quinta-feira, 10 de julho de 2008

Como vai o País?

Neste momento, em que muito se fala no «estado da Nação», nem sempre com a profundidade reflexiva mais adequada, é oportuno olhar para o espelho constituído pela Comunicação Social para tentar ver a imagem mais fiel.

Nesta tentativa, verifica-se que continua em análise a recusa do helicóptero do INEM à população do distrito de Bragança.

Quanto aos biscates de agentes da PJ aliados a detectives privados, apesar de a PJ ter transferido três funcionários, esta instituição diz desconhecer escutas ilegais, o mesmo dizendo o ministro da Justiça. Ou os jornais mentem e devem ser chamados a juízo, ou os responsáveis andam a dormir e nem sequer acordam com as notícias de aspecto verosímil, ou querem enganar o bom povo português.

Também o secretário de Estado da Protecção Civil nega o conteúdo de notícias sobre a área ardida. Como bom colaborador do MAI, procura não mostrar a falta de sustentação das esperanças por este criadas.

Enfim, todos sacodem a água do capote, não assumem as suas responsabilidades, o que poderá significar que ninguém nos governa.

E o mais grave é que, apesar da crise do petróleo que veio de fora, o estado da Nação não surpreende, por já vir a ser incubada de há muito. Guterres abandonou o Governo para não se afogar no «pântano» para o qual lançou o rectângulo. Veio Durão que não conseguiu substituir a «tanga» por melhores roupagens e, logo que conseguiu, largou S. Bento a caminho de Bruxelas, deixando no seu lugar, como «bebé prematuro», Santana que não tendo sido capaz de definir estratégias e objectivos de longo prazo nem tomado medidas coerentes, limitando-se a transferir secretarias de Estado para longe de Lisboa, facilitou a vida a Sampaio que não teve dificuldade em encontrar pretexto para o mandar dar uma volta.

Portanto, a herança deste Governo não foi fácil mas houve a visão iluminada de pensar longe, em reformas estruturais em inovações condizentes com as modernas tecnologias, com vista a reduzir o hiato que separa Portugal da média europeia.

Mas pouco conseguiu, por que não pôde ou não foi capaz de constituir uma boa equipa governativa constituída por gente válida, competente e séria. E não foi capaz de gerir com eficácia a sua frágil equipa criando interacção e sinergias para bem do país, mas, pelo contrário, deixou fluir as más decisões, na Saúde, na Educação, na Justiça, na Defesa. Não se aplicou a frase «um bom rei faz forte a fraca gente».
E, assim, por tudo isto se pode concluir que o estado da Nação é o pior possível.

Seguem-se alguns títulos de notícias de hoje:

Está a faltar a esperança aos cidadãos
José Medeiros descarta falhas no combate a incêndios
Governo não respondeu a 90 requerimentos
INEM abre polémica sobre 'helis' de apoio
Três inspectores transferidos da 'secreta' para outros serviços
Direcção Nacional da PJ nega escutas e vigilâncias ilegais
PJ: Alberto Costa desconhece casos de escutas ilegais
Empresas pessimistas com economia
O estado da Nação

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