É lamentável que o álbum de fotografias da nossa Justiça, que gostaríamos ver prestigiada e respeitada, esteja recheado de imagens pouco lisonjeiras.
Hoje apareceram nos jornais várias notícias que traduzem uma ausência de eficiência que se repercute na falta de segurança que ameaça todos os cidadãos normais, isto é, aqueles que não pertencem ao grupo que, à custa do povo, vivem e deslocam-se numa redoma de seguranças armados.
Eis algumas notícias:
- Líder do tráfico cumpria pena ao fim de semana
- Preso após sair da prisão
- Gang dá pontapé na cabeça a idosa
- Vida de luxo em Braga
- Mesquita Machado
- Negócios investigados
Não quero, com estas reflexões, criticar os juízes porque a Justiça não depende apenas deles mas, principalmente, do enquadramento legal em que têm de inserir a sua actividade e as suas decisões finais. E das leis todos se queixam, desde juízes a advogados e, principalmente, aqueles que delas são vítimas, por elas serem demasiado restritivas, ou demasiado vagas e permissivas.
Quanto aos juízes, termos de os olhar com a mesma compreensão com que fitamos médicos, farmacêuticos, enfermeiros, professores, militares, polícias, etc., todos eles alvos da ira primária com que ministros encetaram a sua governação. As reformas estruturais de que o País necessitava pecaram por serem mal definidas e sem planeamento eficaz, não procuraram motivar e congregar os principais servidores do Estado. Não apelaram ao seu profundo saber e experiência, ao espírito de equipa, de bem servir, de dedicação ao País para, em conjunto, serem feitas as melhores reformas com vista a beneficiar a qualidade de vida dos portugueses. Em vez de governarem COM e PARA, acharam melhor, na sua «douta inteligência», governar CONTRA.
Daí que se interpretem as notícias atrás referidas, não como acusações a incapacidade dos juízes, mas a incompetência dos governantes e legisladores.
Não foi nos juízes que votámos e, por isso, não nos compete criticá-los e pedir-lhes contas. Votámos para a AR e para o PR. Este, com base na constituição daquela, nomeou o PM que constituiu o Governo. Todos, ao assumirem funções juraram pela sua honra desempenhar com lealdade as funções que lhes foram confiadas. Mas, decorridos anos, fica-nos a dúvida se eles realmente sabem quais são as suas funções e a que se destina o Governo. Há quem diga que eles não têm dúvidas pois vão-se governando tão bem quanto lhes é permitido pelos impostos e pelo apoio do Poder económico.
O certo é que o principal objectivo de melhorar as condições de vida da população é desprezado. Seria desejável que os detentores do Poder se consciencializassem do significado desse objectivo e, em geral, dos interesses nacionais (da Nação, detentora da soberania) e passassem a dedicar mais atenção à sua consecução.
Governar COM o Povo e PARA o Povo e não, sistematicamente, CONTRA o Povo, personalizado nos mais destacados servidores do Estado (atrás referidos), nas funções mais definidoras da defesa da soberania e da grandiosidade do País.
Rapidinhas de História #11
Há 46 minutos
5 comentários:
Essas noticias todas são só um pequeno exemplo, a que este país chegou ! A injustiça da justiça!
Abraço
O mal é do sistema judicial que temos.
Uma máquina perra e cheia de fugas.
Hoje vi a noticia de um caso, aqui em Portugal, que demorou uns trinta anos a ser resolvido.
Incrível!
Caros Tijoão e Daniel,
Funciona lentamente e com decisões chocantes. Com a preocupação de ter pouca gente condenada e na prisão, são deixados em liberdade criminosos reincidentes que continuam sem condenação a praticar os crimes do costume cada vez com mais requintes, porque a experiência aperfeiçoa os procedimentos!
Segundo os juízes a lei não lhes permite ser mais rápidos nem mais eficazes na repressão da criminalidade.
Abraços
João Soares
É caso para dizer de profundis valsa lenta...Ai!Ai!Esta nossa justiça toma café com os promotores de rebeliões.Quid iuris?
Cara Luísa,
Os homens da Justiça não são santos e, por isso, reflectem os defeitos gerais da Nação. Os políticos que deviam dar bons exemplos, preocupam.
-se demasiado com a visibilidade nas TVs e colocam os seus grande defeitos à vista, despudoradamente.
Se, ao menos fizessem como o ministro da economia do Japão que se demitiu por ter feito má figura em público...
Mas por cá, houve o caso do JAMAIS, houve um ministro que em visita oficial a Espanha disse ser iberista!!! Outro em visita oficial na China «elogiou» Portugal por ter uma mão-de-obra barata o que mostrou como um trunfo na economia!!!
Nódoas seguidas, além dos escândalos de «favores» e enriquecimento ilegítimo e encobrimento de formas diversas.
Seria bom que a Justiça pudesse funcionar de forma mais rápida e eficaz... mas o ministro não deixa!!!
Um abraço
João Soares
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