É difícil compreender as linhas orientadoras, se as há, da acção dos governos que temos suportado. Não foi por acaso ou para dar nas vistas que aqui sugeria elaboração de um «Código de bem governar», aceite por todos os partidos representados na AR, com vista a fazer convergir todos os esforços para o objectivo de desenvolver Portugal, para benefício da população em geral.
Ocasionalmente ouve-se políticos, como acordados de um sonho fortuito, a falar do ambiente, mas depressa esquecem esse entusiasmo fátuo. Um exemplo disso foi dado pelo actual PM, quando era ministro do ambiente, mas esgotou-se a defender a co-incineração e nem se apercebeu que, para ser favorecido o projecto do Freeport, foi autorizado um corte «ad hoc» na área protegida do vale do Tejo.
Agora, após mais de quatro anos de governação surge a notícia de que está o « Parque Natural do Douro sem vigilantes». Na argumentação balofa a que estamos habituados, poderão os governantes dizer que confiam no civismo da população e no seu sentido ecológico responsável (!!!) o que não passaria de mais uma falácia, pois não se pode esperar do povo exemplos generalizados que os próprios governantes não dão nem seguem.
E apetece perguntar qual tem sido o papel da Quercus e de outras organizações afins, acerca deste abandono de uma região que tem muito valor pela defesa da diversidade das espécies, pela beleza turística e pela sua economia em vinhos, olivais e amendoeiras.
Haja coerência na gestão dos verdadeiros valores nacionais que não se compadecem com desleixos e abusos de mãos gananciosas. Apoie-se a campanha «Limpar Portugal» e interprete-se essa limpeza no sentido mais lato que for julgado conveniente.
DELITO há dez anos
Há 7 horas
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