A partir da 01:00 de hoje ouviram-se vários tiros e explosões de granadas em Bissau, próximo da zona da residência do presidente "Nino" Vieira, com pequenos intervalos. Ver aqui e aqui .
Soube-se depois que a residência do Presidente da Guiné-Bissau foi cercada e atacada por dezenas de soldados fortemente armados, alguns com lança-"rockets", que se confrontaram com a segurança de "Nino" Vieira. Fonte da Lusa referiu que "Nino" Vieira "está bem, mas em parte incerta".
Mais tarde soube-se que as forças de segurança ao serviço do Presidente da Guiné-Bissau conseguiram "suster o ataque" contra a residência de "Nino" Vieira e a situação estava "sob controlo", tendo havido um segurança morto.
Nenhuma autoridade guineense, civil ou militar, nem as estações de rádio forneceram qualquer informação sobre os acontecimentos.
Pouco depois de se ouvirem os primeiros tiros, os bares e discotecas de Bissau começaram a encerrar e as pessoas regressaram a casa. Alguns militares foram vistos nas ruas a "mandar as pessoas para casa".
A situação parece estar normalizada, mas o movimento se viaturas está controlado.
A DEMOCRACIA é um regime político que, na realidade, não deve confinar-se a eleições periódicas. Se os governantes não governam para o povo, no sentido de procurar melhorar as condições de vida, se os políticos ignoram as mais simples regras democráticas e usam de autoritarismo, arrogância, teimosia, na imposição de condições inaceitáveis, se apenas procuram conquistar o poder e aguentar-se nele por qualquer meio, se o seu principal objectivo é conseguir fortuna pessoal, em vez de verdadeira democracia, não será democracia mas, sim, uma DITADURA a termo certo, com tentações de golpes que a tornem permanente.
Há uma semana, realizaram-se eleições legislativas na Guiné-Bissau, que decorreram normalmente e foram ganhas com maioria absoluta pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Segundo os resultados provisórios, o PAIGC elegeu 67 deputados, o Partido Renovação Social (PRS), do ex-presidente Kumba Ialá, ficou em segundo lugar com 28 deputados e o Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID) em terceiro ao conseguir três deputados.
O Partido da Nova Democracia e a Aliança Democrática elegeram um deputado cada.
Sexta-feira, Kumba Ialá foi impedido de sair do país e a Procuradoria-Geral da República anunciou que "Nino" Vieira tinha apresentado uma queixa-crime contra o líder do PRS, que durante a campanha eleitoral acusou o chefe de Estado de estar ligado ao tráfico de droga.
Também a democracia das Honduras, a poucos dias das eleições primárias, foi abalada prelo assassinato do vice-presidente do Parlamento das Honduras, Mario Fernando Hernandez, e do candidato a deputado Marcos Collier que o acompanhava, levado a cabo por homens encapuzados em San Pedro Sula, no norte do país. Hernandez e Collier pertenciam à facção do actual presidente do Parlamento, Roberto Micheletti, no seio do Partido Liberal (PL, conservador), que devia organizar eleições primárias a 30 de Novembro.
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