O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, presidiu ontem, em Belas, Sintra, a uma cerimónia de entrega simbólica de 8750 armas modelo Glock, 9 milímetros, à PSP e à GNR.
Segundo o DN, «essas armas fazem parte de um grupo de 42 mil armas que faseadamente deverão ser entregues às forças de segurança. Deveriam ter sido entregues no ano passado, mas a necessidade de verificação de todos os requisitos de segurança fez com que só agora fossem entregues.»
Consta que ao fazerem o contrato de aquisição foi esquecida a encomenda dos respectivos coldres, o que atrasou a entrega oficial de cerca de um ano. Parece que ninguém foi responsabilizado pela falha, porque errar é humano, quando o erro ocorre em certos meios. Mas o facto é suficientemente grave para que em vez do gáudio desta cerimónia, a entrega devesse ter sido feita em gabinete com a presença de um ou dois pares de notáveis.
Pessoas mais ou menos atentas e que relacionam os factos, poderão aventar a hipótese de que, possivelmente, se a entrega das armas tivesse ocorrido há um ano, a eficácia das Forças de Segurança teria melhorado e evitado o aumento da criminalidade violenta em que se inseriu a onda a que se assistiu em Agosto.
Também se a lei das armas tivesse sido a mais adequada às realidades e se o seu cumprimento tivesse sido mais fiscalizado, aquela onda poderia ter sido menos alterosa e passaria despercebida. Hipótese semelhante se pode esboçar quanto ao Código Penal e Código do Processo Penal. Parece haver muita decisão importante que não foi encarada com a devida seriedade e que foi assinada sobre o joelho.
Com tais falhas que revelam deficiente dedicação aos interesses nacionais. Com a falta de responsabilização de quem erra, com a ausência de planos a longo prazo e linhas de conduta bem definidas, e com as palavras de ocasião, falsamente optimistas para enganar os incautos, não surgem motivos de esperança para um futuro melhor para os portugueses.
Vender em nome da falácia conveniente
Há 5 horas
2 comentários:
João
Este aparecer mediático dos nossos governantes é fachada. Já toda a gente percebeu, excepto aqueles indefectíveis que querem continuar a tapar o sol com a peneira. Espero que o povo abra os olhos e comece a pensar na reviravolta do próximo ano. Mais tempo com esta governação... não, obrigado!
Abraço
Não foram essas as armas que a pedido dos entendidos de Portugal, tiveram que ser exclusivamente modificadas para nós? Não foram essas armas que tiveram que levar uma patilha estra de segurança? É que essas armas já têm uma segurança específica, mas mais vale prevenir que remediar: colocar uma patilha extra de segurança, não vão elas "disparar à balda". Assim estão devidamente seguras e os polícias podem arremassá-las aos gatunos -só aos violentos e altamente armados.
O CP não será alterado?! E em perseguições graves os agentes da polícia poderão utilizá-las? O resto pouco importa se são velhas ou novas. Aqui está o cerne da questão. Se podem, como e quando, ser utilizadas?!
Saudações e um sorriso
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