Transcrição de texto recebido por e-mail de amigo:
Zurzir, zurzir, zurzir
Vossa Excelência não pode deixar o seu generoso coração falar mais alto. Chegou a hora de zurzir com força nessa escumalha.
Vossa Excelência, senhor presidente do Conselho, tem toda a razão. Não tenha meias-medidas, nem deixe que o seu generoso coração amoleça por um instante.
É preciso zurzir em todos esses infiéis que andam por aí desalmadamente a pôr em causa as suas virtudes e as suas obras, realizadas em nome da Pátria e dos valores nacionais e socialistas.
O desaforo não tem limites. Primeiro puseram em causa os projectos que Vossa Excelência executou com sabedoria e enorme generosidade para uma gentinha que nunca na vida sonhou viver debaixo de um tecto concebido por tão excelsa figura.
Com que orgulho tais almas falam a vizinhos, amigos, filhos e netos dessas magníficas obras de arte concebidas por Vossa Excelência nas profundezas da Pátria e guardam com zelo os riscos e rabiscos desenhados por alguém que, contra ventos e marés, em boa hora chegou a presidente do Conselho.
Não contentes com o desaforo, vieram lançar suspeitas sobre as obras que Vossa Excelência concebeu por esta terra de Santa Maria para acabar com a vergonha das lixeiras a céu aberto.
Gente safada, sem vergonha, cheia de inveja, digna de um sítio manhoso, pobre, hipócrita e cada vez mais mal frequentado que foi capaz de atirar lama para a licenciatura em Engenharia Civil de Vossa Excelência.
Pobre gente, pobres almas que nem perceberam o alto significado do diploma ter sido assinado a um Domingo, glorioso dia do Senhor. Sim, poucos por este mundo de Cristo se podem gabar de tal façanha.
É um prenúncio, é Deus a mostrar-nos que temos ao leme da Pátria o Homem que nos vai levar a dobrar de novo o Cabo das Tormentas.
Pobre gente, pobres almas que, desesperadas com a sua força e perseverança, vêm agora lançar suspeitas sobre um grande empreendimento que Vossa Excelência aprovou rapidamente e em força em nome de Portugal e da Santa Aliança com a bendita Inglaterra que tantas e tantas vezes nos salvou dos nossos inimigos.
Não há perdão, não há redenção, não há fogo do Inferno que chegue para castigar essa gentinha que anda por aí a enlamear Vossa Excelência e a sua bem aventurada família, não poupando nada nem ninguém, nem a sua excelsa mãezinha, nesta corrida cega para o abismo.
É por isso que Vossa Excelência não pode deixar o seu generoso coração falar mais alto. Chegou a hora de zurzir com força nessa escumalha que usa a pena e a língua venenosa para o enxovalhar, nosso querido e amado grande líder.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
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