Um cargo político, a qualquer nível é um serviço publico em que a prioridade deve ser dada aos interesses nacionais. No aspecto pessoal deve ser uma tarefa de sacrifício, em que os interesses pessoais devem ser secundarizados. Quem me lê deve estar a discordar e a pensar que já estou passado dos neurónios. Porém eu escrevi «devem» e não me referi às poucas vergonhas da realidade que todos os dias nos chegam através dos órgãos da Comunicação Social.
Há exemplos muito interessantes como agora nos chega dos EUA em que o Presidente eleito, Barak Obama se reuniu com os ex-presidentes vivos, independentemente dos seus partidos de origem, para trocarem impressões e ele aprender com eles. É um elogio à sabedoria da experiência e é uma prova de humildade e de dedicação ao País.
Neste blogue já se advogaram práticas parecidas tendentes a fazerem convergir sensibilidades e saberes dos vários sectores das bancadas parlamentares, a fim de serem tomadas as mais sábias decisões, principalmente nos casos em que a decisão será concretizada durante mais anos do que o prazo de validade de um Governo, por forma a não haver paragens, recuos ou alterações da ideia inicial, o que acarretaria perdas de recursos, por norma, escassos.
No post «Reforma do regime é necessária e urgente» apresentam-se algumas sugestões no sentido de fazer convergir esforços de todos os partidos para melhor serem defendidos os interesses nacionais. Provavelmente, o combate à crise financeira global, com tal convergência de informação e de esforços, seria mais rápida e eficaz. Em momentos difíceis, não se devem dispensar contributos para se conseguir a melhor solução. Cá existe o Conselho de Estado para dar ao PR opiniões com carizes diversos, mas com a agravante de nem todos os conselheiros merecerem credibilidade como a imprensa tem trazido alume. Talvez fosse mais útil, em casos de problemas graves, realizar reuniões com as figuras mais gradas dos partidos e, calmamente sem termo definido, discutir os vários aspectos dos problemas, em que todos ficariam comprometidos com a solução encontrada, por terem participado na sua procura.
Obama, com gestos deste género, atrairá elogios de todos os cidadãos dos EUA e, também, do mundo, criará confiança nos agentes económicos e contribuirá para os melhores resultados.
Parece que este é mais um sinal de que está a concretizar-se o que se diz no post «Já estamos na nova Era», há tendência para evitar ditaduras, arrogâncias partidárias, e busca de soluções de consenso para maior benefício do País.
A Decisão do TEDH (389)
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