A felicidade é algo de muito subjectivo, também expressa pelos termos alegria, júbilo ou contentamento e, por isso difícil de medir e comparar. Trata-se de um sentimento humano de bem-estar, euforia, empolgação, paz interna, sendo o seu oposto a tristeza. Os sentimentos, de uma forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivem.
Segundo o artigo do DN, «Só búlgaros e letões são mais infelizes que os portugueses». Dada a subjectividade do tema, esta conclusão não é um palpite, mas resulta de um inquérito sobre a qualidade de vida dos europeus A felicidade média da população da UE - calculada a partir das respostas de 35 mil cidadãos europeus em idade adulta, de 31 países europeus - ronda os 7,5 pontos, na escala de um a dez. Os portugueses nas respostas ao inquérito situaram-se na cauda da Europa dos 15 onde a media é de 6,9 pontos. Mais infelizes, depois dos portugueses, apenas os letões e os búlgaros. Os três países no topo da lista da felicidade da EU são Dinamarca, Suécia e Finlândia.
O inquérito agora divulgado por uma Agência da UE está integrado num estudo da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), ontem divulgado.
O estudo evidencia, como é do sentimento geral, que indivíduos com ordenados elevados, emprego seguro e um nível elevado de educação são os que se dizem mais felizes na vida. Pelo contrário, as pessoas que não podem pagar pelas necessidades básicas, não podem deixar de se considerar infelizes.
Para poder chegar a conclusões numéricas, o inquérito foi realizado em 31 países em toda a Europa entre Setembro de 2007 e Fevereiro de 2008 e abrangeu aspectos como qualidade de vida, atitude face ao futuro, condições de vida e de experiência de vida, grupos sociais e demográficos, idade, rendimentos, relações familiares e saúde (acesso, distância a hospitais e a médicos, seu custo, atrasos), e outros.
Daqui se conclui que o rectângulo lusitano constitui um óptimo desafio para os governantes e demais políticos mostrarem o que valem na consecução do objectivo de elevar a posição de Portugal entre os seus parceiros europeus. É certo que os sentimentos pertencem ao mais íntimo das pessoas, mas tais sentimentos, como mostra o referido estudo, dependem de muitos factores cuja melhoria está ao alcance de governantes e autarcas. Os portugueses devem observar mais os actos do que as palavras dos seus eleitos, a fim de concluírem do seu grau de desempenho das funções que lhes foram delegadas. As árvores avaliam-se pela quantidade e qualidade dos seus frutos, e é assim que os cidadãos devem olhar para os eleitos.
Reflexão do dia
Há 1 hora
6 comentários:
Caro João Soares
Pensar muito na felicidade faz as pessoas infelizes.
Bem, felicidade não tem mesmo definição... O que é felicidade para um não é para o outro...
Momentos felizes devem apenas ser sentidos e saboreados, como um bom sorvete!
Beijos de luz e o meu carinho...
Caro Vouga,
Uma afirmação sábia. A obsessão para ser feliz dá uma insatisfação permanente, porque nunca se lá chega. É um sentimento parecido com a recordação doentia do passado que impede viver saudavelmente o presente, que é o momento em que se pode ser feliz, ou não. A recordação de tristezas do passado entristecem-nos. Recordar momentos alegres, provocam uma comparação que diminui o prazer do presente.
O melhor é procurar viver da melhor maneira possível o presente e a felicidade acaba por marcar presença.
Mas este estudo parece querer mostrar os motivos de descontentamento ou de alegria na maioria das pessoas interrogadas, aquilo que pode ser causa da felicidade
Um abraço
João
Cara Mundo Azul,
As suas palavras são muito práticas. Trata-se realmente de um sentimento muito subjectivo, como comecei por dizer no início do post. No comentário anterior dei a minha visão do estudo referido no post e espero não andar muito longe da verdade.
Beijos
João
Caro amigo João,
faz todo o sentido que nós os portugueses sejamos dos mais infelizes da Europa.
Nós somos os que têm os salários mais baixos e o custo de vida mais elevado, os bens essênciais não são mais acessiveis pelo facto de serem imprescindiveis.
Um casal que viva com dois salários minimos e tenha dois filhos, tem que fazer muitas contas à vida e privar-se de muita coisa, como diz o ditado " CASA ONDE NÃO HÁ PÃO TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO ".
Embora a felicidade não tenha definição, como diz a nossa amiga Zélia do mundo azul, as pessoas não podem se sentir felizes quando têm uma vida cheia de preocupações por não conseguirem dar a seus filhos uma vida melhor e com mais conforto.
Beijinhos,
Ana Martins
Cara Ana Martins,
Sem dúvida, quem vive esmagado por um pesado fardo de problemas de dificuldades, sem ter uma maneira mais ou menos folgado de os resolver, não pode sentir-se feliz. Mesmo os que se habituaram a aceitar a vida difícil e cheia de carências, se têm um momento em que são capazes de esboçar um sorriso, não podem sentir-se felizes. Há um mínimo de condições para viver, sem o qual a vida é um inferno, uma fonte de preocupações.
Um amigo disse-me há dias que tinha uma consulta de estomatologia marcada há vários meses, chegou lá e o dente que lhe ia ser implantado não tinha sido feito à medida. Teve de marcar outra consulta que só será possível para Março... se não ocorrer outro óbice. Assim, não há condições para os portugueses se sentirem felizes.
Beijos
João
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