No Jornal de Notícias de hoje encontra-se a notícia de que Professor suspeito de abuso sexual proibido de dar aulas que certamente vai merecer aplauso de muita gente. Realmente é preciso afastar o perigo que constitui grave ameaça para as crianças inocentes e indefesas.
Porém, esta decisão é contrária à que foi sugerida para afastar das funções internacionais que exerce um político ex-governante sob graves suspeitas de pressões na Justiça abusando do cargo que desempenha. É o caso de Lopes da Mota presidente do Eurojus. Os seus colegas políticos defenderam que a medida de suspensão não devia ser tomada sem que antes transitasse em julgado uma sentença condenatória. Tratava-se de um político a ser defendido por outros políticos, dando força à convicção generalizada de que fazem e interpretam as leis em seu favor, assegurando a imunidade e a impunidade, em qualquer circunstância. Da aparência ninguém os livra.
O certo é que para o professor, que não parece ser político nem muito menos ex-governante, não houve esses pruridos dos deputados de esperar pelo trânsito em julgado de sentença condenatória. Para Lopes da Mota alegavam que estamos num Estado de Direito. E agora o Estado passou a ser de esquerdo ou de torto? É lamentável que não haja coerência nos argumentos, porque sem ela não pode haver consistência e equidade nos comportamentos. Sem ela, não pode haver linhas de acção estratégica.
Para o professor, a medida parece ter sido a mais sensata, E para o outro??? Para o político???
Boas-Festas
Há 1 hora
4 comentários:
João
Pois é dois casos e duas medidas totalmente diferentes. Dois pesos e duas medidas em casos um tanto ou quanto, ressalvo, similares.
Se o professor foi bem suspenso nada a assinalar, mas e o outro será que naõ merecia também ser suspenso.
Bom S. João
Abraço
Amaral,
A minha dúvida, a minha interrogação é essa. Vários deputados aparecerem na TV a alegar que o seu comparsa não poderia ser suspenso porque Portugal é um Estado de Direito. Agora, para este caso, Portugal deixou d ser um Estado de Direito e ninguém deles vem explicar o que se passa com esta aparente discrepância, incoerência, falta de lógica e de racionalidade.
Quem são os políticos que se prestam a estas farsas?.
É por isso que não se pode ter confiança em nenhum deles. E, assim:
Quem está descontente com o que se passa menos correcto da parte dos partidos e dos políticos tem três opções: voto nulo, abstenção ou voto em branco.
Quem vota nulo constitui o grupo dos analfabetos ou malcriados que não sabem preencher o boletim ou riscam ou escrevem ordinarices.
A abstenção engloba os cobardes, indiferentes, preguiçosos que se estão nas tintas para os destinos do País.
Pelo contrário, quem vota em branco constitui o grupo dos que não concordam com a forma como os partidos estão a não encarar o destino de Portugal, a pensarem só nos seus interesses e no dinheiro vivo, e, por isso, decidem mostrar aos políticos que não confiam neles e não os consideram merecedores do seu voto.
De estes três grupos, o mais digno, lógico e sensato é o terceiro.
E, desta forma, devemos preparar a nossa participação nas próximas eleições.
Um abraço
João
Caro João,
Infelizmente é sempre assim, as leis cumprem-se mas não de igual forma para todos.
Beijinhos,
Ana Martins
Querida Ana Martins,
O problema grave é que as leis nem sempre se cumprem e de algumas vezes o não cumprimento é sancionado. Há interesses pessoais e de grupo que impedem que a lei seja igual e obrigatória para todos.
Um abraço
João
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