Transcrição da notícia do PÚBLICO de hoje
Funcionárias da Loja do Cidadão de Faro proibidas de usar saias curtas e decotes, segundo instruções
Instruções dada em acção de formação antes da abertura da loja
As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária.
Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa.
“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal.
Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.
Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura.
NOTA: Nem no Estado Novo! Pensava que estamos em democracia mas estava enganado. Qual a verdadeira razão? Será para não concorrerem com os decotes de algumas governantes? Mas os utentes deixam de ter como prémio da sua espera a vista de alguns decotes estimulantes. A D. Pulquéria deve estar em competição com a D. Margarida da DREN, na defesa das boas maneiras. «Liberdade, liberdade quem a tem chama-lhe sua; eu não tenho liberdade nem de pôr o pé na rua». Onde chegaremos, com estes sinais de progresso? Oh D. Pulquéria!!! Pouco falta para o aspecto uniforme, militar, dos funcionários, num regime que tanto rancor tem aos militares. O que nos falta para sermos uma ditadura no seu pior estilo?
DELITO há dez anos
Há 5 horas
4 comentários:
Não me parece mal...Moralizar é preciso!Fomos de um extremo a outro, enquanto "o assédio esfregava o olho", (passo a expressão).
Fui um dia visitar uma obra com uma colega, cujo colete não protegia nada do que estava por baixo dele.Posso contar o que de repente aconteceu no estaleiro da obra: os pintores fizeram "frecos" nas paredes, dos 3 trolhas, um caiu do andaime, o encarregado, esqueceu-se das orientações de segurança...
No fim, vieram pedir se "da proxima visita, poderiamos ir mais compostinhas", para não distraiar os trabalhadores...
Enfim, é apenas uma experiência vivida!Mai vale pouparmo-nos de fergonhas e vestir qualquer coisinha...Não custa nada!
O perfume? Provoca dores de cabeça se for forte!
Beijinho terno!
Cara Luísa,
Sem dúvida que deve haver compostura, pois ela traduz respeito pelos outros desde os mais sensíveis e recatados. Um serviço público não pode ser uma fonte de fotos para a Playboy. Por exemplo não achei bem que, há tempos, a TV mostrasse a ministra da Educação numa entrevista sentada num maple de perna traçada mostrando as coxas e com um decote ousado que evidenciava os efeitos da idade.
O decoro é indispensável.
Mas, para ser autêntico, deve vir de dentro, do comportamento de cada um, o que exige actuação na formação cívica, na educação.
E é actuando na educação que se reduzem os acidentes nas estradas, a criminalidade violenta e a de menor grau, bem como a CORRUPÇÃO e o enriquecimento ilícito hoje tão falado.
Falta Educação ao povo. O Governo e as Instituições públicas querem suprir essa falta com medidas ditatoriais que acabam por ser ridículas.
Repare que, se proíbem roupa interior preta, é porque admitem que as funcionárias a mostrem. E então se a usarem de cores berrantes?
Fardar os funcionários e depois encher as fardas com ornamentos e distintivos não me parece próprio de quem defenda as liberdades e as pessoas, com as suas individualidades.
Um abraço
João Soares
Estimadissimo AJoãoSoares,
Corroboro tudo o que disse!A educação está na base de todas as nossas atitudes, sem dúvida!
Votos de uma SANTA PÁSCOA!
Manuel António Pina no JN de ontem escreveu o seguinte:
A notícia agitou no fim-de-semana a habitualmente pacata (hoje é um daqueles dias em que, como no soneto de Bocage, me acho mais pachorrento) comunicação social portuguesa.
O Estado, através da Agência de Modernização Administrativa, decidiu modernizar administrativamente as meninas da Loja do Cidadão de Faro e proibiu-as de usar saias curtas, decotes, saltos altos, perfumes "agressivos" (acho bem, perfumes armados e perigosos deviam estar sob a alçada da lei das armas; e sei do que falo que já tenho sido espoliado até por águas de colónia) e roupa interior escura.
Descontando as cuecas e os "soutiens", reservas ecológicas onde o Estado talvez devesse, mas que sei eu?, abster-se de edificar, o resto, juntamente com os processos a jornalistas, é já, tudo o indica, o primeiro passo da política de decência da sociedade portuguesa anunciada no Congresso do PS.
Tinha que se começar por algum lado e começou-se pelas saias e decotes, que era o que estava mais à mão (salvo seja).
A corrupção, o tráfico de influências e o enriquecimento ilícito que ponham as barbas de molho; um dia chegará a sua vez.
NÃO, ELE NÃO VEIO AQUI DEIXAR O COMENTÁRIO !!! Foi um amigo que mo enviou por e-mail! Obrigado Tito.
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