Contra-mão
Por Joaquim Letria
Sócrates parece aqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário.
De rabo entre as pernas, fartinhos de saberem que estavam errados, não conseguem agora disfarçar o mal que nos fizeram. Ainda estão a despedirem-se, agradecidos, do Constâncio, e já deram a mão a Passos Coelho, que lhes jura que conhece uma saída perto e sem portagem.
Estamos bem entregues! Vão-nos servindo a sopa do Sidónio, à custa dos milhões que ainda recebem da Europa, andam pelo mundo fora sem vergonha, de mão estendida, a mendigar e a rapar tachos, tratados pelos credores como caloteiros perigosos e mentirosos de má-fé.
Quando Guterres chegou ao Governo, a dívida pouco passava dos 10% do PIB. 15 anos de Guterres, Barroso, Sócrates e de muitos negócios duvidosos puseram-nos a dever 120% do PIB.
Esta tropa fandanga deu com os burrinhos na água, não serve para nada e o estado do próprio regime se encarrega de o demonstrar. Falharam todas as apostas essenciais. Todos os dias se mostram incapazes. Mas com o Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação Figo, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde?!
«24 horas» de 4 Mai 10
NOTA: Governar um País é problema complexo, temos disso a certeza, mas a virtude dos matemáticos é saberem reduzir os problemas à «expressão mais simples» e as regras para controlar o «deve e haver» não são diferentes das utilizadas pelo merceeiro de aldeia à antiga ou do miúdo para gerir a «semanada». Por outro lado, não deixa de ser curioso que os ex-ministros das Finanças, reunidos com o Presidência da República, não tiveram a sinceridade de confessar os seus erros, pois, como disse Alberto João Jardim, foram eles os causadores da actual crise, com o lassismo sucessivo e tolerância de falhas repetidas no sistema nacional da gestão do dinheiro Público. Agora esses senhores, professores doutores universitários sem jeito para observar as realidades e adaptar ao concreto as teorias que decoram nos manuais, vêm aconselhar mais aperto no cinto dos pobres, mas não referem a excessiva fauna que mama abusadoramente no erário, além do necessário. Não aconselham a aplicação de um qualquer simplex à administração de pessoal e de despesas nos mais altos níveis do Estado. E, assim, a crise continuará, pois as causas, as metástases, continuam intactas a corroer o corpo nacional.
Por Joaquim Letria
Sócrates parece aqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário.
De rabo entre as pernas, fartinhos de saberem que estavam errados, não conseguem agora disfarçar o mal que nos fizeram. Ainda estão a despedirem-se, agradecidos, do Constâncio, e já deram a mão a Passos Coelho, que lhes jura que conhece uma saída perto e sem portagem.
Estamos bem entregues! Vão-nos servindo a sopa do Sidónio, à custa dos milhões que ainda recebem da Europa, andam pelo mundo fora sem vergonha, de mão estendida, a mendigar e a rapar tachos, tratados pelos credores como caloteiros perigosos e mentirosos de má-fé.
Quando Guterres chegou ao Governo, a dívida pouco passava dos 10% do PIB. 15 anos de Guterres, Barroso, Sócrates e de muitos negócios duvidosos puseram-nos a dever 120% do PIB.
Esta tropa fandanga deu com os burrinhos na água, não serve para nada e o estado do próprio regime se encarrega de o demonstrar. Falharam todas as apostas essenciais. Todos os dias se mostram incapazes. Mas com o Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação Figo, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde?!
«24 horas» de 4 Mai 10
NOTA: Governar um País é problema complexo, temos disso a certeza, mas a virtude dos matemáticos é saberem reduzir os problemas à «expressão mais simples» e as regras para controlar o «deve e haver» não são diferentes das utilizadas pelo merceeiro de aldeia à antiga ou do miúdo para gerir a «semanada». Por outro lado, não deixa de ser curioso que os ex-ministros das Finanças, reunidos com o Presidência da República, não tiveram a sinceridade de confessar os seus erros, pois, como disse Alberto João Jardim, foram eles os causadores da actual crise, com o lassismo sucessivo e tolerância de falhas repetidas no sistema nacional da gestão do dinheiro Público. Agora esses senhores, professores doutores universitários sem jeito para observar as realidades e adaptar ao concreto as teorias que decoram nos manuais, vêm aconselhar mais aperto no cinto dos pobres, mas não referem a excessiva fauna que mama abusadoramente no erário, além do necessário. Não aconselham a aplicação de um qualquer simplex à administração de pessoal e de despesas nos mais altos níveis do Estado. E, assim, a crise continuará, pois as causas, as metástases, continuam intactas a corroer o corpo nacional.
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