A notícia «Catarina Martins diz haver "uma aliança de dois falhados", referindo-se a Passos e Durão» faz meditar sobre alguns aspectos dos noticiários recentes. Não admira que Passos dê a sua preferência a Durão. Nos bandos, grupos, lojas ou clubes, juntam-se os cúmplices e coniventes, em que as cumplicidades e as trocas de favores marcam presença. Diz-me com quem andas (ou com queres andar) e dir-te-ei as manhas que tens. Passos definiu as suas afeições na constituição do governo e seus retoques e na sua moção. Mas parece que Durão não está muito interessado no País que ele deixou de tanga e agora está completamente nu. Mas a falada «aliança de dois falhados» a que se refere Catarina Martins é bem significativa.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
EMPATIA OU CONIVÊNCIA ?
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A. João Soares
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A troca de favores na área do Poder
Extraído do blog Papa Açordas e acrescido de uma NOTA final , como é costume sempre que se trata de transcrições
CGD - A vaquinha do Centrão (PS/PSD)
Saída de administrador para a concorrência foi premiada
Armando Vara promovido na Caixa depois de ter saído para a administração do BCP
A decisão da CGD ocorreu mais de mês e meio depois da saída de Armando Vara do banco público Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP).
O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.
A promoção, do escalão 17 para o 18, foi decidida pelo conselho de administração a 27 de Fevereiro de 2008, já pela administração de Faria de Oliveira, que ascendeu ao cargo após a saída de Carlos Santos Ferreira e dos administradores Armando Vara e Vítor Manuel Lopes Fernandes para a administração do maior banco privado.
De acordo com informação oficial fornecida pela Caixa, "Armando Vara desvinculou-se da CGD no dia 15 de Janeiro de 2008". A acta da reunião da administração de 27 de Fevereiro, a que o PÚBLICO teve acesso, refere que, "na sequência da cessação de funções de administrador da CGD do Dr. Armando António Martins Vara, quadro da instituição com a categoria de director, o conselho deliberou a sua promoção ao nível 18 e os seguintes ajustamentos remuneratórios: remuneração de base - 18 E ; II IT de 47 por cento; RC E RER no valor de 2000 euros e 3000 euros, respectivamente". Esta alteração terá um efeito positivo na reforma em montantes que dependem do momento e da forma em que acontecer.
Nota do Papa Açordas: Ora aqui temos um caso que mostra a Nomenklatura do Centrão (PS e PSD), e como eles se entendem, na hora das promoções e pagamento de favores...É pena que tenham mandado fechar a Universidade Independente, senão este estabelecimento de ensino colocaria em destaque Armando Vara e José Sócrates, como seus distintos alunos...e profissionais exemplares...Não esquecer o professor Morais...
Publicada por Compadre Alentejano em 12:47
NOTA: A CGD não está virgem em casos destes. Foi bem falado o caso da saída de Mira Amaral, poucos meses depois de lá ter entrado. Ele declarou que tudo estava legal, pois o contrato de entrada punha essas condições.
Os actuais administradores não hesitam nestas decisões porque o dinheiro não é deles, e porque o favor que hoje fazem ao amigo, ser-lhes-á feito daqui a pouco tempo.
E assim se alimentam os «tachos dourados» e se obtém o «direito» às «reformas milionárias acumuladas».
Quando soará o sino a anunciar que esta pouca vergonha acabou?
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A. João Soares
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terça-feira, 18 de novembro de 2008
O PM e um ministro com berbequim!!!
A vergonha de não ter vergonha na cara
Por João Miguel Tavares, Jornalista - jmtavares@dn.pt
Há quatro anos, o administrador do Banco de Portugal Manuel Sebastião foi procurador do administrador do Banco Espírito Santo Manuel Pinho na compra de um prédio em Lisboa. Esse prédio era propriedade do Banco Espírito Santo, tendo Manuel Sebastião servido de intermediário numa compra entre o BES e um administrador do BES. Manda a boa prática que um administrador de um banco não se envolva em negócios pessoais com o próprio banco que administra. E manda a lei que o Banco de Portugal supervisione o funcionamento do Banco Espírito Santo.
Manuel Sebastião viria mais tarde a adquirir um apartamento nesse prédio, entretanto remodelado. Em Março deste ano, o ministro da Economia Manuel Pinho nomeou Manuel Sebastião presidente da Autoridade da Concorrência. A lei exige que a Autoridade da Concorrência seja um "regulador independente". A possibilidade de ela entrar em conflito com o Governo é elevada, sendo no mínimo discutível que um ministro nomeie um amigo pessoal - e seu inquilino - para desempenhar tal cargo. Certamente por achar que não havia nada para esclarecer neste caso, o Partido Socialista chumbou, na sexta-feira, a audição a Manuel Pinho e Manuel Sebastião no Parlamento, pedida pelo CDS-PP.
Estes são os factos. Confrontado com eles, o que é que o primeiro-ministro de Portugal decidiu comunicar ao País? Que não encontra no que foi publicado "nada que seja contra a lei". O que até é bem capaz de ser mentira, mas admitamos que possa ser verdade. Só que José Sócrates não ficou por aí. E acrescentou também não ter encontrado "nada que seja criticável do ponto de vista ético". Ora, isto são declarações absolutamente vergonhosas, e só mesmo por vivermos num país onde a mentira na política é aceite com uma espantosa tolerância é que um primeiro-ministro pode dizer uma barbaridade destas e sair de mansinho.
Se José Sócrates encontrasse um dos seus ministros a tentar arrombar um cofre com um berbequim diria aos jornais que ele estava só a apertar um parafuso. Afinal, também no caso da sua licenciatura o primeiro-ministro não viu nada de eticamente duvidoso nem de moralmente reprovável. Ora, o que me faz impressão não é que esta gente que manda em nós atraia a trafulhice como o pólen atrai as abelhas - isso faz parte da natureza humana e é potenciado por quem frequenta os corredores do poder. O que me faz impressão é o desplante com que se é apanhado com a boca na botija e se finge que se andava só à procura das hermesetas. É a escola Fátima Felgueiras, que mesmo condenada a três anos e meio de prisão dava pulinhos de alegria como se tivesse sido absolvida. Nesta triste terra, parece não haver limites para a falta de vergonha.
NOTA: A esta transcriçã0, julgo oportuno esclarecer o Sr jornalista João Miguel Tavares que Manuel Sebastião é considerado pelo ministro como a pessoa em Portugal melhor preparada para o desempenho de tão difícil cargo, porque estudou na mesma universidade em que se formou Barack Obama.
Está a perceber? Ou quer meter explicador?
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A. João Soares
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segunda-feira, 9 de junho de 2008
Preço dos combustíveis. Conluio
Por merecer divulgação, transcrevo este artigo de A Voz do Povo
Preços dos combustíveis - Conluio Governo/GALPMeus caros, resolvi divulgar o texto que se segue da autoria de Eugénio Rosa ( Economista ). Por achar do interesse público, dar a conhecer o porquê da cumplicidade entre o Governo Português, e a GALP e sobretudo a ineficácia operativa da Autoridade da Concorrência que, por estar comprometida com o Governo, apenas serve como sorvedouro de dinheiros publicos e para ocupar os desempregados e amigos das elites políticas deste país!
"A Autoridade da concorrência (AdC) acabou de apresentar o seu relatório sobre a formação dos preços dos combustíveis em Portugal. O cálculo dos preço dos combustível à saída da refinaria por parte das petrolíferas (o chamado "pricing") não se faz adicionando os custos suportados pela produção do combustível, que inclui o preço da matéria-prima, que é o petróleo, e todos os custos de refinação, somando depois uma margem de lucro.
As petrolíferas para estabelecerem os preços à saída da refinaria, recolhem os preços dos combustíveis no mercado de Roterdão, e depois os preços de venda dos combustíveis de cada dia aos distribuidores, à saída da refinaria, são os preços correspondentes aos do mesmo dia da semana anterior verificado naquele mercado do norte da Europa, a que deduzem apenas o chamado desconto de quantidade, que até beneficia mais a própria GALP, pois é ela que detém a maior quota a nível de distribuição (a GALP distribuição).
O que a Autoridade de Concorrência devia ter feito, mas não fez, era analisar se a adopção deste tipo de formação de preços se justificava, e se não estaria a determinar lucros especulativos para as petrolíferas à custa dos portugueses?
O que a Autoridade da Concorrência devia ter feito, mas não fez, era analisar porque razão o petróleo utilizado apesar de ter sido o adquirido 2,5 meses antes, portanto a preços mais baixos, no entanto na formação dos preços à saída da refinaria ele é considerado como tivesse sido adquirido na semana anterior?
O que a Autoridade da Concorrência devia ter feito, mas não fez, era analisar porque razão os lucros da GALP só determinados pelo chamado "efeito stock", ou seja, pela razão referida no ponto anterior, tenham aumentado, entre o 1º Trimestre de 2007 e o 1º Trimestre de 2008, em 228,6%, pois passarem de 21 milhões de euros para 69 milhões de euros?
O que a Autoridade da Concorrência devia ter feito, mas não fez, era analisar porque razão a GALP passou a estabelecer os preços dos combustíveis com base nos preços de Roterdão da semana anterior, quando antes estabelecia com base nos preços de Roterdão do mês anterior, tendo passado depois para quinzenalmente, e agora semanalmente, e é de prever que, com a cobertura deste relatório, se prepare para ser diariamente o que, a concretizar-se, inflacionaria ainda mais os seus lucros com base na especulação à custa dos portugueses?
Na produção dos combustíveis nas suas refinarias, a GALP utiliza petróleo adquirido, em média, 2,5 meses antes, portanto a preços mais baixos, o que permite que obtenha elevados lucros extraordinários.
Em Portugal, entre Dezembro de 2007 e Maio de 2008, de acordo com a Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, o preço da gasolina 95 aumentou 9,6%; do gasóleo 19,9%, do gasóleo colorido 29,6% ; e do gasóleo de aquecimento 30,3%. Como o petróleo utilizado na produção dos combustíveis vendidos em Maio de 2008 foi o adquirido em Março de 2008, isto significa que o preço do petróleo utilizado aumentou apenas 6,9% em euros, pois foi esta a subida verificada entre Dezembro de 2007 e Março de 2008. É esta disparidade que permite às petrolíferas embolsarem elevados lucros à custa dos portugueses, que a Autoridade da Concorrência devia ter analisado, mas não o fez.
Em Maio de 2008, os preços dos combustíveis em Portugal eram superiores aos preços médios da UE15, que é constituída pelos países mais desenvolvidos da União Europeia, em cerca de 2% (Gasolina95: +2,4%; gasóleo: +2%; Todos os combustíveis: +2,2%). Por outras palavras, Portugal é o país menos desenvolvido deste grupo de 15 países, com remunerações e rendimentos mais baixos, no entanto os preços a que são vendidos os combustíveis em Portugal são superiores aos preços médios da UE15.
É estranho que a Autoridade da Concorrência não tenha encontrado nada de anormal neste disparidade de preços sem impostos, e afirme que "entende não existirem também indícios de uma prática de preços excessivos" (pág. 78 do Relatório da AdC).
Tudo isto é estranho, muito estranho mesmo, e carece de uma explicação muito clara. O governo ao aprovar este Relatório da AdC está também a ser conivente com toda esta situação."
Ver artigo integral em: resistir.info
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A. João Soares
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Poderosos aliados na exploração do País
Transcrição de artigo do Diário de Notícias
No Carnaval é que ninguém leva a mal
Por Ferreira Fernandes, jornalista do DN
Sabíamos que a prática corrente era essa - o PS e o PSD distribuindo-se os cargos sumarentos - mas tínhamos o mínimo consolo disso não ser confessado.
Encornados, está bem, mas ao menos que não se ande a apregoar por aí... Foi desse limbo que Luís Filipe Menezes nos expulsou, ontem, quando veio exigir publicamente a CGD, já que, palavras dele, o PS abocanhava o BCP. O busílis está no "publicamente". Que Menezes telefonasse a Sócrates, perdão, que se reunisse com ele (hoje em dia, telefonar e falar publicamente é o mesmo), que se reunisse com ele e, a sós, exigisse: "Então, pá, segundo o acordo habitual, agora toca-nos a Caixa!"
Mas não. Menezes disse em comício e com microfones ligados: "Está na hora de o Governo nomear para presidente da CGD uma personalidade próxima da área do maior partido da oposição." É intolerável! Não a repartição do bolo entre os dois partidos, isso é só imoral. O intolerável é fazer-nos - às vítimas - de testemunhas.
NOTA: Se havia dúvidas, agora estamos esclarecidos. Os Partidos mais açambarcadores de votos consideram o País como uma quinta deles que exploram em conluio, com a mais descarada conivência. O País é a relva do estádio que os jogadores - os políticos - pisam a seu bel-prazer, sem a mínima consciência ou escrúpulo. Que diferença há entre isto e as associações de malfeitores? Há uma grande diferença: O povo vota neles, e eles fabricam as leis que lhes convém, para que tudo o que fazem seja legal!!!
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A. João Soares
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sábado, 20 de outubro de 2007
Corrupção. Porém, ela existe!
A corrupção, activa e passiva, o trafico de influências, as cunhas sempre existiram, mas hoje abusa-se. São actos difíceis de provar porque ambas as partes são interessadas, tanto a que beneficia do acto ilícito que vai realizar com a ajuda do tipo bem posicionado e com poder para lhe facilitar o caminho, como a parte passiva que, em troca do favor que faz, recebe uma «atenção» que não será negligenciável, dependente do negócio e do poder de compra do corrupto activo. Isto leva a concluir que os corruptos passivos se encontram nos altos degraus do poder, os que têm capacidade de influenciar as decisões.
Apesar de propostas, mais ou menos espectaculares, para fazer face a estas distorções da vida económica do País, de que resulta o enriquecimento ilegítimo, a epidemia continua e, hoje, o Jornal de Notícias traz dois artigos que mostram que este mal travessa horizontalmente os partidos, é apartidário, um refere-se à Madeira e seus governantes a vários níveis, e o outro aponta para a concelhia do PS de Coimbra.
Enfim dois beliscões num gigante que nem sequer reage. É lógico que não queiram acabar com esta pouca vergonha. Quem tem poder para o fazer pertence ao grande grupo dos beneficiados. Portanto... O conluio, o arranjo, o conchavo, a mancomunação, o compadrio, para não recorrer a terminologia de origem italiana, explicam que tardem as medidas eficazes para combater esta peste que destrói a sociedade e lesa as finanças públicas pelas fugas que proporciona.