Que bom seria se os políticos cultivassem o silêncio e, antes de falarem pensassem muito bem se as palavras que se propõem dizer serão melhores do que o silêncio.
Em Portugueses ‘agradecem’ promessas, entre outras, era referida a da DREN - já muito conhecida pela perseguição ao professor Fernando Charrua, pela simples «brincadeira de mau gosto» e pelo desfile obrigatório dos professores no Carnaval (e eles obedeceram!!!)- , dizendo que «os «Magalhães» em falta serão distribuídos «antes da Páscoa». Esta também é mais uma promessa que nada traz de novo. Os prazos têm vindo a ser ultrapassados, apesar da aparente pressa que tem provocado erros graves no software em que a qualidade do ensino do Português tem sido ultrajada.
Mas, segundo a promessa agora feita pela ministra, a DREN faltou à verdade. As palavras da ministra são um puxão de orelhas à D. Margarida da DREN, porque mostram à Nação que ela não prometeu o que disse.
Mas a ministra falou de forma muito inteligente. Ora vejamos. Começou por ser igual a todos os políticos (ressalvo eventuais excepções) ao rejeitar a existência de quaisquer atrasos na distribuição dos computadores «Magalhães aos alunos do 1º ciclo do ensino básico. Mas, a seguir, com um brilhantismo inexcedível, uma inteligência radiante, adiantou que os últimos 150 mil serão entregues depois da Páscoa. Suprema inteligência a sua, ao prometer a entrega depois da Páscoa!!!
Antes da Páscoa, seria um milagre que só a D. Margarida se atreveu a prometer. E foi extremamente sensata ao fixar o momento a partir do qual será feita a distribuição, mas sem se referir ao termo da entrega, que assim, mesmo que seja daqui a anos ou a séculos, não estará atrasada em relação ao agora prometido.
Que bom seria se, para o pagamento dos impostos, as Finanças nos dissessem, «você tem de pagar estes milhares de euros a partir da Páscoa». Com tal imposição não haveria fuga aos impostos nem pagamentos atrasados!!!
Sexta-feira na Rua do Benformoso em Lisboa
Há 2 horas
2 comentários:
João
Infelizmente esta ministra, que poderia ter sido uma boa ministra, segue a sebenta do mestre dela, a sebenta do chico-espertismo.
Abraço
Amaral,
«Não há crise tão grave que um mau governo não possa agravar ainda mais!» E esta ministra tem agravado mais o estado em que a educação já estava. E teve a «sorte» de se rodear de pessoas que a apoiam com eficiência nessa sua tarefa.
Um abraço
João Soares
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