Segundo notícia do Público, Cavaco Silva veta lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social, por considerar não haver urgência em legislar sobre esta matéria em virtude de a Comissão Europeia se encontrar a promover a definição de critérios fiáveis e de indicadores objectivos sobre o pluralismo dos meios de comunicação social, pelo que não há motivo que justifique urgência na publicação de um diploma desta natureza e alcance".
Curiosamente, a lei tinha sido aprovada só com os votos do PS e com os votos contra de toda a oposição, o que torna compreensível as reacções ao veto, nomeadamente o CDS-PP, o PCP e o Sindicato dos Jornalistas. Ficou em cheque a arrogância do Governo ao abusar da maioria absoluta na AR publicando, um diploma contra todos os outros partidos.
A lógica logo aí mostrou que algo haveria de errado em tal diploma. A recusa de trabalho de equipa, com colaboração e convergência de esforços para bem de Portugal, prova que muitos políticos pensam mais em alimentar as rivalidades interpartidárias, na conquista de vantagens para os partidos e para os seus militantes do que para os reais interesses nacionais, isto é, da Nação, no sentido de conjunto dos portugueses.
Razão têm alguns jornais espanhóis que defendem a elaboração pelos partidos de um CÓDIGO DE BOM GOVERNO, para tornar os actos da Governança mais eficientes e convergentes para os objectivos do Pais e para combater corrupção, arrogância, abusos do poder e outros vícios que destroem recursos nacionais e retardam o desenvolvimento e a justiça social. Mas, se no nosso País surgir uma campanha semelhante, é logo apelidada de «campanha negra».
Não à falsificação histórica
Há 3 horas
8 comentários:
Se não consegue controlar os média, o actual regime avança na concentração de forma a serem menos para dominar.
Belíssimo veto do PR.
O trágico nesta nossa democracia é que nada pode ser levado a cabo se não houver um governo de maioria absoluta.
E quando há maioria absoluta,surge logo a tentação do "quero, posso e mando", a arrogância insuportável de quem se acha no direito de mudar leis a seu favor (ou da sua clique partidária), a ambição de colocar a Justiça ao seu serviço em vez de ser ao serviço do país.
Veremos como se comportarão os eleitores, sendo certo que também não se vislumbra qualquer sinal de vitalidade credível nos partidos da oposição.
Abraço
Caro Daniel Santos,
Dentro de cada governante actual, e os anteriores não eram muito diferentes, há um ditador, que pretende controlar tudo, domesticar tudo para o se papel de palhaço ser bem apoiado pelos cães amestrados. Se a comunicação social descobre um pecado, é logo a ira com gestos e gritos a apontar o dedo à campanha negra e prometer malhar.
Eles não querem acreditar que a sua função é governar o País e não governarem-se à custa dos portugueses. No que a televisão mostrou do congresso do PS foi notório o seu exclusivo interesse no partido e nos votos que pretendem ganhar. Mas não explicaram o que pretendem fazer a favor dos portugueses com o poder que querem receber nas eleições, não falaram do combate à corrupção, ao compadrio, aiõ enchimento dos gabinetes com assessores que nada sabem e nada fazem de útil, como hoje se viu no concurso que tiveram de anular . Mais um recuo dos ministros, por causa da incapacidade e desatenção dos seus assessores que não merecem o que ganham do dinheiro público.
A política do País está uma vergonha, um desconchavo sem remédio.
Abraço
João Soares
Cara Ana,
Um político honesto seria um indivíduo dedicado ao País, a fazer tudo para melhorar as condições de vida da população, esquecendo-se muitas vezes das suas necessidades vitais, como o D. Nuno Álvares Pereira que depois da sua última batalha em defesa militar do País, se despojou de todos os seus haveres.
Mas, na realidade, os nossos políticos são demasiado egoístas pensando antes de mais nos seus interesses pessoais, no seu enriquecimento rápido, depois pensam um pouco no partido e nas tricas para que os rivais não brilhem mais do que o seu.
A comunicação social é um alvo a abater porque a informação, por contribuir para esclarecer o povo, impede que este fique apático, adormecido, em coma induzido e deixe as mãos livres aos tiranos, quer autarca s quer dependentes do Governo.
E sempre que a imprensa relata um vício de abuso do poder, é logo acusada de «campanha negra« insinuações, calúnias. E a Justiça funciona mal e evita condenar os poderosos.
As próximas eleições , mesmo que troquem os actores, a peça continuará a ser a mesma com os mesmos dramas, os mesmos vícios.
A solução está em criar um Código de Bom Governo, um Pacto de Regime, ou a mesmo coisa com outro nome. Em Espanha, os principais jornais estão a alimentar essa solução. Tal sugestão já foi aqui apontada no post Reforma do regime é necessária e urgente.
Um abraço
João Soares
Afinal, ele veta leis!Ena, ele lê e pensa! Por momentos achei que ele apenas sorria e acenava a cabecita...OK, professor Cavaco Silva, estou espectante para cenas dos próximos episódios...
Cara Luísa,
Gosto de a ver assim com um sorriso de bom humor. Parece quye realmente usa o seu cérebro nos intervalos dos tabus e dos receios de errar! Por outro lado, o fim do mandato está a aproximar-se e tem de mostrar ao povo que o voto útil é o que terá a cruz no seu nome!
Para isso tem de saber aliar da melhor forma a ousadia e a prudência.
Um abraço
João Soares
Um abraço, estimado João!
Cuidado com este cerebro aqui...pode ser que comece a cirandar versos de opinião, vocábulos de rejeição ao absolutismo e ironias sobre a democracia que não temos...Mas não poderei ser Luísa.
Cara Amiga Luísa,
Aprecio imenso os seus comentários. Estimulam.me a reflectir nas coisas de forma mais variada.
Continue as visitas e não se iniba de discordar daquilo que por aqui encontra!
Um abraço
João Soares
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