segunda-feira, 8 de junho de 2009

política e futebol

Durante as duas últimas semanas de campanha eleitoral e na noite das eleições, veio confirmar-se a semelhança entre a política (com minúsculas) e o futebol, apenas com uma diferença de peso: no futebol a vítima é a relva do estádio, enquanto na política a vítima é a população não pertencente à corte do partido governante ou dos que esperam sê-lo.

No futebol, os clubes contam os contos das competições enquanto os partidos contam os votos. Há aqui uma diferença, os pontos são adquiridos com o esforço, a competência e a habilidade dos jogadores e um pouco de sorte, enquanto na política os votos dependem da imagem que cada eleitor faz dos candidatos o que leva os partidos a denegrirem ao máximo os concorrentes e a fazerem as mais descabeladas promessas em que muitos eleitores, demasiado inocentes e crédulos se deixam embarcar.

E, se no futebol pouco se fala da relva ou dos estádios, também na política, como acabámos de ver nestas eleições, pouco se fala da Europa, de Portugal ou das pessoas e do que estas poderão beneficiar com esta ou aquela medida.

Porém, talvez por distracção, um dos concorrentes disse que o Governo não deve fazer investimentos ou tomar outras decisões que possam vir a dificultar a actividade do Governo seguinte. Esta deveria ser uma preocupação permanente e que devia constar no já aqui sugerido «código para bem governar» que devia ser uma lista de preceitos gerais assentes em valores e princípios éticos que conduzissem à convergência prévia de vontades partidárias para as grandes decisões estratégicas, com repercussões duradouras.

Dessa forma se evitariam esbanjamentos de recursos de paragens de obras ou reformas iniciadas pelo Governo anterior (Barragem de Foz Côa, túnel da CREL em Belas, aeroporto na Ota, etc.)

O Código para bem governar foi referido nos seguintes posts:

- Alguns não gostam da verdade
- Ética na Política
- Políticos mais competentes e com personalidade
- Código de bem governar
- Políticos, pensem no País
- Remunerações de gestores
- Enriquecimento «ilegítimo»?
- Ganhar eleições ou ganhar os portugueses?

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