É saudável alimentar um pouco de optimismo mesmo que seja preocupado ou comedido, porque um pouco de esperança em melhorias ajuda a suportar as vicissitudes da vida.
Actualmente, a vida pública tem uma oportunidade que deve ser aproveitada para as convenientes reformas. Há sinais de que os partidos da oposição deixaram de se preocupar com apenas dificultar a vida do Governo, e passaram a assumir um compromisso para com o País, contribuindo para resolver os mais graves problemas que nos vêem dificultando a existência.
Sendo o ensino um sector a merecer o máximo cuidado, por ser o alicerce de qualquer evolução e tendo os professores sido tratados com tanta hostilidade e beligerância, é agradável encontrar nos jornais este título «Bloco Central pode resolver avaliação dos professores». Certamente que os outros partidos ajudarão a limar algumas arestas por forma a serem conseguidos os melhores resultados, para bem de Portugal.
Sendo o sector agrícola de grande importância, quer por tradição, quer por ser factor de emprego, quer pela necessidade de substituir importações, quer pela contribuição para as exportações, é positivo ver a notícia «Paulo Portas apresenta “plano de defesa do sector agrícola”» sugerindo medidas para obter bons resultados numa actividade que tem sido tão desprezada. Oxalá haja um entendimento geral neste campo.
No momento actual é chocante ver que a corrupção e o enriquecimento ilícito atingiram uma escala escandalosa, por pessoas de baixa formação moral terem abusado da imunidade e impunidade que tem sido cobertura para estes crimes, com a conivência do PS que se recusou a aproveitar as iniciativas de João Cravinho para encarar o combate a esta praga. Para encarar este problema de forma eficaz e decisiva, também devemos considerar muito positiva a convergência de vontades já manifestada pelos partidos mais pequenos, como se conclui das notícias «BE vai propor quatro projectos de lei contra a corrupção», «BE propõe à AR figura do "crime de enriquecimento ilícito"» e «Jerónimo: MP precisa de investigar "sem ingerências"».
Estes são sinais de que os partidos parecem dispostos a colocar os interesses nacionais numa prioridade mais alta do que vinha acontecendo. Têm sido acusados de usarem de egoísmo e de ambições pessoais, desprezando o País, mas agora dão mostras de que estão a querer alterar comportamentos. Oxalá que sim que tenham resultados e não desistam.
Os portugueses precisam que os eleitos encarem com dedicação os seus problemas de saúde, segurança, justiça, emprego, redução das despesas públicas (reduzindo o pessoal para o mínimo indispensável), eliminando a burocracia abusiva e bloqueadora que acaba por ocasionar a corrupção e outras formas de defraudar o Estado, etc.
DELITO há dez anos
Há 46 minutos
2 comentários:
Será ? Vamos acreditar que sim !
Abraço
Caro João António
Este texto é obra de um optimista inveterado, mas preocupado e moderado quanto ao grau de esperança. Pode não surgir nada de muito válido, mas não haja dúvidas que estes sinais são uma novidade, pois não tem sido costume os partidos da oposição se prestarem a ajudar a resolver os problemas que competem ao Governo.
A situação crítica do País justifica estas atitudes. Oxalá não se cansem antes de obter resultados!
A minha esperança é muito condicionada, mas admiro os sinais que estão a aparecer. E, racionalmente, deduzo que tem mesmo que haver grandes mudanças, antes que o povo as imponha pela força e à custa de algumas imolações. Ora, como essas violências não interessam aos actuais usufrutuários da corrupção, será de esperar que actuem com inteligência e evitem males maiores.
Abraço
João
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