Um escândalo que está a chegar ao fim, mas de maneira escandalosa e pouco dignificante para os principais partidos políticos. O Provedor da Justiça devia ter sido substituído há cerca de um ano, por ter terminado o mandato. O seu substituto devia ter sido nomeado de forma a tomar posse no dia seguinte ao termo do mandato de Nascimento Rodrigues.
Mas a incompetência, a ausência de sentido de Estado, impossibilitaram a nomeação que ainda não teve lugar. Um escândalo porque, sendo este um assunto de Estado, de interesse nacional, não concitou acordo entre os principais partidos para se concretizar em prazo aceitável. Mas, pelo contrário, num assunto sem interesse nacional, o da «lei do financiamento dos partidos, porventura convalidando soluções que nem sempre serão as mais adequadas», segundo a opinião do Presidente da AR, houve muita facilidade de todos os partidos para se entenderem sobre o financiamento com dinheiro vivo, a tão falada solução que coloca os partidos mais ou menos coniventes com a lavagem de dinheiro sujo de vários tipos de traficantes, corruptos, etc.
O provedor de Justiça esperou e, ao fim de um ano, perdeu a paciência e, muito bem, renunciou às funções, tomando todas as medidas de respeito e consideração pelas duas figuras mais altas da hierarquia do protocolo nacional. Foi uma lição aos partidos de sentido de Estado, de sensatez e de sentido da responsabilidade. Nascimento Rodrigues merece, por isso, o aplauso dos portugueses, ao contrário dos partidos políticos colocados em cheque.
Alguns títulos sobre o tema:
- Provedor de Justiça renuncia e critica partidos
- PSD “disponível para tudo” e PS “empenhado” na eleição de novo provedor de Justiça
- Manuela Ferreira Leite “compreende” decisão de Nascimento Rodrigues
- Nascimento Rodrigues renuncia e alerta para “problema de responsabilidade política”
- Provedor de Justiça entregou carta de renúncia
- Nascimento Rodrigues renuncia ao cargo de provedor de Justiça
Leituras
Há 10 horas
4 comentários:
Caro João Soares
Eu aí concordo com o que está a acontecer. Isto de nomear para a área da justiça alguém independente e isento é demasiado perigoso para os principais partidos.
João
Escândalo? Não acho... é a "nata" da politiquice portuguesa. Infelizmente!
Abraço
Caro Fernando Vouga,
Tem razão. Mas porque será que os partidos fizeram a lei assim? Só fazem asneiras!!!
Uns irresponsáveis. Há um ano deviam ter cumprido o seu dever. Demitam-se!!!
E, depois destas provas de incompetência têm lata para andar a mendigar votos!!! E o povo mantido em coma induzido, deixa-se enganar, alegremente!!!
Abraço
João
Amaral,
politiquice, competição nas tricas, nas acusações inconsequentes... é isto a baixa política de «altos cérebros».
Um abraço
João
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