segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não se exigem responsabilidades pela má gestão

Segundo a notícia do JN «Câmaras recebem 415 milhões para pagar dívidas», sessenta e nove autarquias viram aceitas as candidaturas ao Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado, num montante global de 415 milhões de euros, segundo a Direcção-Geral do Tesouro. Alem destas Câmaras há mais 10, também com dívidas, viram recusadas as suas candidaturas. O montante global solicitado pelas 79 câmaras atingia 485 milhões, mas a importância concedida foi um pouco a baixo.

Para ter uma ideia das importâncias pretendidas pelas Câmaras citam-se três casos: Guarda requereu 18,6 milhões de euros; Torres Novas tinha solicitado 16,5 milhões e Évora pediu 16,3 milhões. Ninguém pede responsabilidades pela má gestão. A Justiça parece deparar com grandes dificuldades para lidar com prevaricadores bem instalados nas Autarquias e no aparelho do Estado.e do Poder económico.

2 comentários:

Paulo disse...

Esta visto que o poder regional não é menos corrupto do que o poder central.
A motivação para o furto/roubo afinal...vem de cima.
Também é verdade que as cadeias estão cheias de quem praticou pequenos delitos e, no quotidiano da liberdade, cruzamo-nos diariamente com grandes criminosos....
Será que isto vai continuar..?
Abraço

A. João Soares disse...

Caro Paulo Sempre,
A corrupção está generalizada. O próprio povo admira os «habilidosos» que conseguem fazer fortuna com rapidez, vive-se para o TER, o faz-de-conta.
Parece não não haver uma investigação séria e isenta do Poder político e do Poder económico. Não se pede responsabilidade aos gestores públicos. Os nossos dinheiros acabam por ser desbaratados para suprir erros e decisões catastróficas. E, por isso, o País não evolui no bom sentido.
Em vez de liberdade responsável que respeite a liberdade dos outros, há libertinagem, apoiada por uma legislação permissiva que tem levado à ruína social e moral.
Deixou de haver respeito por valores éticos que devem ser indestrutíveis. À frente dessa onde demolidora de valores estão os políticos, a todos os níveis, a darem maus exemplos de forma sustentada.
Os escândalos sucedem-se impunemente.
O que nos espera não é um futuro risonho. A actual juventude tem às costas o dever de tarefas inadiáveis de fazer drenar o pântano e mandar para a fossa todas as fezes que têm andado a boiar e a dar um fedor pestilento. A limpeza deve ser total com uma desinfestação rigorosa.
Os jovens, perante a herança que recebem, têm que reconstruir o País, a sociedade, onde irão viver.
Não se pode esperar que os actuais actores do regime façam a reforma disto. Estão enterrados até ao queixo, na imoralidade da busca de interesses pessoais, em conivência com os poderosos da finança e da economia, mesmo da paralela ou ilegal. Os crimes de colarinho branco têm de ser condenados já.
Abraços
João Soares