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quinta-feira, 28 de março de 2019

A ÉTICA NA POLÍTICA

A ética na política
(publicado no DIABO nº 2204 de 29-03-2019, pág 16)

A UE quer aplicar impostos directos às pessoas dos Estados-membros para reforçar o seu orçamento. Mas como? Se a UE pretende ser considerada democrática, esse objectivo não pode surgir da mão de um autocrata qualquer, por impulso ou capricho de um “poderoso” não eleito, e sem ouvir os pareceres dos representantes dos estados membros. E estes representantes devem ser escolhidos em função da sua comprovada experiência ao serviço dos interesses nacionais do seu país, da sensatez e da resistência a pressões de interesses particulares. Se este assunto não for tratado com muita prudência, arriscamos ter novos casos semelhantes ao Brexit, principalmente nos países menos desenvolvidos. Os contribuintes de tais impostos não aceitarão estar a contribuir para suportar os funcionários da UE que têm salários muito superiores aos valores em uso em muitos Estados europeus e que, aos 50 anos, são reformados com pensões escandalosamente altas em relação às da maior parte dos estados, além de mordomias como viagens, etc.

Não é aceitável que os altos “responsáveis” pelos destinos da UE usem o sistema primário de navegação à vista e que aliem uma perigosa ignorância do respeito pelas pessoas ao desejo de ostentarem, de forma exagerada, o poder de que estão investidos.

Os detentores de altos cargos da UE devem ser escolhidos por qualificados representantes dos Estados-membros com dados seguros sobre a sua competência, a posse de pensamento criador e a capacidade de não se deixarem viciar em burocracias desnecessárias que dificultam a convergência de medidas eficazes para um futuro melhor. E é indispensável o conhecimento das realidades quanto a potencialidades e a factores específicos, por forma a concentrar-se na definição de uma estratégia adequada e a tomar decisões independentes de interesses particulares, mas vocacionadas para o futuro que a maioria dos europeus deseja.

Não convém que a UE siga exemplos de Estados-membros transformados em Repúblicas Familiares em que se queira aparentar uma harmonia aparente à volta do líder paternal mas sem análise profunda de todos os aspectos dos problemas, e o argumento do chefe se resuma a dizer ‘é assim e não vamos perder tempo com esquisitices’.

O amiguismo, por vezes, leva para a UE políticos que estiveram em altos cargos onde não mostraram resultados visíveis, mas que lhes serviu de estágio ao “politicamente correcto” com promessas de obras e projectos que não saíram para o real, mas que geraram esperanças tendentes a aumentar os números de votos nas sondagens, vindos de pessoas crentes e pacatas, sem sentido critico, por ausência de observação e de espírito medianamente iluminado.

A política, arte de gerir um Estado e os seus serviços públicos, exige competência para conhecer os problemas, as suas causas e os seus factores determinantes, respeitando os direitos de cada cidadão, procurando garantir as melhores condições de este exercer a liberdade a que tem direito, da forma que mais lhe agradar, mas inserida nos mais vastos objectivos do desenvolvimento nacional. A liberdade do cidadão não deve ser restringida por burocracias inúteis nem por caprichos de controladores doentios com laivos autoritários. Os acessos aos escalões do poder devem basear-se na posse de qualidades e competências comprovadas pela experiência e não pela amizade e fidelidade ao chefe. O ascendente deste deve resultar das suas qualidades e da sua dedicação à causa pública, e da sua indiferença a interesses privados.

Resumindo, a personalidade e a moral de candidatos sujeitos a escolha deve traduzir-se, com rigor, numa dedicação incondicional ao interesse nacional, à semelhança do militar que, acima de tudo, defende a Pátria arriscando a própria vida. ■

António João Soares
22 de Março de 2019

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sábado, 8 de julho de 2017

A ÉTICA DEVE SER SEMPRE RESPEITADA

A Ética deve ser sempre respeitada
(Publicado em O DIABO em 4 de Julho de 2017)

O valor de um ser humano depende fundamentalmente da sua interacção com os outros, isto é, da ética ou civismo com que se comporta. Isso manifesta-se de múltiplas formas, em diversas ocasiões, em que o respeito pelos outros é posto à prova.

Na circulação rodoviária há o código da estrada que define os deveres e direitos de cada um e são definidos por lei, entre muitos outros aspectos, o direito de prioridade e a proibição de estacionamento em condições que afectem os direitos de circulação de outros. Para o movimento de peões não existe um código semelhante e, por isso, deve haver ética e preocupação de não prejudicar o direito de os outros usarem o espaço público, com o máximo de comunidade.

Estou a recordar-me daquilo que se passou comigo, há algum tempo, no acesso à Estação da CP do Rossio. Como vinha fazendo desde algum tempo, saía do Metro dos Restauradores, entrava para a estação e subia a escada rolante. Naquele dia em frente da entrada estavam duas senhoras, talvez mãe e filha, tendo saído ou querendo entrar, que tinham alguma hesitação e conversavam (ou discutiam) e dificultando que outra pessoa entrasse ou saísse sem ter de as empurrar para um lado. A seguir, um casal estava a impedir o acesso à escada rolante que subia, sendo preciso dar-lhe um toque no braço e dizer «com licença, faz favor». Dias depois, neste segundo local, um indivíduo, a caminhar para trás, ao mesmo tempo que conversava com outras pessoas, obrigou-me a dar um salto para não tropeçar na perna dele e cair. Tal queda poderia ser danosa para um octogenário.

Estes casos não são raros, infelizmente, e demonstram impreparação de muita gente para viver com respeito para com os outros tal como desejam para eles. Uma distracção pode ocorrer, mas não deixa de significar falta de civismo, de ética, de educação.

Mas nem tudo é mau. Gosto de dizer «obrigado» e de fazer algo que me dê o prazer de ouvir essa palavra sempre agradável. Una dias depois do atrás referido e quando andava a reflectir sobre o caso, ouvi-a duas vezes dita de forma simpática. Às 08h00, na fila de espera para a Loja do Cidadão, estava à minha frente um mais idoso do que eu, apoiado numa bengala e mexendo as pernas mostrando incomodidade de estar em pé, como havia uma esplanada com cadeiras, aconselhei-o a sentar-se numa e que eu lhe guardaria o lugar na fila. Esta foi-se movendo por acomodação das pessoas e, às 08h30, iniciou-se a movimentação decisiva, olhei para trás e vi o sr já de pé, mostrei-me para saber onde eu estava e lá tomou o lugar inicial, com um obrigado. A segunda vez, depois de almoço, descia uma calçada muito inclinada com passeio estreito, com carros estacionados e vi que uma senhora vinha a subir, com a fadiga própria da inclinação da via, e para não termos o incómodo de ambos pararmos e nos espremermos para passar, parei num espaço mais folgado e esperei que ela passasse e ouvi o reconfortante obrigado.

Enfim, não é difícil ser amável e, muitas vezes, ouve-se o prémio da ética. Ouvir um «obrigado», «faz favor» ou outra amabilidade semelhante reconforta e dá energia para enfrentar as dificuldades da vida. Mas o relacionamento de harmonia e paz deve também existir entre os Estados e é justo que se cite o exemplo dado pela China que se preocupa muito com a boa harmonia entre Estados, como o tem demonstrado em vários casos. Antes do século VII a.C. iniciou a construção da emblemática muralha para evitar a invasão de Mongóis de outras tribos nómadas, evitando guerras. Mesmo assim, a Mongólia invadiu o seu território durante quase todo o século XIII, mas conseguiu que saísse. Também, tendo no século XIX sofrido duas invasões pela Grã-Bretanha, na «guerra do ópio», conseguiu libertar-se dos invasores. Também depois da II GM se conseguiu libertar da invasão pelo Japão. Em 1 de Abril e 2001 interceptou no seu espaço aéreo um avião espião americano EP3 que, entretanto, chocou com um dos caças chineses, que acabou por cair no mar com o piloto, e obrigou-o a aterrar na ilha de Hainan, tratando com humanidade os seus tripulantes e permitindo a sua retirada cerca de duas semanas depois.

Não consta na história que a China tivesse desencadeado qualquer guerra e merece destaque o acto de o Governo chinês ter recomendado em 05-06-2017 aos países árabes que se "mantenham unidos", face à decisão da Arábia Saudita, Egipto, Emiratos Árabes Unidos e Bahrein de romperem relações diplomáticas com o Qatar, e depois de Trump, durante a sua visita à Arábia Saudita, ter incitado ao recrudescimento da luta contra os apoiantes do terrorismo. Segundo a China, esses países devem gerir adequadamente as suas diferenças através do diálogo e consultas, e manterem-se unidos para promoverem, conjuntamente, a paz e a estabilidade regionais.

Assim, verificamos que a ética e o bom relacionamento devem ser tidos em consideração nas relações entre todos os seres humanos de qualquer classe social, até aos mais poderosos governantes.

Runa, 30 de Maio de 2017
António João Soares

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

JUVENTUDE PROMISSORA

Jovem com respeito pelos idosos

Pelas 08h30 de hoje, 5 de Dezembro, abeirei-me do vidro da marquise e olhei para o exterior, como normalmente, para ver os macaquinhos mais madrugadores do Zoológico. Vi uma senhora de idade avançada agasalhada num casaco comprido preto, ligeiramente curvada, devagar e a usar a sua bengala passo a passo mas sem coxear. Como o passeio é estreito seguia pelo meio.

Atrás, seguindo no mesmo sentido aproximava-se um rapaz de pouco mais de 20 anos, a passo largo. Iria ultrapassar a idosa dentro do meu campo de visão e esperei para ver como iria passar pela senhora e que incómodo lhe iria dar. Cerca de 10 metros antes de a alcançar, passou pelo intervalo dos carros estacionados em longa fila contínua e continuou a sua progressão ao longo dessa fila pela faixa de rodagem, contra o sentido de trânsito, até que, cerca de 10 metros depois de passar pela senhora, aproveitou outro intervalo mais cómodo e reentrou no passeio para continuar a sua progressão.

A isto chama-se ética, civismo, respeito pelos outros. Senti-me feliz durante todo o dia com este caso que demonstra que a juventude não consta apenas de malandros, pois há casos como este que nos dão grande esperança de a sociedade estar a recuperar do estado de degradação em que se encontra pela mão da geração anterior à de este jovem. E, aproveito para referir que, há dias, no primeiro patamar da descida das escadas para o Metro escorreguei no piso molhado e caí, batendo com a anca esquerda, mas sem gravidade. Um casalinho jovem acorreu a perguntar como me sentia e se precisava de ajuda. Como não quis outro socorro, ajudaram-me a pôr de pé e ampararam-me nos degraus seguintes. HÁ SINAIS POSITIVOS QUE JUSTIFICAM ESPERANÇA NO FUTURO da Sociedade que desejamos harmoniosa, pacífica e solidária.

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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

GERAÇÃO DE MENTE DEFORMADA E SEM ALMA ?



A Humanidade criou a tecnologia para ter de fazer menos esforço nos trabalhos indispensáveis, A enxada foi substituída pela charrua e esta pelo tractor e assim sucessivamente. As modernas tecnologias resolvem tudo sem necessidade de esforço físico. E muitas têm sido utilizadas para actividades contrárias às clássicas regras morais e éticas.

Caiu-se num entorpecimento que gerou em muitas famílias um alheamento entre pais e filhos em que os primeiros supriam a falta de afecto e de comunhão e diálogo com o fornecimento aos filhos de dinheiro e das novidades electrónicas por eles exigidas. Isto afastou noções essenciais de respeito pelos outros, de responsabilidade. de conhecimento da vida social, inclusivamente do dinheiro e da necessidade de trabalhar para o ganhar, etc.

O vazio íntimo gerado por esta ausência de afecto levou muita gente para o caminho das drogas, do álcool e de vícios incontroláveis. Escaparam alguns que se dedicaram à arte, a ciência e ao desporto, além dos que encontraram trabalho de que gostaram. Mas uma grande parte ficou desarmada de regras e de princípios adequados à vida em sociedade e vulneráveis a serem aproveitados para participar em crimes hediondos para que foram aliciados por «falsos ideais sociais» por vezes com deturpadas citações religiosas.

Como inverter esta degradação social? Os psicólogos, e sociólogos devem analisar bem as causas e os condicionamentos do problema e pedir a colaboração de professores para mais adaptação dos alunos ``as realidades da vida de sociedade e para os órgãos da Comunicação social afim de darem relevo aos pequenos êxitos que forem sendo detectados. Os jovens precisam de ser entusiasmados para o melhor caminho. Não se trata de trabalho duro ou violento mas exige persistência, perseverança por os resultados surgirem com lentidão.

O Papa Francisco deu orientações que devem se meditadas e aproveitadas.

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sábado, 16 de julho de 2016

RESPEITO, AMOR E ARGUMENTOS SÃO ARMA PODEROSA

Transcrição de texto publicado no Facebook por Luís Alves de Fraga


Conselhos a um terrorista

Se a tua ideia é conquistar para a tua causa os teus semelhantes não uses o terrorismo para o fazer. Insinua-te com a força dos teus argumentos e, mais do que tudo, com o teu exemplo irrepreensível.

Se a tua ideia é levar a que tenham medo de ti, acredita que não é esse o caminho, porque o medo desperta o ódio e afoga a tolerância, desenvolvendo o desejo de vingança. Se acreditas que a tua ideologia é mais poderosa do que as restantes, prova-o com palavras e com acções dignas.

Se te julgas detentor de uma verdade irrefutável pensa que, antes de a teres como verdade, eras igual a todos os outros e, assim não podes condenar o teu próprio ponto de partida: conquista-o pela palavra, pela acção da tua argumentação.

Se julgas que, por teres armas mortíferas, és mais forte do que os outros desengana-te, porque a arma não dá força permanente… Quem dá força permanente é a razão, é a lógica dos teus argumentos.

Se pensas que ganhas o perdão de todos aqueles a quem aterrorizas, fica ciente que o perdão não nasce do medo, mas do amor.

Se imaginas que, morrendo por uma causa, dás força a essa causa, desilude-te, porque os teus mentores podem sempre, porque estão vivos, mudar de ideias e tu, porque estás morto, nunca poderás mudar de condição.

A glorificação de uma ideologia e a de Deus só se conseguem com gente viva e não com mortos. A tua vida vale mais do que a tua morte.

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

O CASO DA GRÉCIA É UM ALERTA E UMA LIÇÃO

No mundo louco actual, devemos procurar gerir cada dia da forma mais adequada do ponto de vista de ética, do respeito pelos outros e sem arriscar o amanhã que é, cada vez mais, imprevisível e preocupante.

A Grécia, de que agora tanto se fala, como se fosse o factor essencial da construção de um mundo melhor constitui um alerta e deve ser ponto de partida para uma análise profunda pelas forças que estão a sujeitar o mundo actual. Deve ser uma lição para pensadores e homens de acção bem formados e bem intencionados.

Ela é um sinal evidente do mal de que sofre a sociedade actual, em que há uns «espertos» muito ignorantes e sem capacidade para viver decentemente, que entram na política movidos por obsessiva ambição de grandeza pessoal e, depois, só fazem asneiras com o dinheiro que sacam aos contribuintes. Infelizmente, o fenómeno está generalizado e está a acontecer, dramaticamente, por todo o lado.

O futuro está a apresentar-se com perspectivas muito negras. Ou a anunciada extinção das espécies dá cabo do ser que se considera racional (mas que devia aprender muitas lições dadas pelos ditos irracionais) ou, certamente, haverá uma revolução geral que tentará pôr ordem nisto. Não será por acaso que o Estado Islâmico se mostra tão activo e com muitos apoiantes.

Na Grécia, o dinheiro público tem sido, do antecedente, saqueado por todos. Porque o exemplo dos maus políticos acaba por servir de orientação para os cidadãos com menos escrúpulos. Por seu lado, os «credores» também têm muita culpa porque cada empréstimo é feito como um investimento que rende bons juros e, depois, mesmo que não seja totalmente liquidado, já foi coberto pelos juros, entretanto, recebidos. São investimentos sem critério ético nem humanista, sem generosidade para ajudar a adoptar melhores soluções para as pessoas. Não passam de frias acções contabilísticas da estrutura financeira.

Não tem aparecido quem alerte claramente para esta imoralidade de escravização financeira do mundo pela mão de uns poucos possuídos de interesses diabólicos na sua adoração pelo dinheiro e pelo seu amontoamento ilimitado, no que são ajudados por colaboradores subservientes, como humildes lacaios sem pensamento próprio. Parece que as pessoas têm medo de «chamar os nomes aos bois». E vivem apaticamente continuando a votar às cegas arrastadas pela vontade dos mais palavrosos e que dizem coisas fantasiosas que as pessoas gostam de ouvir, mesmo sem as compreenderem nem procurarem meditar nelas, minimamente.

Ainda sobre a Grécia, podemos reparar que todos os «responsáveis», a qualquer nível, são uns troca-tintas, sem capacidade de raciocinar coerentemente, com ideias de cata-vento, e ninguém aponta uma solução bem estruturada com hipótese de êxito. Têm andado, durante exagerado tempo, num jogo de empurra, à espera de um milagre que ninguém procura imaginar como será. E, entretanto, é notório que o agravamento da vida interna na Grécia e noutros países frágeis da Europa tem vindo a ser verificado mas nenhuma ajuda técnica foi disponibilizada para prevenir um colapso. Fica a dúvida se na Europa há algum gestor com ponderação suficiente para tal missão. É significativo que Paul Krugman, prémio Nobel, tem, por vários meios, alertado para problemas deste género. Mas os «sábios» da política não aceitam conselhos, por isso os poder ferir na sua arrogância balofa.

O Presidente dos EUA também tem dado palpites à UE, mas a sua credibilidade também é afectada porque pensa que o mundo melhora com o negócio do Complexo Industrial Militar, contra cujos perigos Eisenhower alertou os Poderes. Armas poderosas para a Ucrânia servem para desafiar os Russos o que pode originar nova Guerra Mundial. Armas para a Síria são resultado da guerra interna provocada pelos States quando houve o desentendimento quanto à passagem pela Síria dos gasodutos da Rússia e dos Emiratos Árabes. Apoiaram a guerrilha interna contra o Presidente Sírio o que acabou por originar o actual massacre levado a cabo pelos jihadistas. Por outro lado, estes também são resultado da guerra do Iraque, iniciada há cerca de 12 anos, por um motivo que não passava de mentira e fantasia.

É angustiante pensar na forma como a vida do ser humano, no actual mundo louco está a ser condicionada por ambição e estupidez de péssimos políticos…

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terça-feira, 28 de abril de 2015

UM NOVO 25 DE ABRIL - SEM ARMAS

Transcrição da

Alocução proferida pelo Coronel e escritor David Martelo no IASFA/Porto, por ocasião do convívio de oficiais comemorativo do 41.º aniversário do 25 de Abril


A esperança portuguesa é militar, é sempre militar.

Francisco Rolão Preto


A celebração de mais um aniversário da Revolução de 25 de Abril pode constituir uma excelente oportunidade para uma serena reflexão sobre o estado da Democracia em Portugal. Um debate sobre este tema não é, de resto, oportuno exclusivamente em relação ao nosso país, uma vez que a crise internacional, iniciada em 2008, veio abalar profundamente a generalidade dos sistemas democráticos, nomeadamente na Velha Europa.

A degradação da actividade política e da ética que deve presidir à sua implementação tem sido motivo de grande desilusão, criando nos cidadãos a amarga ideia de que grande parte dos agentes políticos, em vez de constituírem exemplos de probidade e de civismo, são, pelo contrário, incumpridores de leis e de promessas eleitorais. Na política, à vista de todos, se fazem estágios e se ganham currículos que, depois, habilitam os que deviam servir o Estado a construir prósperas carreiras no sector privado. A acção da Justiça, por outro lado, tarda a convencer os cidadãos da sua eficácia, discrição e independência.

A conjunção da crise internacional com os erros próprios produziu uma legião de desempregados e espalhou pelos lares portugueses a dor, o desânimo e o medo. Sim, o medo!

Os sintomas de desordem vão-se acumulando.

Já não se trata da desordem nas ruas. É a desordem ao mais alto nível, na indizível liderança política e empresarial. Verdadeiras hecatombes financeiras são fabricadas em bancos e empresas de topo, a uma cadência de autêntico pesadelo. O país, atónito, assiste, pela televisão, ao desfilar de personalidades tidas como pertencentes à nata da nossa elite empresarial, quase todas elas preferindo passar por imbecis desmemoriados a correrem o risco de assumir, com coragem, as suas responsabilidades. No meio desta manifesta desordem, parece, por vezes, que os detentores do poder político pretendem, ainda, que os cidadãos achem normal e se acomodem passivamente às sucessivas anormalidades da governação.

Aqui e ali, ouvem-se vozes clamando que é necessário fazer um novo 25 de Abril.

Portugal teve, infelizmente, demasiadas intervenções militares na política, desde 1820. Algumas delas destinaram-se, sem dúvida, a pôr fim a algum tipo de “desordem”. Deve sublinhar-se que o Exército sentiu, por diversas vezes, esse chamamento dos Portugueses, mesmo quando em regime democrático. E esse chamamento foi visto, até, de forma regeneradora, tão fundo se tinha despenhado a esperança democrática.

Em 1890, após o Ultimatum britânico, Eça de Queiroz, em carta para Oliveira Martins, lançava uma ideia, um quase lamento, a propósito da esperança nas armas:
«É necessário um sabre, tendo ao lado um pensamento. Tu és capaz de ser o homem que pensa – mas onde está o homem que acutila?

Três décadas mais tarde, já nos últimos tempos da I República, era o próprio Fernando Pessoa que partilhava dessa visão redentora, quando afirmava:
«Nossas revoluções são, contudo, e em certo modo, um bom sintoma. São o sintoma de que temos consciência da fraude como fraude; e o princípio da verdade está no conhecimento do erro. Se, porém, rejeitando a fraude como fundamento de qualquer coisa, temos que apelar para a força para governar o país, a solução está em apelar clara e definitivamente para a força, em apelar para aquela força que possa ser consentânea com a tradição e a consecução da vida social. Temos de apelar para uma força que possua um carácter social, tradicional, e que por isso não seja ocasional e desintegrante. Há só uma força com esse carácter: é a Força Armada.»

E, noutra passagem, resumia, assim, a sua reflexão:
«Assim, em vez dos políticos de profissão, (a República) passará a governar pelo exército, que é, de espírito, o contrário deles...»

Tinha razão Fernando Pessoa na distinção que fazia entre o espírito de servir, dominante nas Forças Armadas, e o espírito de servir-se que prevalece em demasiados políticos profissionais. Neste aspecto, o julgamento de Pessoa mantém-se rigoroso e actual. Também não falta, para convergir com semelhante solução, o incompreensível menosprezo e as muitas desconsiderações a que os sucessivos governos têm votado os militares.

No entanto, é indispensável ter a lucidez necessária para reconhecer que a solução da força militar – por muitas razões de queixa que os cidadãos tenham do funcionamento do regime – é completamente desajustada nos nossos tempos. A simpatia internacional que o 25 de Abril suscitou há 41 anos, transformar-se-ia agora em condenação e boicote. Nessa hipótese, qualquer tentativa de exercício do poder imediatamente tropeçaria nas amarras que nos ligam à União Europeia e à União Monetária.

Mas fazer algo equivalente a um 25 de Abril é tarefa que está ao alcance de todos os Portugueses. Em cada ocasião que se realizem eleições, passa diante dos cidadãos uma oportunidade de mudança. Se há fenómeno que doa aos militares de Abril é, justamente, constatar a alta percentagem de abstenções verificadas nas idas às urnas, delapidando uma das armas mais importantes da liberdade que a revolução restituiu ao povo.

É desconsolador ouvir dizer que os partidos são todos a mesma coisa e que não vale a pena votar. Se pensarmos deste modo, jamais conseguiremos a salvação. Não há Democracia sem partidos políticos. Os partidos, mesmo quando falham na sua acção, podem regenerar- se, modificar-se ou desaparecer. Novos partidos se poderão formar.

Não, a esperança não é militar. É civil e está onde deve estar:nas mãos das Portuguesas e dos Portugueses.


Porto, 25 de Abril de 2015

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UM NOVO PORTUGAL É URGENTE




Tal como a Páscoa é a ressurreição para uma vida nova mais socialmente justa, também a data de 25 de Abril deve ser a partida para uma nova era de moralidade, ética e justiça social. Faça-se tal renovação já. Que as próximas eleições para a AR e para a PR sejam uma séria PROMESSA DE MUDANÇA, para «LEVANTAR HOJE, DE NOVO, O ESPLENDOR DE PORTUGAL.

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

SISTEMA FINANCEIRO, DINHEIRO, VALORES ÉTICOS

Os problemas que, recentemente, afectaram vários bancos e, agora,tiveram ponto alto com a crise do BES, vão levar as pessoas a olhar de frente para todos os aspectos do sistema financeiro. Muita gente estará implicada e outros bancos terão problemas semelhantes embora com outra dimensão. Uma notícia diz que «o caso BES foi uma "machadada enorme" dada ao mercado de capitais e à confiança dos investidores na informação e no funcionamento do mercado».

Vai-se confirmando o apocalipse esboçado por Paulo Baldaia que poderá estar próximo.

Este país não tem solução enquanto todos os poderes pactuarem com um sistema
-que favorece o enriquecimento ilícito,
-que julga na praça pública por ser incapaz de fazer justiça nos tribunais,
-que despreza a competência e aplaude o amiguismo,
-que se mostra totalmente incapaz de promover a igualdade de oportunidades.
-que recicla os donos disto tudo mas apenas para substituir uns pelos outros.

E, depois disto, você continua a ter confiança no seu banco?
Continua a investir as suas poupanças em acções para ter melhores resultados?
Acha que a felicidade depende do volume da sua fortuna?
Não será o dinheiro a pior droga criada pelo homem quando se usa descontroladamente e com obsessão?
Não será oportuno investir algum tempo, diariamente, na meditação que conduza a rever a escala dos valores éticos, morais, no funcionamento da sociedade?

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quarta-feira, 5 de março de 2014

POLÍTICO SEM AUTO-CONTROLO


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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

DUVIDA SOBRE A CAPACIDADE DOS GOVERNANTES

O Reitor da Universidade de Lisboa mostra-se céptico em relação à nossa classe política, conforme artigo de «notícias ao minuto»

O Sr Reitor foi cuidadoso e correcto ao utilizar o verbo duvidar. Mas o facto da incapacidade não surpreende. Basta olharmos para o critério de admissão às Jotas (Ver aqui), em que impera a ambição e o oportunismo de pessoas falhadas na avaliação escolar que procuram maneira fácil e vistosa de buscar garantia de futuro.

Depois a mentalidade nos partidos de competição para os votos por qualquer forma, a especulação, a ganância e apresentação de listas eleitorais com nomes que não foram devidamente apresentados aos eleitores o que leva estes a terem de escolher não pelo valor ético, moral, cultural, académico ou de experiência profissional, mas a optar pela lista cuja propaganda ou interesse pessoal mais o motiva. Só muito depois das eleições e casualmente se vão conhecendo os eleitos, como os casos de Duarte Lima, Isaltino, Carlos Peixoto, Ricardo Rodrigues, Jorge Barreto Xavier entre muitos outros.

As eleições, embora sejam o acto mais significativo da democracia, constitui uma farsa em que os eleitores não têm condições para escolher os cidadãos mais válidos, mas apenas os mais ambiciosos unidos entre si por obscuros laços de empatia, de conivências, cumplicidades e trocas de favores.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PODER DO MARKETING E DA PUBLICIDADE


O Marketing e a Publicidade têm muito poder e conseguem impingir produtos sem qualidade ou de qualidade duvidosa. Confirma o velho aforismo que diz que «o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente».

Por isso, os seus técnicos devem ser possuidores de ética, honestidade e sentido de responsabilidade perante toda a sociedade.

Não é por acaso que a «Associação APECOM critica o consultor de comunicação que ajudou Passos a liderar o PSD». A Direcção da Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM) emitiu ontem um comunicado em que se demarca das declarações de Fernando Moreira de Sá, consultor de comunicação que admitiu a manipulação da comunicação social e de debates durante o processo de eleição de Pedro Passos Coelho como líder do PSD, em 2010. Pretende com esta admoestação «separar o trigo do joio», para que os outros técnicos não sejam lesados por suspeitas de serem iguais.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PALAVRAS COM SIGNIFICADO ESPECIAL DE AUTOR DA ÁREA DO GOVERNO

Transcrição de artigo que tem significado especial por as palavras citadas serem de um  militante do principal partido da coligação:

Paulo Teixeira Pinto aconselha políticos a «exercício de quase tortura»
TSF. 04-11-2013. Publicado às 13:04

O social-democrata Paulo Teixeira Pinto, numa entrevista à TSF, acusa a 'troika' de estar a perverter a democracia e aconselha os políticos a um «exercício de quase tortura».

Numa altura em que se multiplicam as vozes e os protestos contra os cortes nos salários e pensões e contra o Orçamento de Estado, Paulo Teixeira Pinto, numa entrevista à TSF, lembra que os políticos deviam colocar-se na posição do outro, dos que são afectados pelas medidas de austeridade e deviam fazer um exercício de quase «tortura psicológica» ao imaginar viver com baixos rendimentos.

O ex-presidente do BCP, militante do PSD e atual presidente da editora Babel, considera que este seria também «um exercício de lucidez e honestidade», até porque os políticos não devem esquecer-se que o poder que têm é apenas emprestado pelos portugueses.

Já sobre a 'troika' este social-democrata fala de uma perversão democrática tendo em conta que os credores impõem medidas ao país sem terem a legitimidade dos votos.

Nesta entrevista à TSF, Paulo Teixeira Pinto, que foi o coordenador do projeto de revisão constitucional, proposto pelo PSD, sublinha que tanto o Tribunal Constitucional como os políticos devem conformar-se com a atual constituição e considera que os juízes do Palácio Ratton não devem sentir-se pressionados pela realidade económica e social, só devem olhar para o respeito pela lei fundamental.

Como presidente da Babel, Paulo Teixeira Pinto confessa que ficou impressionado com o impacto do livro de José Sócrates, com a marca desta editora, que em apenas uma semana confirmou o sucesso de vendas, apenas ultrapassado pelos irredutíveis gauleses, a banda desenhada que trouxe de regresso o Astérix e o Obélix.

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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

JORNAL ANGOLANO OBRIGA A SÉRIA REFLEXÃO


A notícia Jornal de Angola ataca de novo "elites portuguesas ignorantes e corruptas" obriga a séria e profunda reflexão a fim de serem tiradas as devidas conclusões e, eventualmente, ao olhar para dentro, proceder a revisão da nossa sociedade.

As frases seguintes talvez não sejam calúnias ou acusações gratuitas e poderão servir de alerta para uma auto-análise, uma introspecção que conduza a um «mea culpa», isto é a um processo de regeneração:

… a comunicação social portuguesa, dominada pelas elites portuguesas corruptas e ignorantes …

… em Portugal, políticos e jornalistas, intelectuais com ideias submersas em ódios recalcados …

… não podemos continuar pacientemente à espera que a inteligência ilumine as elites portuguesas corruptas e ignorantes …


Aos políticos não adianta pedir atenção para estas insinuações, mas dos jornalistas será de sugerir, independência, imparcialidade, rigor na informação difundida e coragem em denunciar casos de tráfico de influências, de corrupção e de enriquecimento ilícito, bem como abusos contra os direitos do homem e do cidadão. Não podemos ter de continuar a crer apenas nas palavras do prof Paulo Morais.

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O MUNDO ACTUAL É MUITO COMPLEXO


Gerir as questões sociais da humanidade é, agora mais do que nunca antes, um problema muito sério que exige elevado grau de maturidade, sensatez, dedicação e espírito aberto.

Ontem, casualmente, ao passar junto a uma esplanada, fui convidado por amigos, para participar numa conversação que estavam tendo com a professora espanhola doutorada em história que lecciona numa Universidade de Madrid e é autora de um livro que foca a guerra de Portugal no Ultramar e está a preparar a publicação de novo livro com assuntos relacionados com os tratados no primeiro e comparando as atitudes de Espanha e de Portugal em relação aos territórios de além-mar, elogiando o papel mais humano e civilizador dos portugueses.

A conversa foi muito interessante e, a certa altura, foi colocada a interrogação acerca dos efeitos a prever para a humanidade advindos da postura do Papa Francisco, em termos sociais e políticos e quais os efeitos da reacção que parece estar a ser levantada no sector conservador radical do Vaticano. A professora apresentou a dúvida de a maior reacção poder surgir do sector conservador (acomodado) do Vaticano, mas brotar da Ordem Jesuíta a que o Papa pertencia, e que pode não tolerar que um jesuíta deixe de defender a elite central e passe, como um franciscano, a defender a periferia social. Esta espécie de traição ou deserção pode dar origem a grave risco para Francisco devido às suas palavras e acções, à semelhança do que se passou com os seus recentes antecessores.

Hoje, tudo se apresenta muito complexo e os interesses em jogo podem surgir das origens mais ocultas e menos suspeitas. Por exemplo, ser decisor político ou líder de importante organismo nacional ou internacional exige isenção, desprendimento dos interesses próprios (da própria vida), coragem para correr os riscos de enfrentar as pressões que se lhe oponham, com intenções opostas nos aspectos de moral, de ética e dos interesses nacionais.

Governar significa olhar para as pessoas em geral, principalmente para as de menos teres.

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MEDINA CARREIRA. CORRUPÇÃO. DESPESAS SEM CONTROLO


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segunda-feira, 29 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO ENSINA


Preceitos do Papa Francisco, no Brasil, retirados de notícias da Comunicação Social

Diálogo

"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade".

Sentido ético

Aos presentes (responsáveis políticos, culturais, económicos, sociais e líderes e de outras religiões), o Papa pediu que fossem “firmes sobre os valores éticos”. "O futuro hoje exige reabilitar a política. O sentido ético é um desafio sem precedentes".

"É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos".

Justiça social

“Queria lançar um apelo a todos que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: não se cansem de trabalhar para um mundo mais justo e solidário. Não é a cultura do egoísmo, do individualismo aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável, mas sim a cultura da solidariedade.”

“Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma.” Sublinha: “Porque somos irmãos, ninguém é descartável.”

"Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível". "Os gritos por justiça continuam ainda hoje", Jesus junta-se ao silêncio das vítimas da violência que não podem gritar, sobretudo aos inocentes e àqueles que estão desamparados”, referiu, acrescentando: “Jesus une-se às famílias que estão em dificuldades, que choram a morte dos seus filhos ou que sofrem, vendo-os presos em paraísos artificiais, como a droga”.

“Jesus une-se também a todas as pessoas que sofrem de fome num mundo que a cada dia joga no lixo toneladas de comida”, afirmou.

“Jesus une-se àqueles que são perseguidos pela sua religião, pelas suas ideias, ou simplesmente pela cor da sua pele”.

Corrupção

Jesus “se une aos numerosos jovens que não confiam nas instituições políticas, porque vêm egoísmo e corrupção”.

Recado para os jovens que “muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção”: “não percam a confiança” porque “a realidade pode mudar, o homem pode mudar”.

Papel dos jovens

“Transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo, solidário e fraterno”.

A juventude é “um motor potente para a Igreja e para a sociedade”.

“Por favor, não deixem que outros sejam os protagonistas da mudança, vocês são os que têm o futuro, através de vocês entra o futuro no mundo".

"Peço-lhes que sejam construtores do futuro e se envolvam no trabalho por um mundo melhor". Essa mudança tem de começar por cada pessoa.

Animou por isso os jovens católicos para que continuem a “superar a apatia” e lutem pela mudança nos seus países.

Os jovens “querem ser um terreno bom, cristãos a sério, não querem ser cristãos pela metade, nem ‘engomadinhos’" nem "cristãos de fachada, mas sim autênticos”.

As novas gerações sejam "protagonistas da história" e "construam um mundo melhor, um mundo de irmãos". “Os jovens nas ruas querem ser actores de mudança. Por favor, não deixem que sejam os outros os actores da mudança. Não fiquem à margem da vida, não foi [à margem] que Jesus permaneceu. Ele comprometeu-se. Comprometam-se tal como fez Jesus!”

“O vosso jovem coração quer construir um mundo melhor. Sigo as notícias do mundo e vejo tantos jovens que saem à rua para exprimir o seu desejo de uma civilização mais justa e fraterna”.

Os jovens devem combater a “apatia e oferecer uma resposta cristã às inquietudes sociais e políticas que surgem nas diferentes partes do mundo”. “Peço-vos que sejam os construtores do futuro.”

Ídolos efémeros.

“É verdade que hoje as pessoas experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer”. “Frequentemente, uma sensação de solidão e vazio conduz à busca dessas compensações, esses ídolos passageiros”. “Mas tenhamos uma visão positiva sobre a realidade”.

“Sei que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que apostam em algo grande, em decisões definitivas que dêm pleno sentido”.

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sábado, 15 de junho de 2013

NUNO CRATO, O HOMEM ÉTICO


Transcrição de artigo:

Exames nacionais mantêm-se na segunda-feira, garante Nuno Crato
 TSF. Publicado em 12-06-2013 às 23:03

Após uma reunião com sindicatos dos professores, o ministro da Educação explicou que desmarcar exames com novas greves a serem marcadas «abriria um grave precedente».

Os exames nacionais de português e latim vão realizar-se na segunda-feira, assegurou o ministro da Educação, após uma reunião com os sindicatos de professores.

«Com novas graves a serem marcadas, desmarcar exames nesta situação abriria um grave precedente, tal como já tivemos oportunidade de afirmar», explicou Nuno Crato.

Na opinião do titular da pasta da Educação, «não se deve permitir por um simples aviso de greve que os exames sejam recalendarizados com consequências para alunos, pais e professores».

Nuno Crato garantiu ainda que serão encontradas alternativas para a eventualidade de se manter a greve dos professores para os exames nacionais de segunda-feira.

«Se houver alunos que não consigam realizar os exames no dia 17 será naturalmente fornecido a esses estudantes uma outra oportunidade», assegurou.

O titular da pasta da Educação recordou ainda que há sempre exames alternativos à primeira ou segunda fase e que estes «são construídos da forma mais equitativa possível, de tal maneira que o facto de não se fazer o exame numa fase e se fazer na outra não prejudica os alunos».

Nuno Crato notou ainda «pouca abertura de alguns sindicatos» durante as negociações desta sexta-feira, mas a «abertura de outros a que estes problemas fossem discutidos e que se tentasse evitar uma escalada de greves».

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domingo, 14 de abril de 2013

REFORMA DO ESTADO ATÉ AO FIM DO MÊS


Depois de quase dois anos a prometer a REFORMA ESTRUTURAL DO ESTADO, o Governo espera terminá-la até ao fim do mês.

Para reorganizar e para reestruturar existem duas Instituições com muitos séculos de história que devem se apreciadas e, de forma inteligente, imitadas. São a Igreja e as Forças Armadas. Ambas têm sobrevivido a dificuldades e momentos de quase rotura, e os seus métodos têm sido aperfeiçoados e permitem a sobrevivência com eficácia e modernização.

Quanto ao exemplo das Forças Armadas, Mac Namara, quando gestor da fábrica de automóveis General Motors, teve um êxito extraordinário e um dia explicou a chave do seu sucesso. Estudou os manuais militares e procurou neles aquilo que era aplicável à sua empresa. Reorganizou a estrutura, definindo a FINALIDADE (Missão, para os militares), fez a listagem de todas as tarefas, definiu-as de forma completa mas simples e compreensível, agrupou-as em sectores conforme as características e a importância para a consecução da finalidade geral e as suas sinergias, depois ao elaborar o organograma definiu as relações horizontais para obter os melhores resultados nas interacções dos diversos sectores.

Definiu a metodologia a usar na preparação das decisões, a que se seguia o planeamento e a programação para a acção, o controlo desta a fim de corrigir desvios, mesmo que pequenos e, no fim, a avaliação dos resultados e análise das dificuldades encontradas e das lições a delas tirar para futuro, sempre com a intenção de aumentar a inovação, a produtividade a eficiência e reduzir os custos de toda a espécie.

Quanto à Igreja, surgiram agora dois exemplos: a renúncia de Bento XVI que serviu de exemplo a Miguel Relvas que decidiu acabar com as «grandoladas», e a posição tomada por Francisco para a Redefinição da Cúria Romana, em que começou por nomear oito cardeais para a prepararem. Não deu tal tarefa a oito padres acabados de sair do seminário, sem experiência nem saber alicerçado na reflexão assente na realidade, mas a oito homens grisalhos, com capacidade comprovada por trabalho feito. Este exemplo merecia ser apreciado pelo nosso Governo, em que tarefas de grande responsabilidade são entregues em mãos inexperientes, sem capacidade para se servirem das teorias académicas e aplicá-las à realidade de forma eficaz e construtiva para fazer crescer o bem-estar da população e o emprego com base na melhoria da economia nacional. É confrangedor ver as nomeações de imberbes acabados de se licenciar e dar-lhes tarefas com que não sabem lidar e que lhes vai aguçar a arrogância e a prepotência com o agravamento de iniciarem a vida com salários da ordem da dezena de salários mínimos nacionais (acrescido de mordomias) para que não têm merecimento prático.

Mas a REFORMA ESTRUTURAL DO ESTADO, deve obedecer aos factores referidos por Mac Namara, de economia de meios e eliminação de gorduras desnecessárias ou duplicadas que só têm servido para dar tacho a «boys», aumentado o défice e a dívida soberana e criado a crise que agora nos oprime, principalmente por lhe ter sido aplicada uma solução desaconselhada por muitos entendidos no assunto. Para esse corte nas gorduras será interessante aplicar racionalmente as sugestões apontadas por Luís Marques Mendes antes de ter mudado de Canal de TV e de alterar a sua atitude em relação ao Governo e que agora se verifica que foram removidas dos arquivos da Comunicação Social.

Na reestruturação do Estado, quanto à forma de exercer a sua actuação nacional, é preciso começar pela Educação. O povo elege os seus representantes para o exercício do Poder, mas, na generalidade é ignorante e vota de forma irracional e menos consciente, mais por fanatismo no seu «clube». Qualquer balela que vem dos seus «amigos» é tida como verdade, qualquer promessa é tida como realidade; vota numa lista de que não conhece ninguém a não ser o aspecto físico do líder (há que rever o regime eleitoral). Infelizmente, e talvez de propósito, o ensino está organizado para manter tal estado de letargia. Actualmente vemos, em concursos da TV que licenciado conhecem menos as realidades do país (geografia, história, administração, etc.) do que um aluno da 4ª classe de há 80 anos. Os próprios governantes nem sequer conhecem e nem cumprem a Constituição e depois insultam uma Instituição do Estado que deve ser respeitada como as outras. Isto faz-nos duvidar como podemos ter respeito pelos mais altos eleitos?

Os políticos, salvo eventuais excepções, alimentam o objectivo pessoal de enriquecimento rápido e sem limites e, para isso, legislam para complicar as burocracias a fim de ter oportunidade de corrupção e de tráfico de influências, de onde resulta o chamado enriquecimento ilícito.. Tudo isso se passa à sombra de uma Justiça peada pela legislação e por juízes que, como portugueses, sofrem dos defeitos tradicionais, dos nossos brandos costumes, com tolerância ou fechar de olhos para criminosos políticos ou revestidos de outras formas de poder.

Com este panorama, é quase impossível esperar por uma verdadeira e eficaz REFORMA ESTRUTURAL DO ESTADO, pois os que a podem fazer, perante a venalidade tradicional, precisam de muita coragem moral para matar a sua galinha dos ovos de ouro. Foi essa a ética que aprenderam com anos de estágio nas JOTAS. Mas se tal tarefa que é urgente não houver uma solução pacifica, ela poderá ter de ocorrer de forma violenta, como teme o FMI, com um sacrifício resultante de acto corajoso e patriótico de um pequeno grupo de amantes de Portugal. Oxalá não seja necessário chegar a tal ponto.

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sábado, 13 de abril de 2013

CAUSAS E SOLUÇÕES DA CRISE


Transcrição de texto recebido por e-mail e atribuído a António Costa elemento do programa «quadratura do circulo», que ajuda a compreender realidades que têm sido ocultadas.

(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.

E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.

Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E, portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer e podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!

A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade,apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do Estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.

Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público-privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia.

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