Na cimeira Africana no Egipto, Mugabe recebe apoio da quase totalidade dos seus pares, chegando ao cúmulo de o líder do Gabão, Omar Bongo Ondimba, o considerar «herói africano». Isto não admira dado que se encontra no poder desde 1967 (há 41 anos!)
O único que disse que Mugabe devia ser suspenso da União Africana foi Odinga, líder do Quénia, que há meio ano estava na oposição e agora se sente mais solidário com Morgan Tsvangirai, pois, para assumir o poder no início do corrente ano, teve que esperar que serenasse a violência dos apoiantes do seu antecessor.
A democracia em África não tem a mínima semelhança com a que é entendida no mundo ocidental. O próprio Omar Bongo Ondimba diz que a África não deve seguir modelos estrangeiros. Cada dirigente se considera dono do seu País e não admite que haja um opositor que tente derrubá-lo. Existe uma conivência traduzida no apoio mútuo de que beneficiarão directa ou indirectamente, no imediato ou a prazo.
Mas como o dinheiro não dá para tudo e as populações morrem de fome e de doenças, não têm o mínimo rebuço de pedir auxílio aos países ocidentais, os tais que, segundo o «dono» do Gabão, não têm que dar lições nem interferir nas políticas dos ditadores africanos. Sinais dos tempos!!!
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