domingo, 24 de maio de 2009

Alegadamente... Países decentes

Para comparar com o que se passa cá na aldeia lusitana. São países atrasados que ainda se preocupam com honra, responsabilidade, imagem, dignidade, vergonha e acreditam no ditado «à mulher de César não basta ser séria, sendo preciso também parecê-lo»!!! Tema em sintonia com o post Sentido da Honra e da Responsabilidade.

Acredite se quiser

JN. 2009-05-21. Por Manuel António Pina

Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.

Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...

2 comentários:

Duarte N C Neves disse...

Boa noite:

Assim vai o mundo...e a Europa aqui mesmo ao pé de nós. E ainda lembrar, nos esquemas montados e maquiavélicos, que nos quiseram fazer pensar existir entre o Governo Britânico e o Casal mais badalado do mundo...
Em Inglaterra, não se brinca à politica, e pelos vistos, na Bélgica, com todas aquelas vergonhas da Pedófilia a manchar governantes, eles não querem repetir e passar novamente por escândalos.
Em Portugal, brica-se com a virgula, com o sentido das palavras, é preciso haverem acordãos, para se revolverem os casos. Enfim é uma tristeza!
Em Portugal, só é alguém condenado, após transito em julgado, e como a justiça é lenta, tudo se vai fazendo...fica-se sempre pela presunção da inocência, e se entretanto morrerem, o Estado e nós que nos acautelemos, porque os pedidos de indemnização são altíssimos e quase sempre fazemos multimilionários, quem já é milionário...

A. João Soares disse...

Caro Duarte Neves,
Os nossos inteligentes políticos pensam neles e como têm a faca e o queijo na mão, não dão um ponto sem nó e criam todas as condições para gozarem da máxima impunidade e imunidade. As leis por eles preparadas, têm sempre a vírgula a mais ou a menos por forma a beneficiar o advogado que formula os argumentos de defesa a seu jeito a coberto da mais estranha interpretação da frase.
Já o PR chamou a atenção para a necessidade de preparar melhor as leis.
Tem que se respeitar escalas de princípios e valores éticos, deontológicos, tendo, no caso deles, em vista os interesses nacionais em que se inclui um melhor bem-estar da população. Haja ordem, disciplina, responsabilidade e respeito pelos outros.
Aquilo que consta deste post e do outro são lições que estão ignoradas dos nossos políticos. Pelos vistos não têm grande capacidade e predisposição para aprender, mas deviam fazer um esforço nesse sentido. Deviam ter cuidado e fazer os «trabalhos de casa»!!!
Um abraço
João