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sábado, 20 de janeiro de 2018

PARTIDOS, FAMÍLIAS, FUTURO

Que partidos, que famílias e que futuro?
(Publicado no semanário O DIABO em 16 de Janeiro de 2018)

É muito desagradável que uma grande parte dos cidadãos eleitores, ao emitirem uma opinião sobre os políticos portugueses, usem palavras curtas mas de significado demasiado contundente.

É, por isso, urgente que os partidos comecem a preocupar-se com a imagem que apresentam publicamente, a fim de conquistarem a confiança dos eleitores e melhorarem a esperança que cada português deve ter no futuro do país onde, provavelmente, viverão os seus descendentes. Seria bom a que a acção didáctica exercida sobre os cidadãos – dos menos aos mais cultos – lhes criasse o desejo de imitar os bons exemplos vindos de cima, do alto da hierarquia político-administrativa. Isso levaria os eleitores a escolher, com mais fundamento e consciência, os seus representantes e defensores, com base nas qualidades que lhes reconhecem e admiram e, também, lhes orientaria os comportamentos, de forma mais condizente com os valores éticos e cívicos que infelizmente, parecem estar esquecidos de quem devia dar exemplo.

Os próprios partidos também estão a ser objecto de tais opiniões negativas mas, perante a actual lei fundamental, não se pode passar sem eles. Porém, cada um deve investir algum tempo e reflexão de equipa sobre os interesses nacionais, dos cidadãos, a fim de passar a dar primeira prioridade aos grandes assuntos nacionais aos quais devem ser subordinados os interesses privados do partido e dos seus familiares e amigalhaços.

Os exemplos vindos a público sobre algumas IPSS, subsidiadas abundantemente por dinheiro público, com dirigentes das famílias de políticos com ordenados principescos, e dando «emprego» a políticos, com o aval partidário, do governo e de autarquias são objecto de apreciações pouco abonatórias. E a sucessiva aparição de mais casos torna conveniente uma investigação rigorosa para aplicação de medidas correctivas e preventivas de repetição de escândalos. E, provavelmente, também haverá serviços públicos de que não se conhecem efeitos positivos para a vida colectica, a Nação, e que funcionam como palcos bem remunerados para indivíduos da partidocracia em que predominam familiares e amigalhaços, exigindo mais atenção talvez ao ponto de lhes ser aplicada a solução dada às três instituições que foram extintas para dar origem à ASAE.

Há muitos escoadouros, sem controlo, dos dinheiros sacados aos cidadãos através de impostos directos e indirectos, taxas e taxinhas. Uma boa análise da estrutura organizativa da máquina pública levaria ao encerramento de muita chafarica inútil e dispendiosa e a um melhor critério de nomeação de pessoal que deve ser selecionado pela sua preparação, experiência, competência, dedicação à causa pública, capacidade, sentido de responsabilidade, etc. A nomeação de familiares ou amigos para a função pública deve ser precedida de cuidados especiais, com garantia de que dispõem de visível superioridade em relação com os melhores concorrentes, para evitar posteriores crítica desagradáveis à imagem de quem nomeou. E, depois, todos devem ser avaliados pelos resultados do seu trabalho, que deve ser perfeito e útil ao país. As instituições para inspecções, auditorias e fiscalizações citadas pelo PM a quando dum caso ocorrido com uma IPSS devem ser também vigiadas para haver garantia da independência, do rigor e da honestidade como desempenham as suas funções.

Enfim, na partidocracia em que os portugueses vivem, há que definir as regras com deveres e direitos dos partidos, não imitar a aristocracia familiar destituída em 1910, mas construir um futuro ao nível dos tempos mais gloriosos da nossa História.

António João Soares
9 de Janeiro de 2018

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

EM QUEM VOTAR



Como os políticos evidenciam ser portadores dos mesmos vícios e defeitos, em maior ou menor grau, conforme a sua especialidade clubística (partidária) os eleitores conscientes ficam sempre indecisos e muitos acabam por evitar errar muito e recorrem à abstenção, ao voto nulo ou ao voto em branco.

As legislativas e as manobras que se lhes seguem e ocupam o maior espaço dos Órgãos da Comunicação Social são um exemplo de que qualquer escolha se destina a continuar tudo mais ou menos na malpara os cidadãos. Os jogos florais continuam.

Agora começa a tomar forma a luta para as presidenciais. Há quem diga que vota em Henrique Neto, só porque Rui Nabeiro não se candidata. Ambos são conhecedores da realidade nacional, conhecem os prós e contras da nossa economia e respeitam os fornecedores e clientes das suas empresas, os seus trabalhadores e respectivas famílias e procuram ajudar a vida social da área geográfica em que se encontram.

Mas, dada a poluição da Comunicação Social, as pessoas não votarão em gente boa, mas sem imagem publicitária. Quanto aos outros, os notáveis, há muitas ilusões. Por exemplo, o candidato Marcelo tem recebido alertas de Helena Matos  e de outras origens . Será que alguém mais o alerta para os obstáculos que terá de ultrapassar na pista para a meta?

Há uma grande diferença entre as palmas e os aplausos na actividade pública e a decisão secreta do voto. E no momento deste, os que não se abstêm ,nem votam branco nem nulo e possuem algumas capacidade de pensamento e decisão podem resistir à intoxicação psicológica e podem vislumbrar os interesses nacionais para um futuro menos doloroso do que o presente e tomar uma decisão de voto em sentido muito diferente do que aquilo que os papagaios lhes tentaram introduzir no cérebro.

Vivam os comentadores independentes que evitam confessar a sua decisão pessoal, e analisam imparcialmente de acordo com os dados e sintomas que conseguem obter, deixando campo livre para as reflexões e decisões de cada eleitor. A esses o meu aplauso, o agradecimento pela ajuda na livre decisão de voto. Mas…apesar deles, viva Henrique Neto.

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sábado, 24 de outubro de 2015

ELEIÇÕES 2015, Por Viçoso Caetano


Terminada a eleição,
Chegou-se à conclusão,
que ganhou a abstenção
com 43 por cento.

Maioria absoluta
de forma clara, impoluta.

Já quanto aos votos contados
ganhou a coligação:
- primeiros classificados
com 39 por cento.

Tudo o resto são cantigas.
Cantigas lev´as o vento.
Ficam sim, é as intrigas
ao máximo de 100 por cento.

As intrigas e a ganância
que só Deus sabe s´encobrem
alguns complexos d´infância !!!

E então não s´olha a meios
para se chegar aos fins:
- diabos, que o serão sempre,
agora são querubins.
- divergências insanáveis,
insultos imperdoáveis,
ofensas intoleráveis,
vencem-se a golpes de rins...

E todos s´acotovelam
p´ra ir aos amendoins.

Armam-se outras contagens
p´ra alcançar as vantagens
que quem votou, rejeitou.

E democraticamente
conta-se de trás p´ra frente:
- o do meio é que ganhou !?!?

É a esta "engenharia"
que chamam democracia...

Já cá não está quem falou !!

Por Viçoso Caetano
O Poeta de Fornos de Algodres
22OUT 2015

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

SISTEMA ELEITORAL PRECISA SER REFORMADO

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Listas de deputados: espectáculo deplorável 
Jornal SOL.23/07/2015 13:12 Por Pedro d´Anunciação

Nada é mais deplorável que estas guerras na constituição das listas de deputados. E nem quero falar naquelas em que se suspeita de trafulhices, a pontos de se processarem pessoas. Ou da vontade de correntes vencidas se imporem às ganhadoras (apesar de eu defender que os direitos das minorias são fundamentais em democracia).

Francamente, preferia não ser representado por gente desta, que amua e vai embora até conseguir posição melhor, etc. – enfim, os que pensam tanto em si próprios e no seu carreirismo que nunca terão tempo para o serviço público. Ainda por cima com os ‘compromissos éticos’ para assegurar a sua completa partidarização, exigidos pelo PS e PSD. Claro que quem assina esses compromissos, que vão ser todos os deputados, pelo menos desses 2 partidos, não nos representam em nada, mas apenas aos ditos partidos.

Também me parece peregrina a ideia de escolher para título da 1ª página de uma entrevista a Paula Teixeira da Cruz, como fez um jornal, a sua submissão completa a Passos Coelho. Quem esperaria vê-la menos submissa ao actual primeiro-ministro, depois de ter conseguido ser um dos piores membros do Governo, sem se ver afastada? A independência política também exige certas qualidades que não vislumbro nela.

NOTA:

O REGIME PRECISA DE REFORMA URGENTE para que, ao votarmos, tenhamos motivos para estar seguros de que elegeremos pessoas dedicadas à causa pública, ao bem de todos os portugueses, e não apenas aos interesses do próprio partido, de si próprios e do seu carreirismo. Havendo dúvidas sobre o recheio das listas, quem será o cidadão eleitor que ousa ir jogar em tal totoloto?

Imagem de arquivo.

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domingo, 28 de junho de 2015

A DEMOCRACIA E O VOTO



Transcrição seguida de NOTA

"Se temos más políticas é porque os portugueses querem"
POR NOTÍCIAS AO MINUTO. 150628. ÀS 17:07

O presidente do PS garante que a única alternativa é o voto no PS para contrariar a "má política" nestes últimos quatro anos.

No congresso do PS/Madeira, Carlos César, diz não ter dúvidas que as más políticas e os maus políticos são responsabilidade dos portugueses. “Se temos más políticas é porque os portugueses querem, sobretudo os que não vão votar”, afirma.

O presidente do PS indica ainda que mesmo os que sabem que este Governo “não presta” nada fazem para o alterar. Mas isso não iliba o Governo, nem os erros cometidos, segundo o Expresso.

“O mesmo Governo que tudo fez para destruir uma das melhores realizações do Portugal do pós-25 Abril: o sistema nacional de saúde. Essas são responsabilidades de quem governou o país nos últimos quatros anos”, acrescenta.

Para o socialista a única alternativa é votar no PS nas próximas eleições. E caso o façam, tudo será feito para recuperar o emprego e a economia portuguesa.

NOTA:

Estas palavras de Carlos César valem o que vale tudo o que nos é cuspido pelos propagandistas dos partidos em vésperas de eleições. As promessas são sempre encantadoras mas o encanto é rasgado e atirado ao lixo logo que são conhecidos os resultados da contagem dos votos.
O próprio acto de escolher uma lista constitui uma armadilha porque a maioria dos eleitores não conhece minimamente os nomes nela constantes.
O sistema eleitoral precisa de ser democratizado.
Por exemplo: Cada eleitor escreve no voto para as freguesias 3 ou 4 nomes e dessa totalidade são selecionados os que têm mais votos para constituir os respectivos órgãos autárquicos. Depois são os eleitos de todas as freguesias que agem de igual forma para os órgãos dos concelhos e, assim, por este processo, devidamente burilado, se chega ao Parlamento.
De tal forma, se poderia dizer que o povo tem o Poder que escolheu. Mas, na realidade, a partidocracia não está interessada em perder a sua «liberdade» autoritária de decidir quem quer que seja nomeado, colocando os candidatos em listas devidamente priorizadas.

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

ELEIÇÕES NA GRÉCIA




Oxalá os Gregos obtenham êxito na mudança. Viver é mexer, é avançar, é mudar. Não se progride com os pés juntos e parados. E a história mostra que a evolução quebra o imobilismo e a submissão a soluções mesmo que tenham sido consideradas sem defeito. Nada deve ser considerado eterno e permanente.
O abanão dado pelos eleitores gregos é histórico e deve ser aproveitado como estímulo para grandes mudanças na Europa, um incentivo para a geração dos 40/50 anos que tem obrigação de PENSAR no seu futuro, no país em que desejam viver melhor, procurar soluções e escolher a que lhes pareça melhor e depois concretizá-la.
Para isso, não devem esperar que o problema seja resolvido por quem já está em fim de carreira ou já mostrou incapacidade para enfrentar os obstáculos e se tem submetido a pressões das FORÇAS DO MAL, vindas de um pequeno número de pessoas que têm explorado a quase totalidade dos cidadãos. Porém, ao contrário do regime actual, os jovens que tomarem o Poder devem utilizar nas suas assessorias o saber e a experiência de gente madura que os ajude a evitar insensatez e aventuras perigosas. Mas devem segui-los com muita ponderação, sem a eles se submeterem cegamente. O imobilismo e conservadorismo é doença fatal que produzirá o pântano social com a mais indesejável podridão.
Não me falta optimismo e esperança e só me custa o demasiado tempo perdido para se dar a volta.
Parabéns aos Gregos. Oxalá tenham muito êxito e a Europa saiba aprender a lição e aplica-la de forma mais elaborada e eficaz. Não há solução sem inconvenientes, mas estes devem ser reduzidos ao mínimo, a fim de o resultado ser o melhor para as pessoas que têm vindo a ser exploradas e sacrificadas.

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domingo, 4 de janeiro de 2015

CONTRIBUIR PARA UM MELHOR FUTURO DE PORTUGAL


O presente ano, mais do que os outros, por ser de eleições legislativas, obriga a profundas reflexões sobre o futuro dos portugueses e a ponderar e reavaliar os anteriores afectos partidários. Votar é sempre uma lotaria e não devemos ser ludibriados por promessas, sempre fantasiosas, mas, pelo contrário, devemos dar valor a trabalhos já realizados e resultados obtidos pelos concorrentes. Enfim interessa mais prospectar as capacidades de realização do que deixarmo-nos iludir por falaciosas intenções. As palavras de António Capucho, ex-notável do PSD, durante 40 anos devem se bem analisadas.

As intenções e as promessas, mesmo que realistas, obrigam a pensar que QUERER nem sempre É PODER. E o que mais interessa não são as promessas, os sonhos e as fantasias de um candidato. Interessam as acções mais correctas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, principalmente dos mais carentes. E, para preparar tais acções, é preciso demonstrada capacidade de análise com conhecimento das realidades, e dos recursos que podem ser utilizados, capacidade de decisão, coragem para vencer resistências e obstáculos, tudo bem condimentado com sensatez e dedicação a Portugal. E, quanto a recursos, eles estão a ir para as mãos de estrangeiros através de privatizações e vendas em saldo de todo o património, desde as jóias de antepassados, aos aviões e aos telefones.

Para construir um futuro melhor, a partir deste momento e sustentável a longo prazo, é preciso ter os pés bem assentes no chão para fazer bem a «chamada», como os atletas do salto em comprimento, sem fantasias nem fanfarronices, mas com visão estratégica à semelhança do rei D. João I e dos Infantes da ínclita geração que prepararam e iniciaram o maior feito da nossa história em benefício de Portugal e de todo o Mundo. Vários tratados de hoje, ao estudarem a «GLOBALIZAÇÃO», afirmam que ela FOI INICIADA PELOS DESCOBRIDORES PORTUGUESES que colocaram em contacto todas as partes do Mundo.

Nesta quadra natalícia, devemos aproveitar a mensagem que está na sua génese. É certo que o ser humano é imperfeito e segue o caminho mais fácil, natural, espontâneo, oportuno, sem necessidade de preparação. Mas os governantes não podem ser pessoas desprovidas de valores éticos nem preparação adequada para vencer as vis tentações da ambição de enriquecimento fácil, por qualquer forma. Devem, sim, possuir, em alto grau, dedicação a Portugal, isto é aos portugueses que não devem ser sacrificados a interesses de desmedidas ambições pessoais de governantes sem escrúpulos.

Para os detentores de funções com Poder sobre os cidadãos, sugere-se reflexão sobre as palavras do Papa Francisco, um doutrinador da sociedade moderna, que se despe de preconceitos e se expõe a sacrifícios e perigos para renovar a vida internacional, dentro da solidariedade inspirada pela mensagem de Natal. E está a ter êxito nas relações internacionais, como se viu na amizade restaurada entre os EUA e países da América Central. Ele sabe que está sujeito à reacção da maldade dos homens, mas isso não lhe esmorece a vontade de continuar a bater-se pelo êxito das suas ideias generosas para que frutifiquem e se enraízem nos corações das pessoas de todo o mundo, para que haja Paz entre todos. É um bom exemplo a seguir pelos detentores do Poder.

As pessoas lamentam-se da degradação da humanidade, da podridão do mundo actual. Mas o mundo melhor não se conseguirá com pessimismo, nem a chorar o leite derramado. É preciso entusiasmo e confiança no futuro que todos temos que construir. Quem puder pegar em picaretas para tal construção deve entrar em acção e quem o não puder fazer deve dar apoio moral e incentivo aos que o possam fazer. Todos inspirados na obtenção do mesmo objectivo, cada um com as suas artes, teremos a força necessária para fazermos as mudanças indispensáveis.

Olhando o movimento periódico da Natureza, que nos deve servir de exemplo, sabemos que, em breve, as searas precisam de ser mondadas para excluir as ervas daninhas e deixar que o cereal que é bom possa desenvolver-se e frutificar, para que a colheita possa ser compensadora e alimentar as pessoas que não devem ser deixadas a morrer de fome e de carências várias. A sociedade também precisa de monda e de criar condições que incentivem à renovação, à mudança à melhoria da qualidade de vida daqueles que a não possuem com a devida dignidade.

Não devemos ter medo da mudança, a qual surge anualmente na mãe Natureza, porque é meritória e indispensável para não ficarmos cristalizados num pântano de austeridade que, por si só, apenas tolhe as energias existentes e impede a criação de melhores dias. E para evitar tal cristalização inoperante foi prometida e não realizada com eficácia uma «reforma estrutural do estado» que, entre outras coisas, reduziria quantidade de instituições públicas e semi-públicas e diminuiria a excessiva burocracia para o mínimo indispensável, o que evitaria perdas de tempo e de dinheiro na vida económica das pessoas que estão na origem da pior epidemia pública chamada corrupção e que teria evitado a criação de 10.000 milionários por ano e o empobrecimento do maior número de cidadãos desprotegidos.

ANO DE ELEIÇÕES EXIGE CUIDADA MEDITAÇÃO ANTES DE COLOCAR O VOTO NA URNA.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

POBREZA, RIQUEZA E «BURRICE» NAS ELEIÇÕES



Apontamentos antológicos das notícias de hoje.

«A situação verificada em 2013 repetiu-se em 2014. Num ano, Portugal viu ‘nascer’ mais 10 mil milionários no país,  ou seja, pessoas com uma riqueza líquida superior a um milhão de dólares (cerca de 790 mil euros).

Como refere o Diário Económico desta quarta-feira, o país onde cada vez mais pessoas estão no limiar da pobreza conta com quase 76 mil milionários. Os cálculos são do Credit Suisse e integram um estudo sobre a análise da distribuição da riqueza mundial.»

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Da leitura destas notícias e seguindo as palavras de Catroga, os eleitores devem evitar ser «burros» na decisão do destino do voto, tendo em conta as alterações ocorridas nos últimos anos. Devemos evitar rotinas e, em cada caso, cada momento, reflectir bem no problema  e com o saber dado pela experiência, decidir da maneira que nos pareça melhor, independentemente de pressões e de propagandas.

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quarta-feira, 14 de maio de 2014

VOTAR PARA O BEM DOS PORTUGUESES


A Finalidade do voto deve ser o Bem de Portugal e não o interesse de um partido.

SEMPRE DEFENDI que como tal nos é permitido, devemos aproveitar a liberdade institucionalizada e ninguém deve ser escravo da opinião alheia.
E, para isso, quem deseja tomar a decisão mais correcta, em qualquer assunto, não deve desprezar as diversas partículas de informação, vindas de opiniões alheias e diversificadas, sobre as vantagens e inconvenientes de cada aspecto. Depois, cada um cozinha todos os ingredientes, raciocina quanto puder e constrói a sua própria opinião, para decidir e agir de acordo consigo próprio.

Por isso, acho muito interessantes os estudos feitos pelo autor do texto transcrito no post anterior, sempre em linguagem acessível e aparentando isenção, podendo ajudar cada um a fazer a própria reflexão no momento das eleições.

Não devemos colocar como FINALIDADE DO VOTO o interesse de um ou outro partido ou movimento candidato mas, sim, sem qualquer hesitação, aquilo que, de imediato ou a médio e longo prazo, nos parecer melhor para PORTUGAL. Tudo devemos fazer para que os nossos descendentes sejam muito felizes. Para que PORTUGAL se desenvolva e volte a ser um grande Estado.

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

PROMESSAS, ELEITORAIS ELEIÇÕES E OS CIDADÃOS


O artigo que tem por título a frase do Professor Marcelo Rebelo de Sousa «Promessas não cumpridas afastam portugueses da política» sugeriu mais uns retoques numas reflexões congeminadas há algum tempo atrás.

PROMESSAS ELEITORAIS E ELEIÇÕES, EIS UM PONTO QUE MERECERIA MAIS REFLEXÃO DOS PORTUGUESES ELEITORES. O esquema mais generalizado é votar em listas, o que, entre outros pontos, faz reflectir, nos seguintes três:

1- Os eleitores deviam conhecer o mais possível das qualidades e defeitos de cada elemento constante da lista mas,na maior parte dos casos nem se sabe o nome. E este, mesmo que conhecido, nada diz pois um bom nome de família como o de uma escola conceituada nada garante porque de boas famílias de escolas de bom nome podem sair péssimos escroques, formados na malandrice, auto-didacticamente e com apoio de más companhias;

2- Depois, perante as listas mesmo que conhecidos os seus elementos, a tentação de muitos eleitores será votar no partido em que têm votado há anos que é uma atitude cómoda, preguiçosa, pouco racional, em que se está disposto a aceitar e até procurar aplaudir os erros que ocorrerem depois;

3- Mas há eleitores sem apego forte a qualquer dos  partido mas com amor Portugal dizem desejar votar no menos mau, depois de analisar atentamente as diversas promessas eleitorais,o que constitui uma tarefa bem intencionada,com aspecto patriótico, mas difícil por não ser fácil escolher entre as diversas descrições de paraísos oníricos em que cessam toas as dificuldades de que o passado canta e nos é prometido o mundo mais maravilhosos que algumas vez imaginámos ser possível. Todas as propagandas têm promessas miríficas que nos deixam encantados. Vários afectos instalados na nossa mente nos levam a escolher um deles e depois saltam as desilusões, e a primeira destas ocorre na publicitação dos resultados eleitorais, quando o nosso seleccionado não ganha. Mas se o nosso preferido obteve a vitória, a euforia dura pouco, porque depressa saberemos que o papel das promessas foi rasgado pelo cabeça da lista, imediatamente após saber da vitória, e depois, passa a decide a seu belo prazer, por intuição, com determinação, custe a quem custar, porque ele pensa: quero, posso e mando. E muitos eleitores se arrependem de ter dado o apoio a tal biltre. E esse desconsolo surge mesmo que seja apenas um o mau actor O eleitor deseja ver em qualquer eleito um modelo de virtude, saber e de sentido do dever de respeitar as promessas feitas.

E na eminência de decidir nas urnas, o eleitor sente-se perante um cruzamento tão complexo,com tantos ramais mal definidos, e fica parado, indeciso, sem saber o que fazer. Cada um, sozinho, no seu labirinto, sente-se sem coragem para avançar para uma solução. E então aparece um tipo bem falante, muito convincente a dizer o que se deve fazer. E o Zé Povinho perante esse sábio, recorda-se do seu pai que morreu de uma dor por ter acreditado no vendedor da banha da cobra que disse ser esse o remédio santo.

Por isso, goste-se ou não do professor Marcelo Rebelo de Sousa temos que concordar com ele quando disse que "Promessas não cumpridas afastam portugueses da política". Deu, assim, um óptimo recado aos candidatos às eleições. Pensem bem em cada promessa antes de a anunciar.«De boas intenções está o inferno cheiro» diz o saber popular.

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

ELEIÇÕES. ABSTENÇÃO OU...


Aproximam-se três eleições, o que deve constituir motivo para séria reflexão, com sentido de responsabilidade, sobre a forma mais lógica e consciente de aproveitar o direito de votar para cumprir o dever cívico de contribuir para o melhor futuro de Portugal, isto é, dos portugueses.

A experiência de 40 anos mostra que uma eleição deveria ser uma escolha do melhor entre os melhores, a fim atingir os desejados objectivos, mas que, tal como está a funcionar, é impossível de obedecer à racionalidade, dada a forma como se comportam os partidos e o sistema eleitoral.

A liberdade e a possibilidade de escolha é cerceada aos eleitores aos quais não é permitido escolher os melhores de entre os cidadãos mais válidos, mas apenas podem escolher entre as listas preparadas pelos partidos atendendo aos seus interesses próprios e, de tal forma, os eleitores só podem votar nesses grupos de cidadãos, mesmo ignorando as qualidades e os defeitos de alguns ou mesmo de todos o candidatos constantes nas listas. Como essa escolha nada tem de lógica o cidadão mais consciencioso recusa uma lista sempre que desconhece o valor e a personalidade de um dos seus componentes. Há quem defenda que se deve votar naquele que nos pareça ser «menos mau». Mas o cidadão honesto só deve dar o seu voto, com responsabilidade a gente que considere boa.

A propósito de gente boa, isso parece ser coisa ausente dos partidos, salvo eventuais excepções. Embora se deva discordar das críticas hostis, agressivas, que todos os partidos da oposição fazem abertamente ao Governo e que este lhes retribui, com idêntica corrosividade, os próprios opositores digladiam-se entre si com «piropos» semelhantes, não devemos ignorar os argumentos nelas contidos. Se levássemos a sério ao termos por eles usados só nos restava a fuga para outro mundo. Mas se esses jogos animosos não são confiáveis à letra é, no entanto, ,conveniente olhar para os seus motivos e a essência de tais comentários. E feito isso, só podemos concluir que são todos maus, podendo alguns ser piores do que outros.

Ora, votar em maus e, depois, ficar com um peso na consciência, por eles não serem cumpridores das promessas eleitorais, que desrespeitam os legítimos direitos das pessoas, deficientes, reformados, pobres, desempregados, funcionários públicos, etc , …não é saudável. Devemos procurar evitar a prática de acções de que depois tenhamos que nos arrepender.

E como o voto branco e o voto nulo, pelo simples facto de entrarem na urna, dão dinheiro aos partidos, a solução mais racional e adequada é a ABSTENÇÃO. Seja qual for o resultado das eleições, a certeza é que estes serão sempre, mais do mesmo como temos verificado nas últimas quatro décadas. Há, por exemplo o caso de, em dada altura, o País ter sido encontrado «de tanga» e, de depois ficou de fio dental ou de parra, em vésperas de ficar inteiramente nu, afogado num «pântano».

O eleitor, deve puxar pelo cérebro, pensar e não aceitar empurrões sem fazer uma análise, pessoal e livre de preconceitos, antes de decidir como vai actuar nas eleições. Deve actuar sempre, responsavelmente, segundo o que pensa ser o interesse nacional, dos portugueses.

Poderá argumentar-se que a abstenção não constitui uma solução definitiva para o Pais garantir um futuro brilhante, mas ela poderá contribuir para uma evolução mais rápida através de uma adequada reforma do Estado. Pior do que esta solução é a perpectuidade da letargia, da falsa serenidade, da tolerância prolongada que inviabiliza uma Reforma do Estado honesta e inteligente, por deixar o País cair num abismo profundo. insanável, sem retorno, sem cura, sem hipótese de recuperação.

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quarta-feira, 5 de março de 2014

PAGAMOS PARA VOTAR


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O AMIGO ANTÓNIO FALA DAS ELEIÇÕES


Desde 7 de Julho que não tinha uma conversa tão interessante com o Amigo António que agora se prestou a responder serenamente a algumas perguntas acerca das mais recentes eleições.

P. Não quero que me diga qual foi o seu voto, mas apenas que me ajude a compreender o fenómeno das abstenções e dos votos brancos e nulos.

R. O que admira mais não é o aumento de abstenções e votos inúteis do ponto de vista da atribuição do Poder, mas é haver ainda tantos votos válidos num sistema tão irracional como o nosso. Os eleitores são chamados a escolher entre várias candidaturas, todas com listas de numerosos elementos desconhecidos da maioria dos eleitores e que avançaram por iniciativa própria e com a ajuda de movimentos ou partidos que, colocando de lado o interesse nacional., se preocupam com a competição ou campeonato entre uns e outros, na ânsia de obter o Poder de que resultará benefício para si e os seus amigos, cúmplices e coniventes. O voto em tais condições assemelha-se a uma esmola dada às cegas a um desconhecido que pode ser um explorador da caridade para fins pouco legítimos como o enriquecimento oculto e disfarçado, ou a toxicodependência ou outra actividade menos legítima. Entre as três modalidade de voto sobre as quais me pede opinião, o voto branco constitui uma bofetada em cada um dos candidatos, uma ida deliberada às urnas para demonstrar que não tem confiança em qualquer deles.
O voto nulo não tem um significado único bem definido pois pode ter muitas causas variadas; ignorância, iliteracia que provocou erro na colocação da cruz, ,traço deliberado no boletim, cruzes em todos, palavras hostis, etc.
Tanto o voto branco como o nulo, como entram na urna, contam para o cálculo dos subsídios a dar às candidaturas que obtenham acima de determinada quantidade de votos. Isso faz com que muita gente que detesta que dos seus impostos seja dado mais dinheiro aos partidos, prefira a abstenção, embora esta, também não tenha um significado indiscutível, porque pode ser devida a impossibilidade de deslocação às urnas, por doença, por ausência da área de morada, etc.
O aumento da quantidade de eleitores que fugiram ao compromisso do voto poderá ser resultado do cansaço provocado por uma austeridade prolongada e sucessivamente agravada, sem ter sido devidamente explicada e justificada a sua adopção em vez da opção por outras soluções, de maior justiça social e equidade e proporcionalidade fiscal, e sem abrandamento, nem resultados visíveis ao fim de 28 meses e com a agravante das ameaças de agudização no próximo ano, contra as muitas promessas e previsões com que os cidadãos têm vindo a ser repetidamente enganados.
Creio que esbocei os aspectos mais significativos e merecedores de posterior reflexão.

P. E como explica que muitos votos tenham sido orientados para candidatos independentes, deixando de ir para os partidos?

R. Isso pode dever-se ao cansaço provocado pela austeridade e espiral recessiva, à perda de confiança nos partidos que, com a obsessão do Poder, para dar concretização à ganância de enriquecimento dos seus «boys, rápido e por qualquer forma, à baixeza de muitas discussões interpartidárias, tudo isso a sobrepor-se ao visível desinteresse pelas condições de vida dos cidadãos. Tudo isso tirou aos eleitores o sentimento de confiança e de segurança num futuro melhor que este sistema e regime lhes possa trazer. E, ao aparecerem candidatos sem subordinação às máquinas partidárias, atraíram o voto de muitos eleitores. Estes partiram da hipótese de que esses independentes poderão resistir às pressões dos reais donos do Poder: banqueiros, grandes empresários, construtores civis, etc.
Tudo aquilo que vimos a referir constitui uma atitude hostil por parte dos eleitores em relação aos partidos e pode ser um sinal de indignação do povo que poderá acentuar-se e tomar aspectos mais hostis ao poder institucional, aos hábitos políticos menos legítimos.
É muito significativo e algo preocupante que o povo, mesmo sem estar eficazmente organizado e enquadrado, agiu com intensidade e convergência, tendo dado a vitória a um independente no Porto e quase acontecendo o mesmo em Sintra.

P Referiu a possibilidade de o povo poder vir a usar de mais hostilidade. Como?

R. Não me vou alongar a responder a essa pergunta para não ser interpretado como incitador à violência. Mas esta poderá acontecer se não forem tomadas medidas correctivas adequadas no rumo que vem sendo seguido pelo Governo, porque a injustiça social, a má distribuição da fortuna, o alargamento do fosso entre os mais pobres e os mais ricos, o empobrecimento da classe média, tem aumentado o mal-estar social, sentido principalmente no estômago dos mais carentes

P. Quais são as perspectivas do futuro?

R. O PM já disse que vai continuar na mesma rota, o que não traz esperança e conforto mental aos portugueses. Também o porta-voz do Conselho Nacional do PSD afirmou que no partido há «coesão interna total e absoluta» o que não é minimamente credível, a não ser que sejam realmente acéfalos como se viu no caso da aprovação da lei da rolha em meados de Março de 2010.
Ora estes erros sucessivos na comunicação com os portugueses dão mostras de irem continuar e isso é extremamente grave e não permite augurar a serenidade desejada. Por seu lado, a comunicação social está demasiado amarrada ao Poder formal prendendo-se com futilidades e coisas marginais evitando ir ao âmago dos problemas e sugerir pistas de análise com vista a soluções adequadas. A Justiça mantém-se lenta e pouco convincente como factor de dissuasão e teima em não encarar de frente os crimes de políticos, como BPN, Swaps, Face oculta, Freeport, etc. Tudo isto e muito mais cria nas pessoas o desejo de uma mudança rápida e radical e o início ficou agora visível com a eleição de autarcas não partidários.

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

LEITURA DAS ELEIÇÕES


Passos esteve certo quando disse que há sempre uma leitura nacional a fazer das eleições e parece que a grande lição a tirar é que deviam ter sido tomados em consideração muitos alertas vindos de cidadãos descomprometidos e interessados num futuro melhor para os portugueses. Os resultados das eleições obrigam a reconhecer que:

- A forte derrota do principal partido do Governo, está relacionada com a pouca atenção dada pelos governantes às pessoas que vêm sofrendo há mais de dois anos as agruras de uma austeridade sempre crescente sem lhes ser devidamente explicada a razão da solução tomada em vez de outras possíveis, nem serem mostrados resultados positivos do sacrifício que lhes foi pedido.

- A teimosia obstinada sem esclarecimentos das decisões tonadas aparentemente por capricho, «custe o que custar», as palavras «garanto que…», «asseguro que…», desmentidas pelos factos pouco tempo depois, criaram a péssima sensação que agora foi evidenciada, como expressão do descontentamento e como protesto. Para isso também contribuíram as promessas e previsões fantasiosas rapidamente desmentidas.

- O resultado da ida às urnas reflectiu bem «a desilusão, o desencanto e a falta de confiança dos cidadãos nos partidos políticos tradicionais. E estes não podem deixar de refletir sobre a forma como funcionam e como se relacionam com o mundo real.»

- Também se conclui que os portugueses não são tão obtusos como, por vezes, se pensa e não se deixam arrastar por demagogia, populismo nem palavras bonitas mas sem conteúdo convincente. Os candidatos que usaram técnicas de vendedor de banha de cobra foram «rejeitados pelos eleitores que, por mais descontentes que possam estar, não perderam a noção da realidade.»

- Pode não haver consequências imediatas na estrutura do poder mas, a partir de agora nada será como dantes. Há que evitar a continuação de erros e falsidades, de corrigir a «podridão dos hábitos políticos» (referida por Rui Machete), há tornar mais simples e barata a estrutura do Estado e das autarquias, para reduzir a burocracia ao essencial, combater a corrupção, o tráfico de influências, as negociatas lesivas do bem público, as promiscuidade entre a acumulação de interesse públicos e privados, etc

Parece poder concluir-se que a teimosia do «custe o que custar» de Passos está a custar muito ao PSD depois de ter custado imenso aos portugueses. Estes não estão tão apáticos como se pensava. Mostraram que estão prontos a reagir a abusos do poder. Convém evitar que utilizem formas de reacção mais desaconselhadas. Além de outras fontes foram aproveitados os seguintes textos:

- «Há sempre uma leitura nacional a fazer» das eleições, diz Passos
- A mensagem das eleições 
- A derrota pesada de Passos Coelho

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MAUS PARTIDOS GERAM BONS INDEPENDENTES


Transcrição de um texto, acabado de receber por e-mail, que considero excelente, escrito pelo poeta e pensador Eugénio de Sá,

As Eleições Autárquicas e o significado da esmagadora vitória do independente Rui Moreira na cidade do Porto

Em muitos momentos do seu discurso da noite eleitoral, senti que o Dr. Moreira, usava as palavras que há muito afloram as minhas reflexões sobre o que se passa no nosso país. Ele foi ontem, realmente, o grande protagonista e demonstrou que o “não-sistema” pode funcionar, aquele a que cada vez mais portugueses parecem vir a aderir porque entendem que esse é o caminho para estragar a vida a quem nos vem estragando há tantos anos a nossa. O “sistema”, tal como foi montado e existe, cansou já o nosso povo pelo permanente ludíbrio em que o mantém, pelo logro em que insiste, sempre manipulado em sujos jogos de bastidores partidários. E os partidos que o representam têm de o entender de vez, e de repensar o seu papel numa sociedade farta de tanta parcialidade e incompetência, personificada na governação e nos interesses corporativos despudoradamente representados nas bancadas da Assembleia da República.

Ou alguém poderá pensar que uma maioria de advogados ali arranjará maneira de (conscientemente) prejudicar os seus maiores clientes? – O povo que se lixe, mesmo à custa das maiores iniquidades, incluindo a retirada de direitos adquiridos depois de vida inteiras de trabalho e de contribuições.

O caminho terá pois de ser o de dar força a um movimento de cidadãos sérios e responsáveis, que dê uma expressão cada vez maior à criação de um “não-sistema” que favoreça a constituição de uma imparável força de pressão que venha a permitir exigir que se ponha no poder gente séria e competente, disposta a servir definitivamente os interesses do povo, e não a servir-se dele, em serviço próprio ou de classe, e a sacrificar todo um país às gananciosas ânsias de uns quantos fulanos filiados nos partidos e fazendo disso o seu único modo de vida.

Falou-se muito, fala-se e continuará a falar-se em democracia para tentar justificar o “sistema” vigente”; que impõe que assistamos a esta ridícula (fiquemo-nos por aqui) dança de cadeiras do poder. Mas será que o que aconteceu esta noite no Porto ela, a democracia, não foi exercida em toda a sua brilhante plenitude? Quem o negará? – Apesar de Lisboeta, reconheço que lá de cima sempre nos chegaram boas lições em matéria de exercícios cívicos. Que esta a todos sirva também, meus senhores.

Rui Moreira: “Se os partidos não entenderem o que se passou aqui hoje, então não perceberam nada”.
Ouçam aqui o breve discurso de vitória do Dr. Rui Moreira. Em breves palavras, o novo presidente independente da segunda cidade do país disse muito do que tem e urge que seja dito (e repetido) a este respeito. Clique abaixo:
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/09/29/rui-moreira-ganha-no-porto-menezes-pede-uniao-em-redor-do-vencedor

Eugénio de Sá

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

INDEPENDENTES SERÁ ISTO ???




. Entre uns e outros venha o diabo e escolha. A solução mais lógica será a ABSTENÇÃO. Eles que se entendam entre si !!!

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

INCERTEZAS PARA A PRÓXIMA SEMANA


Com respeito pelo autor Pedro Coimbra, transcreve-se o seguinte texto do blogue Devaneios a Oriente, por ser uma análise muito completa e imparcial e um sinal do falhanço de «intenções» propaladas, desde há meses, de união, consenso e convergência, mas de que, pelo contrário, apenas se viu preocupação de teimosia, de obsessão, de imposição «custe o que custar» ao povo e desejos de receber aplausos e não críticas e sugestões.

A crise (política) que se segue

Está muito próxima a data de realização das eleições autárquicas em Portugal.

O que devia, em teoria, por definição, limitar-se a uma escolha dos representantes que estão em contacto directo com as populações, nunca foi apenas isso.

Esse facto é particularmente sentido e relevante nestas eleições.

Com o País mergulhado numa crise económica e social que teima em não dar sinais fortes de abrandamento, estas eleições vão ser, acima de tudo, um teste à coligação que governa e às oposições.

Mas, opinião muito pessoal, muito mais às oposições que à coligação parlamentar.

Porque, com um Presidente da República que constantemente manifesta total repulsa a cenários de crise política, mesmo um resultado desastroso da coligação governamental só dará lugar a uma crise política se, às eleições, se seguir uma implosão da própria coligação.

Uma implosão que, a existir, partiria da iniciativa do CDS.

Uma possibilidade que não é de afastar.

Se o estratega Paulo Portas verificar que o CDS sai muito penalizado destas eleições, que corre o risco de se tornar uma força política menor, acredito que não hesitará em recorrer a uma fuga para a frente, em tentar demarcar-se, desta vez sem retorno, das políticas de austeridade que tem vindo a apoiar.

Mas, voltando atrás, se a solidez da coligação governamental será posta à prova, a liderança das oposições não o será menos.

No PS, António José Seguro sabe que está obrigado a um resultado que não deixe que subsistam as dúvidas acerca da sua capacidade enquanto líder e da capacidade do partido enquanto alternativa de governo.

Um resultado, que não seja simultaneamente altamente penalizador para a coligação governamental e moralizador para o PS, representará o fim da era António José Seguro.

A ser assim, falta saber quem sucederá ao baço líder do PS.

Nestas contas de uma crise política anunciada, mas ainda sem se saber com que protagonistas, entra também o Bloco de Esquerda.

A nova liderança bloquista vai, pela primeira vez, ser sujeita a avaliação do eleitorado.

Um resultado penalizador para o Bloco pode desencadear uma crise de liderança dentro do partido, o emergir de um cenário de orfandade na liderança após a saída de Francisco Louçã e o desaparecimento de Miguel Portas.

Neste cenário de crise(s) eminente(s) só o PCP sai incólume.

Porque o eleitorado comunista não é volátil, está consolidado, e ninguém estará à espera de um grande resultado ou de uma grande derrota do PCP.

Em resumo, aproxima-se a data de umas eleições autárquicas que, muito mais que eleger representantes do poder local, poderão ser o primeiro passo para a emergência de um novo paradigma político, com novos protagonistas, em Portugal.


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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CONVERSA DE DOIS AMIGOS NO DIA 30


O Joaquim telefonou ao Manuel para perguntar como passou as férias:
Depois dos cumprimentos tradicionais e dos pormenores da saúde da família, etc, o diálogo encaminhou-se para as eleições de ontem:

Joaquim: - Então quem ganhou aí as autárquicas? Os que estão ou outros?

Manel: - Mas porque fazes essa pergunta? Eles são todos do mesmo género, o que querem é o seu próprio enriquecimento e dos seus familiares e amigos, e fazem uma ou outra obra para terem do seu lado o construtor amigo e iludirem o Zé Povinho.

Joaquim: - Mas não estás a inventar nada de novo e mesmo os que perderam não deixam de mamar à sombra do poder. Mas qual foi o grupo vencedor?

Manel: -O vencedor foi o partido XIS, mas sei apenas dois nomes da lista e, mesmo desses, não faço a mínima ideia das suas qualidades e defeitos. Como de costume, os eleitores votam às cegas e só depois, a pouco e pouco, é que vêm a saber algumas das nódoas passadas dos eleitos, como tem acontecido com o Passos, o seu amigo Relvas, o Machete, e muitos outros. Esta forma de democracia é uma grande açorda!!!

Joaquim: - Mas aí não tiveram a sorte de ter um candidato dinossauro que iria, com a sua experiência, competência e generosa dedicação, tornar toda a gente rica e feliz.

Manel: - Estás a brincar. Esses tipos o que querem é aumentar o seu património para subirem na lista dos mais ricos do País e do Mundo. Nesta época em que vivemos não podemos esperar tal generosidade de políticos. Se for encontrado um com tal dedicação e honradez, deve ser logo feita uma estátua.

Joaquim: - Enfim, passou-se o dia, parte do dinheiro dos nossos impostos vai ser entregue aos grupos de candidatos mais votados para suprir as despesas que fizeram na campanha e o povo deixa de contar com tal quantia e vai continuar na mesma, apenas com a diferença de terem mudado as moscas.

Manel: - Agora sou eu que te chamo ingénuo. Então não tens reparado que cada mudança traz piores condições de vida e mais sacrifícios para o pagode, que aumenta o número dos beneficiados com as subvenções vitalícias que procuram manter ocultas para o povinho não saber da pouca-vergonha? Vê lá se os que eram pobres antes de serem eleitos voltaram a sê-lo!!!

Isto é ficção, pois estamos a 23!!!

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domingo, 22 de setembro de 2013

COMUNICAÇÃO MENOS CUIDADA É ARMADILHA


Temos «visto e ouvisto» (expressão de Miguel Relvas, íntimo de Passos) o muito que se diz acerca da falta de competência e de isenção dos jornalistas. Mas não devemos acreditar cegamente em tudo o que se diz, embora não devamos recusar nada do que nos chega. «Sejemos realistas», como aconselha Passos Coelho.

Aliás, quem aprendeu os pormenores do processamento de informações não pode esquecer que cada indício ou notícia, independentemente da sua fonte, constitui uma peça do puzzle que representa o resultado final, a informação. Nenhum indício deve ser sobrevalorizado, porque o Puzzle não é apenas uma peça, mas nenhuma delas pode ser desprezado porque o trabalho final não fica completo sem qualquer das peças.

Consta num post que o PSD parece sentir-se encurralado e agora surge mais uma peça do puzzle a parecer reforçar tal hipótese. Trata-se da notícia Passos agradeceu aos candidatos que não têm «vergonha» de apoiar o Governo. O facto é que os agradecimentos ou as comendas e oe prémios são dirigidos a casos excepcionais e não à generalidade. Ora, se Passos agradeceu a estes, isso demonstra que ele tem dados que, para ele, são convincentes de que a maioria dos candidatos a autarcas do seu partido têm vergonha de dizer que apoiam o Governo. Estará correcto esse pensamento do PM? Não será apenas um exagerado sentimento de cerco e claustrofobia?

De qualquer forma, seria bom para o PM que, antes de falar em público, se esforçasse por usar de alguma inteligência e evitasse evidenciar os seus sentimentos mais secretos que podem comprometer o êxito que deseja obter na impressão das suas palavras nas mentes medianamente informadas dos eleitores.

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

AMIGO ANTÓNIO EM ENTREVISTA


O Amigo António, já aqui referido várias vezes, sempre com a humildade da sua opinião esclarecida embora raramente em consonância com o «politicamente correcto», ofereceu-me uns apontamentos da entrevista que deu à professora de sociologia Arlete de Betencourt e que pensa que esta não tornará pública.

P. O Sr. tem emitido opiniões que chocam os diversos partidos. Afinal qual é o seu partido?

R. Não tenho clube de Futebol como não tenho partido político. Por vezes, perante a insistência nesta pergunta, acabo por dizer que o meu partido é Portugal. Raramente vejo um partido apresentar ideias e argumentos que concorram para um Portugal mais rico e mais solidário e, quando surge uma dessas excepções, evidencio o meu agrado pela atitude de tal partido. Mas isso significa apenas que aplaudo essa ideia. Hoje existe fraco espírito de missão e os entusiasmos próprios de fugidios momentos, raramente se integram numa ideologia coerente vantajosa para satisfação dos portugueses. Mas, como em tudo o resto, só servem para impressionar agradavelmente os eleitores.

P. Mas pode dizer-me em quem tem votado?

R. Nunca votei num partido como muita gente faz «porque esse foi sempre onde votei desde o início». Há pouco mais de meia dúzia de anos, em eleições em que o candidato é uma lista, o meu voto foi em branco, como uma manifestação de ausência de confiança em todas e cada uma das listas. Agora o espírito é o mesmo, mas opto pela abstenção para que os partidos, em que não confio, não beneficiem do subsídio correspondente a mais um voto. É que cada voto que entre nas urnas, mesmo nulo ou branco, conta para o subsídio que os partidos recebem do nosso dinheiro.

P. Pelos vistos não gosta das listas concorrentes a eleições.

R. Realmente, não. Não é lógico que se vote numa lista, por vezes de dezenas de pessoas que não conhecemos. E tem havido casos em que, mais tarde, delas tem saído grandes malandros, quer viciados na corrupção, ou no tráfico de influências, ou no roubo de gravadores a jornalistas, ou em negociatas de promiscuidade entre interesses públicos e privados, autores de leis mal feitas, por incapacidade ou por má intenção, etc., etc. Por isso, defendo que não devemos votar numa lista em que haja indivíduos em que não tenhamos o mínimo, de informação segura para neles acreditarmos.

P. Qual é a sua opinião sobre a forma como decorrem as campanhas eleitorais?

R. A minha opinião é a pior possível. Normalmente não passa de uma técnica de publicidade duvidosa, para não dizer falsa, por vezes orientada por técnicos de publicidade comercial, com promessas de autênticos milagres que curam todos os males e geram um paraíso onde não faltam os sucessos e os prazeres do maior bem-estar. Estas patranhas sem lógica nem possibilidade de concretização, não convencem os eleitores com inteligência acima da média a não ser os que estão interesseiramente amarrados ao partido e que vão votar no seu próprio tacho. A restante população, tal como compra a banha de cobra, ou outra mesinha cura-tudo ou o bilhete de um sorteio ou aproveita o crédito que lhe impingem e que depois o coloca em dificuldade para pagar com juros, deixa-se levar pelo político bem falante que garante ou assegura que o voto lhe vai trazer o melhor com que sempre sonhou.

P. E acha isso inconveniente?

R. Não posso deixar de considerar um sistema péssimo. A democracia não funciona, convenientemente, com eleitores abúlicos, apáticos, desinformados que agem como dóceis rebanhos conduzidos para o açougue por pastores que não merecem a confiança das ovelhas. Depois ficam com uns mandatários mal escolhidos, sem preparação, sem a honestidade suficiente, que rasgam as promessas feitas na campanha e actuam segundo os seus caprichos, custe o que custar, sem darem contas nem explicações a quem os mandatou, como se fossem ditadores ou oligarcas autoritários e arrogantes, sem que os seus mandantes, os que os escolheram, os possam destituir por não corresponderem ao contrato feito ao serem eleitos, isto é, não cumprem as promessas pelas quais em troca receberam o voto.

P. Mas Portugal tem melhorado apesar de tais inconvenientes?!

R A esta sua pergunta, costumo responder com muita ironia: É verdade que depois do 25/A, passámos a ter televisão a cores, por cado por fibra, internet, telemóvel, computadores, tablets, e-mail… Mas isso foi a evolução do globo, em que a nossa posição não sobressaiu como gostaríamos. A comparação com os países europeus não é favorável de uma maneira geral. Os nossos governos têm piorado na forma como encaram a desejável melhoria da qualidade de vida. Cada mudança acaba por aumentar a quantidade de sanguessuga que se alimentam do nosso dinheiro, sem trazer melhor qualidade ao País. Aumentam as fundações, os observatórios, as PPP, os assessores, os consultores, mas do seu trabalho não tem resultado desenvolvimento para Portuga. No entanto florescem os ex-políticos, todos a viver na maior (mesmo os que entraram na política de tanga), os bancos, os serviços e empresas públicos e os coniventes e cúmplices.

P. Acha que a crise política de há dois meses e meio teria sido melhor resolvida com eleições antecipadas?

R. Não havia necessidade nem vantagem. O país nestes quase 40 anos não melhorou com mudanças de governos. Tem vindo a piorar continuamente e agora as eleições antecipadas seriam mais um agravamento: tempo perdido, custos das eleições e depois o aumento dos parasitas do Estado, porque o novo governo traria mais sugadores do erário a somar aos já existentes. Porque, embora este governo diga que para os eleitores não há direitos adquiridos e faça cortes cegos em tudo quanto esteja ao seu alcance, os políticos não são alvos disso pois os seus «direitos adquiridos» têm sido respeitados, porque, entre si, eles são de uma solidariedade sem hesitação, num compadrio que ignora fronteiras entre boys, sem olhar a partido. E se saem de umas funções vão para outras porque já ganharam posse e direito ao descanso eterno. São inúmeros os que saltam entre o Estado e o privado que tem relações com o este, do que resulta a promiscuidade e a «podridão dos hábitos políticos» referida por Rui Machete e ele, neste assunto, sabe bem do que fala.

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