Meditando à volta do tema deste artigo do Correio da Manhã, da autoria de João Pereira Coutinho, chegamos à conclusão que entre todos os candidatos, pelo que cita e pela análise quotidiana das acções dos nossos políticos, «venha o diabo e escolha», o que significa que temos que lhes dizer que nenhum satisfaz os interesses de Portugal e, portanto, terão voto em branco, porque abstenção é cobardia.
Ninguém disfarça?
CM. 10 Maio 2009 - 00h30
Qual a diferença entre um bom e um mau político? Resposta: o primeiro ainda disfarça. Em Portugal, ninguém disfarça. Há uns tempos, os deputados aprovaram um mecanismo de financiamento partidário que, ao permitir avultadas quantidades em dinheiro vivo, serve de convite à corrupção mais mafiosa. Só uma criatura votou contra.
Mais recentemente, Elisa Ferreira, candidata do PS às europeias e às autárquicas, declarou com orgulho que só está nas europeias ‘por empréstimo’. A ideia de Elisa é ir a Bruxelas assinar o nome e regressar logo para o Porto.
Moral da história? Os nossos políticos são tão bons que até admitem tudo: a corrupção como forma de vida e a natureza mendaz das candidaturas em que participam. Enganam-se os que pedem mais ética na política. Eu, por mim, já ficava contente com alguma estética.
João Pereira Coutinho, Colunista
Mais uma conquista para António Costa
Há 3 horas
5 comentários:
A nossa classe politica é uma vergonha para Portugal.
No entanto nós Portugueses achamos bem sermos roubados, enganados e ultrajados.
Por isso o poder politico aproveita - se da nossa estupidez geral, fruto de uma instrução deficiente que não nos põem a pensar.
Temos uma memória curta, em virtude do facto de não PENSARMOS.
Abraço,
Magno.
Caro Magno,
Não surpreende que os políticos sejam de tal qualidade. Primeiro porque são oriundos de uma sociedade que não sabe pensar, como muito bem diz.
Depois, pela «carreira» que começa por ter uma base pouco edificante, um critério de recrutamento nada prometedor.
Não se compreende que, sendo a função de governança tão complexa, ninguém se preocupe em obter preparação académica adequada. Entra-se na política muitas vezes por dificuldades nos estudos, por se ser mau aluno e sem perspectivas de concorrer na sociedade civil, e para arranjar um «emprego» bem remunerado e pouco trabalhoso, sem responsabilidades, com impunidades e imunidades. E, apesar de todas as carências de saber resultantes desse começo, seguem a carreira, podendo chegar ao topo dos governos. Hoje qualquer um pode ser político desde que conquiste a amizade de um político ou seu familiar, desde que se inscreva na JOTA e se mostre servil em relação ao líder local, aplauda nos comícios repita os sloganes e se bajule aos chefes. Conquistará lugar de assessor, seguindo-se deputado, uns tachos, o diploma que não conseguiu obter em devido tempo, secretário Estado, ministro, etc.
Outro problema grave é os partidos e a AR estarem nas mãos de gente da área do Direito, faltando engenheiros, gestores, médicos, professores, etc., pessoas que dariam aos actos de governança a solidez de conhecimento do País real, actual e voltado para o futuro. Os do Direito estão habituados ao passado, a leis feitas noutra época para resolver problemas que já eram antigos e aprimoram-se no uso das palavras e dos argumentos para convencerem os juízes. Mas não estão vocacionados para a estratégia de preparação de decisões para o futuro.
Falta aos políticos a ponderação, a reflexão, um esforço de previsão que permita tomar as melhores decisões para depois de amanhã. Parecem macaquinhos num circo em que ouvem chamamentos de todos os lados e sentem a indecisão de saber o que fazer. Acabam por tomar decisões ao acaso que, para pior, teimam em manter contra tudo e todos.
Assim, o futuro vai ser terrível porque entretanto gastam-se os últimos recursos inutilmente.
Caro Magno, temos de compreender os factores da nossa desgraça nacional a fim de procurarmos descobrir a melhor pista para o desenvolvimento.
Um abraçoJoão Soares
João
Voto em branco? Acho que eles mereciam era prisão, para não andarem a brincar aos políticos, e não andarem a brincar connosco, a gastar o dinheiro dos nossos impostos.
boa semana
Abraço
Não sei quem é esse Pereira Coutinho, mas que tudo o que disse é verdade e é o que grande parte da populaça pensa e sente, não restam dúvidas. E que esta classe política quer o tacho para se servir e não para servir, também não restam dúvidas.
Por tal, creio bem que o voto em branco, ou mesmo nulo, será a melhor forma do povo português demonstrar em grande escala que está farto desta corja de chupistas.
Saudações do Marreta.
Caro Marreta,
Os dois tipos de voto que cita têm significado diferente. O voto nulo, é mesmo isso, fruto de qualquer erro no preenchimento, denunciando imprepração ou analfabetismo, ou malandrice quando se escreve um palavrão, por exemplo.
Pelo contrário, o voto em branco, é contado como válido e significa que o eleitor se deu ao incómodo de se deslocar à mesa de voto, analisou os candidatos e não encontrou nenhum que mereça o seu voto. É um veto a todos os candidatos. Pode dizer-se que um tal voto nada muda. Mas tal afirmação aplica-se a qualquer voto, pois eles só valem pela sua quantidade. E se os votos em branco forem em bom número isso demonstra aos políticos que há muitos portugueses a dizer-lhes que não têm confiança neles, em qualquer deles, no regime, nas obras que têm feito, como a lei de financiamento doa partidos que todos assinaram, por que todos dela beneficiam, e só pensam em tais benefícios pessoais e dos partidos esquecendo os de Portugal e dos portugueses. Não se pode votar conscientemente em políticos que fazem parte de uma AR que não fez legislação eficaz contra a corrupção, contra o enriquecimento ilícito e pelo levantamento do sigilo bancário, quando há suspeitas de ilícito, etc
Um abraço
João Soares
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