hoje um email que lhe vou enviar. Se quiser pode publicá-lo nos seus blogs, mas contém imagens muito impressionantes.
Beijinhos
Mariazita
Segue o "teste"
O blog neófito A casa da Mariquinhas agradece a sua visita e comentário.
Só gostaria de relevar, para além do post e comentários judiciosos; porque razão não terá o Governo da Colômbia o direito de atacar grupos armados que destroiem a sociedade Colombiana com as "torturas" noticiadas, mesmo em território que lhe não é afecto?
Afinal parece não passar despercebido o apoio institucional de alguns países confinantes a esse terrorismo que não deixa de o ser mesmo com a designação de Forças Revolucionárias...
Caro Leitão,
O Governo tem todo o direito e dever de restabelecer a paz para segurança do seu povo. Isso é indiscutível. Mas o método utilizado é que não tem dado resultado, nem lá nem em muitos países.
Se tivesse sido negociada uma solução pacífica logo no início dos desentendimentos, de certeza se tinham poupado vidas e recursos.
Mas há a tendência da arrogância do uso da força armada, quer de um lado quer do outro, e logo surgem por detrás os vendedores de armamento que vivem disso. Estes casos são exemplos de que quem domina mundo não são propriamente os governantes, mas o poder económico que está escondido a puxar os cordelinhos, para lhes controlar as decisões.
O post é utópico e idealista, mas se houvesse um esforço sério para uma aproximação a esta solução pacífica, a humanidade seria um paraíso, em comparação com a triste realidade actual!
Creio que compreenderá o meu ponto de vista. Aliás, todo o conflito armado acaba na mesa das negociações, sendo pena que esta mesa não tivesse sido ocupada no início dos atritos. Repare o que sucedeu no nosso Ultramar.
Abraço
A. João Soares
Cara Mariazita,
Agradeço o seu comentário, com um ponto de vista muito realista que tempera o ponto de vista utópico e idealista que consta do post. Um dos grandes males do nosso tempo resulta do predomínio dos interesses económicos sobre tudo o resto, sobre os verdadeiros interesses das pessoas que são relegados para segundo plano ou mesmo expulsos do palco das decisões dos governantes.
Beijos
A. João Soares
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