sábado, 28 de novembro de 2009

Governo, AR e eleitores

Transcrição de frase de Mentiroso, do post Comboios de Alta Velocidade Ultrapassados

O governo – nenhum governo – tem o direito de contrariar os seus eleitores. Foi eleito para representar a vontade dos eleitores e não a de contra ela agir. Agindo contra ela, deixa de os representar, pelo que perde a sua legitimidade. A teimosia dum qualquer governo ou parlamento em agir contra a vontade dos eleitores não lhe acrescenta qualquer legitimidade, tira-lhe a que tinha. Nenhum deles pode convencer-nos agarrando-se teoricamente à sua eleição para justificar o injustificável.

8 comentários:

Amaral disse...

João
Nenhum governo tem esse direito, mas este parece que quer impor-se esse direito. Nada de novo, já nos habituámos à arrogância deles.
Bom fim-de-semana
Abraço

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Em princípio dou-lhe razão quando diz que "O governo – nenhum governo – tem o direito de contrariar os seus eleitores."

Mas tal é impraticável em certas ocasiões. Veja-se o caso da subida de impostos (quando realmente necessária) ou de outras medidas manifestamente impopulares. Ninúém concorda, mas terá de ser...

De qualquer forma, este (des)Governo tem primado pela arrogância, teimosia e surdez.

A. João Soares disse...

Caro Amaral,

A arrogância é um defeito terrível que acaba por se voltar contra o seu agente. Sobre este tema sugiro que visite a NOTA final do post anterior.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Uma coisa é o que é teoricamente desejável, e outra coisa é a prática real, aquilo que o amigo conhece como a «conduta».
Sem dúvida que muitas decisões dos governos são difíceis de aceitar. Também quando um educador ou um professor castiga o instruendo ou educando, este não gosta. É o método do chicote e da cenoura.
Mas quando há algo mais doloroso como o aumento de impostos, deve haver uma explicação transparente que, num clima de confiança, acaba por se aceitar.
Porém não será fácil aceitar que se retire poder de compra aos trabalhadores com a mesma mão que dá muitos milhões ao BPN e a outros, quando o rendimento médio dos 20 mais ricos é imensas vezes superior ao dos 20 mais pobres, quando toda a gente não rica aperta o cinto e os bancos e algumas empresas de capital público se gabam de ter aumentado os lucros, etc., etc.
Há vários temas que devem ser meditados com calma e serenidade, muito espírito crítico e tendo sempre como objectivo um melhor futuro para os portugueses.

Um abraço
João

Magno disse...

Interesses, compadrio, a meu ver CORRUPÇÃO TOTAL, é isto que os move não lhes interessa nada os interesses de quem lhes elege.
A não ser dos boys que neles votam o resto, é apenas conversa.
Quem irá ganhar com o TGV: Mota - Engil do Coelho e companhia com as empresas que lhes convém.
Agora já se volta a falar do défice, em breve vamos voltar a apertar o cinto, mas o TGV avança. Esse não têm custos para os portugueses dizem eles...
Abraço,
Magno.

Jorge P. Guedes disse...

Concordo, mas o problema é este, segundo penso:
Qual é a vontade dos que o elegeram? Não será acontinuação da política que o governo vinha seguindo? Reelegeram Sócrates porque o acharam competente, não? Ou a maioria do nosso povo eleitor é masoquista? Ou parvo...

Um abraço.

A. João Soares disse...

Caro Magno,

Não é para aborrecer, mas vá preparando o cinto com mais uns furos a apertar. A conversa do défice não é para reduzir as despesas, mas para aumentar as receitas com mais impostos. Eles sabem pouco de contas e olham apenas para o lado que mais lhes convém.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Caro Amigo Jorgr P.G.

Tocou num ponto crucial. Tenho pena doa governantes porque, com tal confusão, não sabem o que o povo quer realmente. O povo move-se por emoções derivadas de factos menores. Vota no Isaltino condenado em tribunal, e, Valentim Loureiro metido em inúmeras trapalhadas, na Fátima Felgueiras e noutros. Esses são os seus heróis porque sabem governar-se e ter êxito na acumulação de riqueza sem olhar a meios.
Até votaram no PSD que tinha na lista dois candidatos arguidos em processos em Tribunal!
Não há moralidade, ignora-se a ética, a honradez, os bons princípios.
É assim o Portugal do século XXI.

Um abraço
João