Diz-se que, em Democracia, o povo é quem mais ordena. Em teoria e de certo modo na prática, o povo tem muito poder, mas deve saber usá-lo. Os maiores inimigos de Portugal são os medrosos, os inactivos, os qe receiam arriscar de forma calculada e sensata. E ao agir, tem que se contar com erros, mas mesmo que não se acerte a 100% é preferível a ficar parado, atado, apático, obediente, «bonzinho». « A sorte protege os audazes». E o caso a se refere o artigo de que se transcreve o início, uma mulher de fibra salvou o emprego de uma centena de pessoas. Portugal precisa de mais pessoas assim e que os cargos de maior responsabilidade estejam em mãos com fibra desta qualidade. Para ler todo o artigo basta fazer clic no seu título.
Fábrica salva por "instinto feminino"
Jornal de Notícias 29 de Novembro de 2009. Por Ana Peixoto Fernandes
Há cinco anos que as confecções Afonso laboram com sucesso nas mãos de ex-operária
Um simples "click" numa mente feminina e uma fábrica de camisas que empregava quase uma centena de pessoas em 2004 foi salva da sua deslocalização premeditada silenciosamente pelos patrões alemães.
Cinco anos depois do episódio a unidade labora com sucesso mas… nas mãos de uma trabalhadora. Com um volume de facturação de 1,3 milhões de euros estimado para este ano, 105 trabalhadores, mais dez que em 2004, e clientes fixos em vários pontos do globo, mas principalmente na vizinha Espanha, a Afonso-Produção de Vestuário, que labora ininterruptamente desde 1991 na zona industrial de Paçô, em Arcos de Valdevez, está de boa saúde e recomenda-se. Isto apesar de ninguém saber do paradeiro dos seu antigos proprietários que se colocaram em fuga a 29 de Novembro de 2004 para não mais dar a cara, depois de longas horas de braço de ferro com os seus trabalhadores. Na tarde desse dia, uma trabalhadora descobriu "por casualidade" os administradores a tentar retirar, pela calada, máquinas e mercadoria da fábrica, com a ideia de deslocalizar a produção para a República Checa.
Conceição Pinhão, 47 anos, antiga funcionária administrativa e hoje gestora da fábrica, cujo forte são as camisas para homem, diz que nada fazia prever o que aconteceu. "Não havia sinais de nada. Estava tudo normalíssimo. Foi só por uma frase que eles disseram ao funcionário de armazém que por acaso comentou comigo. Perguntaram-lhe como é que funcionavam a porta do cais e a alavanca elevatória para cargas e descargas", lembra, explicando o motivo da sua desconfiança de que algo se poderia estar a passar nas costas dos na altura cerca de 90 trabalhadores da Afonso. "Se eles eram administradores porquê aquele interesse?", refere, recordando ainda que nesse dia os patrões "saíram mais cedo, às 16h30, porque estavam cansados". "Fiquei a pensar naquilo e às 17h30 pedi à minha colega de escritório que fosse à fábrica para ver se via alguma coisa de anormal. Ela disse-me que o carro deles estava no parque e, pronto, foi aí o 'tilt'", diz. (…)
A Decisão do TEDH (396)
Há 1 hora
1 comentário:
Olá Dri,
Agradeço a sua visita a este modesto espaço e desejo voltar a recebê-la muitas vezes. Prometo também visitar o seu blogue, mesmo que o tempo disponível não permita deixar comentário.
Beijos
João
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