Extraído do blog Papa Açordas e acrescido de uma NOTA final , como é costume sempre que se trata de transcrições
CGD - A vaquinha do Centrão (PS/PSD)
Saída de administrador para a concorrência foi premiada
Armando Vara promovido na Caixa depois de ter saído para a administração do BCP
A decisão da CGD ocorreu mais de mês e meio depois da saída de Armando Vara do banco público Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP).
O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.
A promoção, do escalão 17 para o 18, foi decidida pelo conselho de administração a 27 de Fevereiro de 2008, já pela administração de Faria de Oliveira, que ascendeu ao cargo após a saída de Carlos Santos Ferreira e dos administradores Armando Vara e Vítor Manuel Lopes Fernandes para a administração do maior banco privado.
De acordo com informação oficial fornecida pela Caixa, "Armando Vara desvinculou-se da CGD no dia 15 de Janeiro de 2008". A acta da reunião da administração de 27 de Fevereiro, a que o PÚBLICO teve acesso, refere que, "na sequência da cessação de funções de administrador da CGD do Dr. Armando António Martins Vara, quadro da instituição com a categoria de director, o conselho deliberou a sua promoção ao nível 18 e os seguintes ajustamentos remuneratórios: remuneração de base - 18 E ; II IT de 47 por cento; RC E RER no valor de 2000 euros e 3000 euros, respectivamente". Esta alteração terá um efeito positivo na reforma em montantes que dependem do momento e da forma em que acontecer.
Nota do Papa Açordas: Ora aqui temos um caso que mostra a Nomenklatura do Centrão (PS e PSD), e como eles se entendem, na hora das promoções e pagamento de favores...É pena que tenham mandado fechar a Universidade Independente, senão este estabelecimento de ensino colocaria em destaque Armando Vara e José Sócrates, como seus distintos alunos...e profissionais exemplares...Não esquecer o professor Morais...
Publicada por Compadre Alentejano em 12:47
NOTA: A CGD não está virgem em casos destes. Foi bem falado o caso da saída de Mira Amaral, poucos meses depois de lá ter entrado. Ele declarou que tudo estava legal, pois o contrato de entrada punha essas condições.
Os actuais administradores não hesitam nestas decisões porque o dinheiro não é deles, e porque o favor que hoje fazem ao amigo, ser-lhes-á feito daqui a pouco tempo.
E assim se alimentam os «tachos dourados» e se obtém o «direito» às «reformas milionárias acumuladas».
Quando soará o sino a anunciar que esta pouca vergonha acabou?
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A troca de favores na área do Poder
Posted by A. João Soares at 17:35
Labels: Abuso, conluio, dinheiro público, troca de favores
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8 comentários:
tudo isto revela uma normalidade preocupante, demasiado normal.
Caro Daniel Santos,
Realmente esta realidade está a tornar-se demasiado frequente, para mal de Portugal. A falta de justiça social, a imoralidade dos políticos, o compadrio o tráfico de influências, a corrupção tomam aspectos muito diversificados. E este caso insere-se nesse conjunto de defeitos de nódoas no tecido da política nacional. Consideram que o País é deles e podem abusar deles como quiserem.
Oxalá aconteça algo que modifique estes comportamentos, em curto prazo.
Abraço
João
Amigo A. João Soares
Este e todos os outros casos análogos são uma escandalosa vergonha, além de serem autênticos atentados à dignidade humana, quando a maioria das pessoas têm que trabalhar no duro até às portas da morte para usufruírem duma percentagem dum mísero ordenado mínimo, o seu vencimento durante toda uma carreira de trabalhador, sem qualquer promoção.
De que moral falam os nossos governante quando a ela aludem? Na última entrevista o Sócrates, não o grego, falou nela copiosamente.
Um abraço
Carlos Rebola
Caro Carlos Rebola,
O Estado português está realmente nas mãos de pessoas sem vergonha. E isto não melhora enquanto o povo não reagir de forma musculada, porque os detentores dos «tachos dourados» não estão interessados em moralizar o sistema que lhes é favorável.
Repare que Víctor Constâncio declarou reconhecer que ganha demais mas, depois disso, não reduziu esse valor exagerado, superior ao do seu congénere americano. Há razões para não o fazer: ninguém o obriga, ninguém, por isso, lhe faz um atentado, os outros administradores seriam também lesados por essa redução pelo que não assinariam uma tal decisão. Portanto, a corte dos privilegiados continua intocável. E também não foram seleccionados por concurso público, mas por escolha dos amigos, por troca de favores.
O mesmo se passou com as condições em que ficou o chefe máximo da ERSE que se despediu por sua própria iniciativa, mas ficou a receber uma fortuna por mês durante vários anos, porque o regulamento por ele feito o permitia.
E você? pode decidir o seu salário, as suas regalias, a sua reforma ao fim de poucas horas ou dias de serviço?, como acontece no BdP???
Uns comem tudo e os outros, embora sejam maioria, ficam com as migalhas que caem no chão.
Um abraço
João
Estimadissimo João Soares,
olhar e ver aquilo que era excepção como regra instalada, abana a estrutura da seriedade de qualquer um!
Mas, no abanão, se tivermos os ditos sérios valores, não entramos em derrocada...apenas abrimos fissuras de indignação!
Cara Luísa,
Mas as fissuras podem fazer ruir o edifício.
É urgente pôr fim à imoralidade, quando se gere o dinheiro público que os contribuintes pagaram com sacrifício. Para não surgir uma solução violenta, seria prudente contratar uma comissão estrangeira isenta para analisar todos os regulamentos de instituições e empresas públicas e reformula-los por forma a ficarem todos sintonizados com um critério único e com condições de concurso de admissão, trabalho e de remuneração eticamente aceitáveis.
Não é pedir muito e o resultado seria compensador.
Beijos
João
Concordo!
As fissuras causadas por esta gestão, não entrarão em derrocada, pois não estão nelas os alicerces de corrupção! Mas apenas trarão ulceras e demais problemas gástricos, por congestões constantes contra a maldita atitude corrompida instalada!
Só não vê quem não quer ver...tudo é demasiado evidente!
Querida Luísa,
«Só não vê quem não quer ver» É isso. E é preciso que todos procurem ver o que se faz no nosso Portugal e que denunciem todos os erros que conhecerem a fim serem remediados e evitados outros. O futuro de Portugal está nas mãos de cada um, dentro das respectivas possibilidades de influência.
Beijos
João
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