segunda-feira, 29 de junho de 2009

Compadrio e conivência nem sempre resultam

O nosso actual representante militar (MILREP) na NATO, vice-almirante Lima Bacelar, cessa funções no fim do ano e a Organização, que não funciona no estilo da nossa AR (quando tratou da substituição do Provedor de Justiça), exige que Portugal tem de dar, nos próximos dias, o nome do seu sucessor.

O tenente-general Pina Monteiro é o principal candidato à nomeação para o referido cargo, apesar dos esforços do chefe de gabinete do ministro da Defesa, major-general Rodrigues Viana, para ocupar o lugar.

Segundo notícia do DN, «o ministro da Defesa tem de lhe dar um prémio», numa altura em que já começaram a ser publicados os louvores dados por Nuno Severiano Teixeira a membros do seu gabinete, por efeito da próxima mudança de Governo. Mas os interesses coniventes do ministro não deverão sortir efeito, apesar de, nas últimas semanas, ter abordado o caso com o chefe do Estado-Maior do Exército, entre outras razões, porque Rodrigues Viana para ser nomeado teria de
primeiro ser promovido a general de três estrelas (tenente-general) - ultrapassando quase uma dezena de oficiais mais antigos ou, em alternativa, com a maioria deles a ser promovida -, que, não sendo curial, daria acesa polémica num sector sensível da vida nacional, até porque "não há vagas para promoções a três estrelas" no Exército, tendo a última ocorrido "há mais de um ano".

Para conhecer melhor os pormenores desta intromissão política nas Forças Armadas, convém ver toda a notícia, clicando aqui e aqui.

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