quinta-feira, 22 de abril de 2010

Corrupção sem castigo



Depois de no post anterior se ficar com uma visão da Suécia, neste temos um retrato de um grave problema nacional, que já há meia dúzia de anos foi objecto de propostas do deputado João Cravinho, mas que continua sem um esquema sério de combate que prometa eficiência, como se deduz do vídeo publicado no post Enriquecimento ilícito. Ónus da prova.

2 comentários:

Anónimo disse...

Com um abraço, deixo-lhe este artigo que em poucas palavras descreve bem a conversa da treta:

"Diário da Manhã
Só nós é que sabemos
O senhor engenheiro relativo e Pedro Passos Coelho tiveram uma estreia auspiciosa. Não é todos os dias que dois líderes têm um encontro de três horas.


Ainda por cima, esta extraordinária audiência compara com a hora e meia que Cavaco Silva dispensou ao novo líder do PSD. É evidente que na audiência de São Bento devem ter sido passados em revista todos os grandes temas do Mundo, do Afeganistão, do Iraque, passando pela redução de armas nucleares.

Já o Programa de Estabilidade e Crescimento deve ter merecido uma singela nota de rodapé. Mas verdade, verdadinha, só o senhor engenheiro relativo sabe como é que aguentou falar três horas com Passos Coelho e só Passos Coelho sabe como aguentou falar com o senhor engenheiro relativo três horas. Só podem estar bem um para o outro."

António Ribeiro Ferreira, Jornalista - CM

A. João Soares disse...

Anónimo,

O texto que aqui traz tem a assinatura de uma pessoa observadora que, no seu estilo, chama a atenção para aspectos curiosos da vida nacional.

A duração do encontro, mesmo que tenham falado apenas de telenovelas ou de futebol, deve ter sido intencional para mostrar empenho de colaboração na reconstrução urgentemente necessáris do Portugal, agora frágil e debilitado devido ao efeito de parasitas e vírus vorazes que lhe têm sugado a seiva.

Mas será altamente perigoso se o jovem líder se deixar prender na teia de conivências e cumplicidades a que estamos habituados e em que o anfitrião do encontro é mestre.

Tenho aqui escrito repetidas vezes que somos pobres, pequenos e poucos para podermos dar-nos ao luxo de dispersar esforços, pelo que será aconselhável que, para as grandes decisões reformadoras, sejam feitas convergir as achegas de todos os seres pensantes do País, sem que premeditadamente se considere vencedora a oriunda de um ou outro sector.
A oposição pode ser de grande utilidade se procurar deixar o seu nome ligado a grandes medidas úteis para um Portugal maior e não se alegrar infantilmente por ser a que mais bloqueia a governação do País.

Não estamos em condições de desperdiçar recursos, ideias, venham de onde vierem, porque, como um dia disse Álvaro Cunhal numa reunião pluripartidária promovida por Freitas do Amaral, em que estive presente, «a defesa de Portugal é dever de todos os portugueses».
E onde todos colaboram, os resultados serão melhores e mais fáceis. Oxalá os dois líderes e os dos restantes partidos compreendam as necessidades de Portugal, que devem estar acima das dos partidos e dos «boys».

Cumprimentos
João
Só imagens