Transcrição de artigo do Portugal Diário com NOTA final
Casa Pia: tribunal diz «não» a Pedroso
Por: Patrícia Pires
Ex-deputado socialistas acusou seis jovens e Carlos Silvino de difamação, mas nenhum vai a julgamento
Paulo Pedroso apresentou queixa, por difamação, contra seis ex-alunos da Casa Pia e ainda Carlos Silvino (Bibi), por durante «a fase de inquérito» do mega-processo «não terem deposto com verdade». Esta segunda-feira, o tribunal decidiu não dar razão ao ex-deputado socialista e nenhum vai a julgamento.
Após ter sido deduzida acusação, a defesa dos jovens pediu abertura de instrução e, agora, o 4º Juízo do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu-se pela «não pronuncia dos arguidos».
Fonte ligada ao processo explicou ao PortugalDiário que a magistrada responsável pela instrução do processo entendeu que «não estavam preenchidos os requisitos para os arguidos serem pronunciados pelos crimes de difamação e injúria, nem tão pouco pelo crime de falsidade de testemunho e denuncia caluniosa».
Paulo Pedroso alegava que os arguidos «não depuseram com verdade, durante a fase de inquérito» do mega-processo da Casa Pia, mas a juíza considerou que «existia convicção dos arguidos que estavam a depor com verdade».
«Perante as autoridades policiais testemunharam com convicção, quer estivessem ou não» a dizer verdade, lê-se no acórdão de «não pronuncia». Para a magistrada não eram «os alegados actos descritos pelos arguidos que estavam em causa nos presentes autos».
NOTA: E, perante a decisão do douto tribunal, fica para sempre a dúvida: ele é ou não pedófilo? No caso de o ser, é passivo ou activo?
Como o tribunal disse que não havia provas a favor da queixa de Pedroso, ou seja que os meninos que o acusaram não o difamaram, nem injuriaram e nem praticaram falsidade de testemunho nem denuncia caluniosa, pode concluir-se que aquilo que disseram era verdade?
Será, mesmo, verdade ou não verdade aquilo que essas testemunhas disseram?
Uma situação complicada que nada agradará ao Pedroso, para limpar a sua folha de serviço!
Como irá ele lavar a face, depois desta decisão do tribunal.
Depois da festa apoteótica como foi recebido, ao fim do dia, na AR, quanto saiu da Penitenciária, por ter sido terminada a prisão preventiva, em que foi tratado como símbolo, ídolo e herói do PS, como reagirão, agora, os seus companheiros de partido a esta decisão judicial?
É caso para recorrer aos tribunais internacionais contra esta falha dos tribunais portugueses! É caso para esclarecer rigorosamente até aos mais ínfimos pormenores, este caso! Ou será que já concluiu que lhe teria sido mais favorável ter ficado sossegado, em vez de incriminar os ex-miúdos?
Aguardam-se novas notícias.
As péssimas companhias de Guterres
Há 2 horas
12 comentários:
O Zé cá fica à espera de novos desenvolvimentos.
Talvez não morra antes.
Seria uma pena para mim, morrer sem levar a perfeita consciencia da verdade ou inverdade dos factos.
João
Este ´´e um daqueles casos que envergonham a justiça portuguesa. Arrastam-se e nunca mais se resolvem.
Bom fim-de-semana
Abraço
«(...)Depois da festa apoteótica como foi recebido, ao fim do dia, na AR, quanto saiu da Penitenciária (...)»
Há um ditado inglês que reza assim: "Birds of a feather flock together"
Traduzindo para Português dá mais ou menos isto. "Pássaros da mesma plumagem agrupam-se".
Olá João Soares como vai?
Cheguei a ver como tu vives, cuidando das ovelhas. Num ambiente rural.
Que lindo! Nasci em Minas Gerais apesar de morar no Rio de Janeiro desde seis anos.
Gosto muito campo , minha casa aqui é colonial , gosto deste estilo por causa de minha origem do interior. A minha casa lá tinha muitos animais.
Queria que voce me dissese para que serve a papa de sementes de linhaça, gostaria de saber.
Um grande abraço para voce!
Ray
Zé do Cão,
Não tenha ilusões nem grandes esperanças. Talvez nunca se saiba de fonte oficial o que se passou. Há muitos processos que foram mediatizados e cujo desfecho ficou na penumbra. Há nomes intocáveis.
Abraço
A. João Soares
Amaral,
Há muitos outros processos que não dignificam a Justiça. Sem dizer nomes, houve um caso de corrupção em que foram condenados dois representantes de uma firma alemã por terem entregue um cheque de 50 mil contos a uma alta entidade a fim de esta decidir uma obra em benefício dessa construtora. A entidade, em processo separado, foi absolvida por falta de provas.
Foi um caso muito curioso.
Abraço
A. João Soares
Caro Deprofundis,
Admiro a sua perspicácia. Até um dos organizadores da festa, estava considerado suspeito!
Eles lá se entendem.
Abraço
A. João Soares
Amiga Ray,
Agradeço a sua visita. Apareça mais vezes.
Quando escrevi a redacção com o título «quem sou» tive o cuidado de no início informar os leitores «vou tentar descrever o dia-a-dia do meu intelecto, no mundo sem poluição em que me instalei, pelo menos mentalmente.» Na realidade, vivo numa área mais poluída, como pode ver na minha ficha de blogger!
Mas, nem por isso, deixo de a esclarecer sobre a linhaça. É a semente do linho que serve para infusões (água de linhaça), extracção de óleo e, reduzida a farinha, para preparação de cataplasmas. Estas produzem uma dilatação dos vasos sanguíneos de modo a curar a congestão e aliviar a dor. Amolecem a pele e favorecem a progressão das formações purulentas até à superfície. Pode obter mais informação na Internet ou numa enciclopédia.
Beijos
A. João Soares
Espero que a verdade venha a lume.
Acredito que as maiores vitimas, foram as crianças, e até o próprio Bibi.
Esse senhor deve a meu ver ter culpas no cartório, pois não acredito que um juíz se tenha exposto apenas por beneficio profissional e prestigio junto da sua classe, se não acreditasse nas acusações de que Paulo Pedroso é alvo.
Vergolhoso é o facto de os senhores deputados alegarem a imunidade parlamentar, a meu ver uma profunda falta de respeito, a todos os portugueses.
A decisão do tribunal não implica o reconhecimento da verdade dos testemunhos dos acusados por Pedroso. Isso é claro no pronunciamento da juíza.
Outra coisa é que também não ficou provadol que os seus testemunhos fossem falsos, e aí é que está o busílis para o "boy" do Largo do Rato.
Será que desta vez, os amigalhaços que o receberam como herói da resist~encia o irão deixar lamber sozinho as feridas?
A ver vamos, se nos derem o seguimento do folhetim, o que desde já duvido.
Um abraço, amigo A. João Soares.
Bom fim-de-semana para si.
Jorge P.G.
Magno,
Estamos habituados a que casos complicados envolvendo pessoas influentes, acabem por morrer nas gavetas. Creio que o significado dado ao conceito de imunidade parlamentar é abusivamente aplicado a qualquer falta dos deputados que nada tem a ver com as suas funções de deputados. Isto brada aos céus no que toca a excesso de velocidade, estacionamento irregular, até crimes de características privadas e individuais.
Uma coisa que considero chocante é ver os deputados a criticarem Instituições que eles devim prestigiar, como o Tribunal de Contas, o PGR, A PJ. É um mau exemplo e um estímulo para que se perca o respeito por qualquer político ou Instituto Público.
E, apesar dessas atitudes condenáveis, eles ficam ilesos devido à tal impunidade dita parlamentar.
Abraço
A. João Soares
Amigo Jorge Guedes,
Está a pôr o dedo na ferida. Entre nós, os homens do Direito usam habilidosamente as palavras de forma a que o povo distante dos processos fique sem ter certezas de nada, nem do contrário!
Tudo irá morrer na penumbra. E quanto a apoiar para ajudar a lamber as feridas, não me parece que os da tal apoteose, voltem a repetir tal apoio. Não lhes convém tornar-se visíveis, porque poderá haver associações de imagens!
Dizem que poderá haver muitos mais tubarões não denunciados.
Uma indiscrição: Pouco tempo depois do início desta guerra, em conversa de juízes jubilados, ouvia-se que o processo iria morrer porque as testemunhas seriam dadas como não credíveis, por falta de idoneidade. Isso já foi aplicado a alguns políticos, e mais tarde acabará por se aplicar aos que ainda estão no processo, porque as testemunhas são as mesmas!!!
O Estado (nós) que se prepare para pagar grossas indemnizações pelos prejuízos sofridos pelos arguidos que estiveram impedidos de exercer as suas actividades remuneradas.
Um abraço amigo e bom fim-de-semana
A. João Soares
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