O Correio da Manhã de ontem trazia a notícia de que um 1º sargento do «Núcleo de Investigação Criminal» (NIC) da GNR de Alenquer encontra-se sob suspeita de participação em furtos em residência.
Outra notícia refere que, a 29 de Novembro passado, um militar da mesma força de segurança foi detido por agentes da PSP quando tentava assaltar uma agência do BPI em Sassoeiros, concelho de Cascais.
Temos que crer que se trata de excepções que não devem afectar a confiança que nos merece a generalidade dos agentes das Forças de Segurança, mas há uma razão para aqui colocar este post. É que estas notícias vêm evidenciar os riscos referidos no post «Futuro com graves ameaças à liberdade».
E estes perigos não surgem apenas de indivíduos com mau comportamento, pois o referido sargento chefiava o NIC que apresentava bom desempenho, com alta taxa de conclusão de inquéritos, com detenções e apreensão de droga e material roubado.
Isto vem demonstrar, como se disse no referido post, que há grande perigo para as nossas liberdades se forem concentradas, numa base de dados centralizada, todas as informações sobre as nossas vidas. «As fraquezas humanas não dão garantias e não permitem descartar o perigo de um funcionário operador da base de dados os utilizar para uma vingança de alguém com quem se tenha desentendido» ou para uma malandrice pior do que entrar em nossa casa, quando sabe que estamos ausentes por tempo determinado.
Perante casos tão elucidativos, devemos reagir contra a tendência de um qualquer Poder tentar controlar tudo e todos, mesmo que seja com o pretexto de nos garantir melhor segurança!
A Decisão do TEDH (389)
Há 1 hora
4 comentários:
Caro A. João Soares
A confirmar-se tal suspeita. O homem tinha que tratar da sua vidinha, para além do profissionalismo louvável contra o crime, o que lhe mereceu vários louvores e condecorações que, obviamente, serão tidas em conta como atenuantes. Isto é ficção?!!!
Abraço
Carlos Rebola
Olá! Bons ventos me trouxeram aqui! Sou de BH, Minas Gerais e já estive na sua terra... há uns 5 anos. Adorei!
Sobre seu post, tantas notícias assim estampam os jornais do Brasil, que me preocupo com a banalização: é tão comum, que poucos se importam!
Um abraço, Désirée.
Caro Carlos Rebola,
Realmente, neste caso concreto que poderá não ser único, interessa perceber as razões de ordem psicossocial que podem levar a este tipo de comportamentos. O que se passou com este homem eficiente e louvado para agir de tal forma? De que males padece a sociedade para gerar casos deste? Quais os valores cívicos que estão a ser desprezados pela sociedade e que são imprescindíveis à convivência colectiva? Que exemplos se vêm nas pessoas com maior visibilidade pública?
Matéria não falta para os estudiosos analisarem cuidadosamente e sem condicionamentos prévios.
Abraços
A. João Soares
Cara Desirée,
Infelizmente, há casos a merecerem reparo, aqui, como aí no Brasil. Errar é humano, o ser humano não é perfeito, mas temos todos de ajudar a atingir a perfeição, sugerindo uns «pequenos» retoques naquilo que pode e deve ser aperfeiçoado. Em democracia, cada um tem de contribuir para o melhor futuro do seu País, não apenas no acto de votar, mas permanentemente, na observação das realidades, para se ir preparando para a utilização do direito de votar mas também para dar aos eleitos pequenas dicas a fim de eles não se afastarem do caminho que prometeram seguir, para bem de todos, e não apenas de aguns amigalhaços.
Cumprimentos
João
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